Quinta-feira, 8 de setembro de 2022 - 09h26
Só
por desinformação se poderia supor que o próximo governo será um mar de rosas em
2023, independentemente de quem seja o presidente. Por mais que o eleito seja
portador de anseios benéficos terá que promover ajustes amargos seguindo o
receituário maquiavélico de aplicar a medicação dolorida nos primeiros dias,
ainda no embalo da festa da eleição e posse.
Salários
entrarão o ano mais uma vez sem ganhos reais, com impostos pesados e uma
oposição mais feroz e variada se não houver unidade nacional em torno de uma
agenda mínima. Ninguém se iluda com os resultados do PIB neste ano: são uma
consequência natural da reativação pós-Covid.
Nas
avaliações de especialistas do Fundo Monetário Internacional, 2023 será um ano
de cinto apertado. A economia mundial caminha para a desaceleração, com riscos
até de recessão. Mudanças internas de grande amplitude vão exigir negociação e
entendimento e não combinam com a polarização intolerante do “nós anjos contra
eles demônios”.
O
primeiro sinal de que a união nacional precisará prevalecer foi o presidente
Jair Bolsonaro em recente manifestação mandar tirar faixas de apoio a um
autogolpe de Estado, que seria desastroso na situação em que o mundo se
encontra. Há soluções, mas dependem de pactuar ajustes internos e granjear
apoio externo. Nada que possa ser forçado com armas na cabeça.
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As bandeiras
Em
périplo pela imprensa e visitações na capital, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO)
que disputa a reeleição enfatizou suas bandeiras no Congresso Nacional. Algumas
delas tem sido alvo de incansável trabalho nos últimos anos, como o reasfaltamento
da BR-319 e a necessária regularização fundiária. Citou também seu trabalho em benefício
das mulheres destinando recursos para creches. Ressaltou que foram beneficiados
todos os 52 municípios rondonienses com recursos das suas emendas
parlamentares, em torno de R$ 1 bi desenvolvendo uma ação municipalista, independente
dos credos políticos.
Efeito manada
O
efeito manada que estava se encaminhando para o ex-governador Ivo Cassol
conquistar uma grande vitória no pleito de outubro se dissipou com a sua
desistência em disputar o Palácio Rio Madeira, a sede do governo estadual. O
fenômeno tem sido comum nos últimos pleitos em Rondônia virando as eleições de
cabeça para baixo. Pergunta-se agora quem será o candidato beneficiário deste
movimento de massas? Ainda não existem pistas a respeito. Essa massa é mais
cassolista do que bolsonarista e pode ter se dividido entre tantos candidatos.
A contabilidade
Tenho
conversado com candidatos a deputado estadual e a federal e constato contas
dispares com relação ao eleitorado rondoniense. Para atender as contas dos candidatos
em suas votações estimadas seria necessário Rondônia contar om mais de 2 milhões
de eleitores, quase o dobro do atual eleitorado, que beira os 1,2 milhão. Vejo
também macacos velhos da política rondoniense se considerando eleitos ou
reeleitos. A maioria vai levar um pé. O eleitorado rondoniense é majoritariamente
jovem e vai manifestar a tendência do segmento que já vinha ocorrendo nos
últimos pleitos.
Macacos velhos
A
grande verdade é que aos poucos os macacos velhos da política estão sendo
rifados nas urnas. O ex-governador Confúcio Moura por exemplo, escapou por um
triz da derrota para Jayme Bagatolli no pleito ao Senado em 2018. Amir Lando sequer
conseguiu a confiança do seu partido, o MDB, para disputar a eleição 2022. O
ex-governador Valdir Raupp depois da derrota em 2018, ciscou e percorreu o
estado, mas desistiu de disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados. E por aí
vai. As antigas lideranças estão se aposentando, seja por vontade própria ou
por imposição das urnas.
É coisa de louco!
Se
os políticos rondonienses se dessem ao trabalho de desenvolver pesquisas da
Ponta do Abunã ao Cone Sul Rondoniense iriam constatar que a duplicação da BR
364 com à cobrança de pedágio padece com elevada rejeição. Afinal um
caminhoneiro teria que pagar quase R$ 700,00 só de ida de Porto Velho a Vilhena
e um automóvel de passeio perto dos R$ 400,00. É melhor então incorporar a
proposta de Ivo Cassol, que não é mais candidato a governador, da implantação
da rodovia paralela a BR 364, que começa nas bandas de Chupinguaia, passa pelo
Vale do Jamari até atingir a região de Nova Mamoré. Uma opção para evitar
tragédias e paralisações sem pedagiamento.
Via Direta
*** Os imigrantes brasileiros em
Portugal estão visitando parentes e amigos em Porto Velho cidades do interior
desde o início de semana *** Relatam que estão faturando bem e satisfeitos com o
item de segurança. A incidência de criminalidade é baixa, os doces são uma delícia
e as crianças podem brincar até tarde da noite de frente suas casas *** E como bônus dá para estacionar os carros
nas calçadas sem ser multado *** Trocando de saco para mala: o ex-prefeito
de Porto Velho Carlinhos Camurça (PSDB) busca a reabilitação política como candidato
a deputado estadual no pleito de outubro *** O registro da sua candidatura foi
homologado tapando a boca daqueles que diziam que ele estava inelegível ***
Quase a metade dos vereadores da capital se arriscam na disputa de cadeiras a
ALE *** É a batalha entre as avestruzes de Hildon e as vacas de
presépio de Rocha...
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