Sábado, 19 de maio de 2018 - 08h08
O superintendente adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Regional da SUFRAMA, Marcelo Souza Pereira, proferiu na tarde de quinta-feira (17), no auditório Belarmino Lins da Assembléia Legislativa do Amazonas (Aleam), palestra sobre o tema "Perspectivas para o economista no Amazonas" para estudantes de diversas faculdades de Economia implantadas no Estado. A palestra integrou a programação do II Fórum dos Estudantes de Economia do Amazonas (Feeam), que neste ano tem a temática "Economista: a profissão do futuro" e está sendo promovido pelo Conselho Acadêmico Regional de Economia (Corecon Acadêmico), em parceria com o Conselho Regional de Economia (Corecon-AM).
Em sua palestra, Pereira buscou contextualizar o processo histórico de constituição e fortalecimento do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) ao longo de mais cinco décadas de existência, ao mesmo tempo em que incitou os acadêmicos a refletirem sobre os diversos desafios relacionados às ações e projetos futuros de desenvolvimento do Amazonas, tais como a instituição de novas plantas tecnológicas no Polo Industrial de Manaus (PIM), a interiorização do desenvolvimento de forma efetiva e a superação de questões ligadas a conflitos políticos, guerras fiscais e concorrências desleais com outros Estados que podem prejudicar as vantagens comparativas e competitivas da região. "Nós temos ainda pelo menos 55 anos de garantia constitucional do modelo Zona Franca de Manaus, portanto, precisamos refletir profundamente como economistas sobre diversos pontos. Um deles, inegavelmente, é a quarta revolução industrial que estamos experimentando a partir da utilização de inteligência artificial nos processos produtivos, com grandes bancos de dados que operam entre si e a substituição de postos humanos de trabalho por robôs colaborativos. Então precisamos entender que os desafios à frente são enormes e que novos postos de trabalho só serão gerados a partir da capacitação. Quanto mais vocês puderem se capacitar, especializar e enfrentar desafios com novas tecnologias, enfrentem, porque vocês só se destacarão ainda mais como economistas", afirmou Pereira.
Ele também aconselhou os universitários a conhecerem a fundo a Lei nº 8.387/91 e o Decreto nº 6.008/2006, que regem a Lei de Informática da Zona Franca de Manaus. De acordo com o superintendente, o mercado de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da região movimenta anualmente um montante de cerca de R$ 550 milhões, angariados a partir de recursos (5% do faturamento bruto) que as empresas do segmento de Bens de Informática do PIM têm obrigação de investir, e tem grande demanda para contratação de economistas que possam atuar como analistas e projetistas de P&D. "Na SUFRAMA, recebemos muitas demandas de empresas que pedem a indicação de profissionais qualificados nessa área, e muitas vezes percebemos que estão sendo contratados profissionais de outros locais do País, pois há uma grande carência de mão de obra especializada na região. Então vocês podem ser esse futuro, é uma porta que se abre para vocês. Especializem-se nessa área, pois ela, inclusive, é uma das que melhor remuneram", completou.
Por fim, após uma sessão de perguntas e respostas com os acadêmicos, Pereira voltou a enfatizar a importância da profissão de economista e a necessidade de dedicação e qualificação profissional como passo decisivo para o posicionamento favorável no mercado de trabalho. "Sem querer desmerecer nenhuma outra profissão, mas quando analisa-se a história do Amazonas de 1970 pra cá, as grandes autoridades que coordenaram as principais pastas de administração do Estado e da Prefeitura foram economistas. Certamente vocês estarão ocupando pastas no futuro e estará na mão de vocês a missão de alterar e fazer novos regramentos para altivar nossa economia. A ZFM não é apenas Manaus, ela precisa disseminar seus resultados para os demais municípios do Estado do Amazonas. As decisões de um economista, portanto, podem impactar decisivamente a vida de milhões de pessoas", pontuou o superintendente adjunto da SUFRAMA.
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