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Vigilância fechou o cerco à pressão palaciana


 

XICO NERY
Amazônias


PORTO VELHO – O combate à possível compra de votos, da opinião de alguns sites notícias, rádios, tevês e jornais impressos não vinculados ao grupo Cassol-Cahulla (PPS) possibilitou, na maioria das cidades da BR-364 e do Cone Sul do Estado, uma fiscalização implacável ao segundo turno. Desta vez, a negativa à pressão palaciana na comunicação não ecoou. Nem mesmo em cidades onde o eleitorado é sempre mais disputado por forças da situação, entre as quaisVilhena, Ji-Paraná e Porto Velho.


Nas demais cidades onde essas forças se acantonaram, a Justiça Eleitoral marcou presença, amparada pelo Departamento de Polícia Federal. Os deputados federais eleitos Carlos Magno e Nilton Capixaba, antes temidos por correligionários do governador eleito Confúcio Moura, tiveram uma pífia atuação considerada pífia, consideram analistas políticos locais.


Desde o rescaldo do primeiro turno das eleições, ao contrário do que previam fontes a eles ligadas, Magno e Capixaba se limitaram a comparecer aos locais de votação, distribuindo beijos e abraços a eleitores potenciais de sua coligação. Supostos agentes infiltrados e representantes de sites também presenciaram a ação das forças de segurança. Em Vilhena, como em Cacoal, Ariquemes e Ouro Preto do Oeste, os secretários regionais de governo não foram sequer notados, num cenário diferente do primeiro turno.


Jovens usando bottons do candidato Cahulla em casas noturnas não chegaram a ser importunados em boates e restaurantes de Vilhena a Porto Velho. Pesava sobre eles a suspeita de receber um agrado de R$ 50 por noite, três dias antes do pleito, conforme confidenciou a este site um funcionário da Seven Disc.


Cahulla foi novamente derrotado em Rolim de Moura, onde perdeu as forças no primeiro turno. Ali, Cassol não elegeu uma bancada majoritária de deputados federais, nem de estaduais". Justificativa: votos de Cassol, são de Cassol.
 

Nas ruas de Rolim de Moura, Amazônias notou dissidentes do PSDB partindo para o “vamos ver” no que resultaria a debandada tucana ao ninho peemedebista.


Em Ariquemes, a predominância do eleitorado pró-Confúcio foi o esperado. À noite, depois de cerca de 420 quilômetros, o repórter assistiu à na sede da Associação Comercial e Industrial a entrevista do governador eleito, onde foi nítido o gosto de mudança e uma reviravolta política e administrativa. No entanto, alguns pontos defendidos por Confúcio chegaram a ser contestados por algumas pessoas, entre os quais, o de que não faria auditoria nas contas deixadas por Cassol e Cahulla.
 

Na opinião de líderes sem terra e sem teto que votaram no deputado eleito Padre Tom (PT), ex-prefeito de Alto Alegre dos Parecis, Confúcio deveria “escancarar as contas e denunciá-los, se comprovada alguma irregularidade”. Fora do plenário, algumas pessoas cochichavam exatamente a respeito do assunto: “Como não vai investigá-los?”, indagavam entre si.


Outras diziam que Confúcio “é habilidoso, tem formação eclética”. Preferiram não fazer juízo de valores. “Ele sabe o que está dizendo ao povo e aos futuros ex-ocupantes do Palácio Presidente Vargas”, comentou uma delas.


Representantes dos professores de Ariquemes se reuniu com dirigentes do PMDB e do PT. “O desafio é grande e nós, da categoria, não seremos mais espezinhados nem humilhados por um governante que disse, em alto e bom som, não ter ido à escola, mesmo assim, era milionário”, afirmou um professor.
 

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