Sexta-feira, 6 de março de 2015 - 15h11
Novo blog conta que o Brasil tem outras moedas, além do real
Coordenado pelos jornalistas Paula Quental e Joel Santos Guimarães, da Hipermeios Agência de Conteúdo, está no ar o Solidare (www.agenciasolidare.com.br), blog especializado em informações sobre economia solidária, a contracultura do capitalismo.
A Economia Solidária mostrou, na prática que outra economia é possível e que ela é a alternativa mais viável ao capitalismo. Os princípios da ES se encontram com o pensamento do Papa Francisco. Para o Papa, a injustiça causada no mundo é culpa de sistema econômico injusto e ineficaz, como o capitalismo.
Francisco acha que os trabalhadores podem ajudar a buscar novos modelos e métodos que poderiam ser alternativa para a “cultura do descartável, criada pelas potências que controlam as políticas econômicas e financeiras do mundo globalizado”.
O objetivo dessa ferramenta de comunicação é divulgar com informação de qualidade todos os setores de atividades onde a economia solidária se faz presente: do cooperativismo ao consumo responsável.
Paula Quental: autogestão,
associativismo e cooperativismo |
“A ideia é mostrar como trabalham e se organizam iniciativas identificadas com a chamada economia solidária: empreendimentos solidários, com autogestão, associativos, coletivos, cooperativados, sustentáveis e de desenvolvimento local sustentável,” explica a editora Paula Quental.
Paula conta que no Brasil, essas práticas se tornaram uma importante alternativa de modelo de desenvolvimento para pequenos empreendimentos coletivos, resultando em geração de renda para 2,3 milhões de pessoas e movimentando anualmente cerca de R$ 12 bilhões, segundo dados da Secretária Nacional de Economia Solidária (Senaes/MT).
Além disso, essa economia sem patrões, fraterna e igualitária, têm sido responsável pelo crescimento do PIB de dezenas de municípios brasileiros.
De acordo com a Senaes, a economia solidária no Brasil é a mais diversificada do mundo, atuando em setores como artesanato, confecções, alimentos, reciclagem e tratamento de resíduos, atividades financeiras, produção florestal, pesca, e, principalmente, agricultura familiar.
Em oito anos cresceu 124%: de 14.954 empreendimentos em 2005 para 33.518 em 2012. Seu modelo já foi adotado por países da América Latina, Caribe e África.
Apesar desses resultados, pouca informação sobre o tema é divulgada e a maioria da população desconhece o conceito de economia solidária e o seu potencial. E é justamente através da notícia que o Solidare quer divulgar, desenvolver e também contribuir para a consolidação da atividade em todo o País.
Em médio prazo, o blog dará lugar ao Solidare Agência de Notícias sobre Economia Solidária e Consumo Responsável. “Com artigos, reportagens, debates e notas e sempre tendo o trabalhador como sujeito da ação Solidare quer mostrar aos brasileiros que outra economia é possível. E ela tem nome: economia solidária, a alternativa mais viável ao capitalismo”, explica o repórter Joel Santos Guimarães.
Hoje, há forte convicção no governo federal e em setores importantes da sociedade brasileira de que a Economia Solidária é a “porta de saída” de programas sociais como o Bolsa Família e que representa uma esperança real de construção de um novo modelo econômico, mais justo, igualitário e inclusivo.
A primeira edição Em sua primeira edição, matéria sobre os bancos comunitários e suas moedas sociais revela que essas ferramentas de financiamento à atividade criaram, na prática, um Sistema Financeiro Social no País Reportagem de José Mashio sobre a Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória (Copavi), mostra a experiência mais longa, no Paraná, na produção coletiva e solidária.
Solidare pergunta: será o Papa um defensor da Economia Solidária? Também nessa edição você vai saber que o BNDES instituiu um prêmio para as boas práticas de economia solidária.
Conheça a economia solidária em seu blog
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