Quarta-feira, 16 de dezembro de 2020 - 11h34
Para
o positivista Comte, “os vivos são sempre, e cada vez mais, governados pelos
mortos”. Na atualidade brasileira, vivos são os que escapam de frituras e
queimas de arquivo. Depois do safanão que o ministro das Comunicações, Fábio
Faria, deu no vice-presidente Hamilton Mourão sobre a tecnologia 5G, obviamente
atendendo a uma recomendação do chefe, é difícil sentir o que de fato acontece
nos meandros da política nacional.
Ainda
não há como saber se Mourão, que preside o Conselho da Amazônia sob fogo
cerrado interno e externo, sofre uma fritura, é queimado em fogueira para virar
cinzas ou apenas é chamuscado por interesses eleitorais de Brasília, que o
pretendem escanteado de vez de chegar à Presidência do Brasil, ou de quem o
quer fora do governo gaúcho em 2022.
Faria,
sempre tão suave e conciliador, não seria tão ríspido sem autorização superior,
considerando que Mourão pode eventualmente substituir o presidente da República
em suas ausências ou impedimento e se livrar do ministro no futuro.
Ao declarar
que ele (ministro) e o presidente Jair Bolsonaro é que vão decidir a posição do
Brasil frente à tecnologia 5G, desautorizando as declarações de Mourão sobre o
fato óbvio de que descartar a participação da chinesa Huawei custará caro, fica
saliente que Mourão pode não estar em fritura nem na fogueira, mas está no
mínimo com uma batata quente nas mãos.
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Eleições 2022
Os
prováveis candidatos ao CPA em 2022 devem delinear já em 2021 seus candidatos
ao Senado para a peleja. O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB)
possivelmente virá escalado com Expedito Junior (PSDB) ao Senado; Leo Moraes,
umbilicalmente ligado ao ex-governador Ivo, com Jaqueline Cassol. O atual
governador Marcos Rocha, Lucio Mosquini (MDB) e Marcos Rogério (DEM) ainda vão prospectar
nomes. O candidato ao Senado de Rocha, provavelmente virá de Ji-Paraná, os de Marcos Rogério e Mosquini, da capital.
Dificuldades
Neste
possível cenário de 2022 o candidato Hildon Chaves largaria com problemas para
vencer no interior e a companhia de Expedito Junior ao senado na capital seria
um tanto indigesta. Mas tratando-se do interior onde está concentrado o
obstáculo para o alcaide tucano, Expedito é o bicho e vai ajudar muito. O
governador Rocha, Mosquini e Marcos Rogério, com dificuldades na aceitação
popular na capital, vão precisar escolher bem suas dobradinhas ao Senado para
melhorar o desempenho em Porto Velho.
Declínio dos clãs
Alguns
clãs políticos regionais de Rondônia começam a entrar em declínio depois de
três décadas reinando no estado. Na região de Jaru, o clã dos Muletas perdeu a
eleição a prefeitura para Joãozinho Gonçalves (MDB), em Vilhena o clã Donadon
foi derrotado por Eduardo Japonês (PV), no Vale do Jamari o clã Amorim perdeu a
última prefeitura que dominava, em Alto Paraiso. Mas o caudilho Ernandes
Amorim, o patriarca da família segue na ativa.
Novos clãs
Ao
mesmo tempo em que as antigas famílias políticas vão perdendo terreno no
estado, novas dinastias vão se formando. Em Ariquemes, o clã Redano, com um
deputado estadual e uma prefeita. Em Porto Velho, o clã Carvalho, com uma
deputada federal, Mariana, e um vereador eleito vice-prefeito da capital,
Mauricio. Ambos são filhos do patriarca Aparício Carvalho, que já foi vereador,
deputado federal e vice-governador do estado na gestão Valdir Raupp.
Asas
crescidas
Dos oito deputados
federais da bancada rondoniense, pelo menos cinco estão com asas crescidas e
pensando só naquilo, o posto ao senado em disputa e no CPA do convalescente
Marcos Rocha. São eles, Lucio Mosquini, provável candidato ao governo pelo MDB;
Leo Moraes provável pretendente ao governo do Podemos, sendo que Jaqueline
Cassol (PP), Mauro Nazif (PSB) e Mariana Carvalho (PSDB) com os olhos voltados
a uma cadeira ao Senado.
Via Direta
*** Verdadeiros predadores de deputados
estaduais, os vereadores eleitos em Porto Velho com boa votação já pensam na
próxima disputa em 2020, para a ALE-RO *** Em cada legislatura a Câmara da capital
emplaca pelo menos três representantes na Casa de leis estadual *** De volta ao horário nobre do
radialismo, Leo Ladeia retorna aos microfones da Rádio Rondônia. É o veterano
rei da latinha que escapou dos braços do covid *** Outro comunicador
recuperado do coronavirus é Sergio Pires voltando as atividades em rádio, sites
e televisão *** Já, nosso editor Solano
Ferreira está em férias se dedicando a sua fazenda nos arredores de Porto Velho
*** O decano Chagas, também pastor, assumiu seu posto em parceria com o
notívago Joel “Alcolumbre”.
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