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Carlos Sperança

A arma é o voto + As bandeiras + Efeito manada + Macacos velhos


A arma é o voto + As bandeiras + Efeito manada + Macacos velhos - Gente de Opinião

A arma é o voto

Só por desinformação se poderia supor que o próximo governo será um mar de rosas em 2023, independentemente de quem seja o presidente. Por mais que o eleito seja portador de anseios benéficos terá que promover ajustes amargos seguindo o receituário maquiavélico de aplicar a medicação dolorida nos primeiros dias, ainda no embalo da festa da eleição e posse.

Salários entrarão o ano mais uma vez sem ganhos reais, com impostos pesados e uma oposição mais feroz e variada se não houver unidade nacional em torno de uma agenda mínima. Ninguém se iluda com os resultados do PIB neste ano: são uma consequência natural da reativação pós-Covid.

Nas avaliações de especialistas do Fundo Monetário Internacional, 2023 será um ano de cinto apertado. A economia mundial caminha para a desaceleração, com riscos até de recessão. Mudanças internas de grande amplitude vão exigir negociação e entendimento e não combinam com a polarização intolerante do “nós anjos contra eles demônios”.

O primeiro sinal de que a união nacional precisará prevalecer foi o presidente Jair Bolsonaro em recente manifestação mandar tirar faixas de apoio a um autogolpe de Estado, que seria desastroso na situação em que o mundo se encontra. Há soluções, mas dependem de pactuar ajustes internos e granjear apoio externo. Nada que possa ser forçado com armas na cabeça.

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As bandeiras

Em périplo pela imprensa e visitações na capital, o senador Acir Gurgacz (PDT-RO) que disputa a reeleição enfatizou suas bandeiras no Congresso Nacional. Algumas delas tem sido alvo de incansável trabalho nos últimos anos, como o reasfaltamento da BR-319 e a necessária regularização fundiária. Citou também seu trabalho em benefício das mulheres destinando recursos para creches. Ressaltou que foram beneficiados todos os 52 municípios rondonienses com recursos das suas emendas parlamentares, em torno de R$ 1 bi desenvolvendo uma ação municipalista, independente dos credos políticos.

Efeito manada

O efeito manada que estava se encaminhando para o ex-governador Ivo Cassol conquistar uma grande vitória no pleito de outubro se dissipou com a sua desistência em disputar o Palácio Rio Madeira, a sede do governo estadual. O fenômeno tem sido comum nos últimos pleitos em Rondônia virando as eleições de cabeça para baixo. Pergunta-se agora quem será o candidato beneficiário deste movimento de massas? Ainda não existem pistas a respeito. Essa massa é mais cassolista do que bolsonarista e pode ter se dividido entre tantos candidatos.

A contabilidade

Tenho conversado com candidatos a deputado estadual e a federal e constato contas dispares com relação ao eleitorado rondoniense. Para atender as contas dos candidatos em suas votações estimadas seria necessário Rondônia contar om mais de 2 milhões de eleitores, quase o dobro do atual eleitorado, que beira os 1,2 milhão. Vejo também macacos velhos da política rondoniense se considerando eleitos ou reeleitos. A maioria vai levar um pé. O eleitorado rondoniense é majoritariamente jovem e vai manifestar a tendência do segmento que já vinha ocorrendo nos últimos pleitos.

Macacos velhos

A grande verdade é que aos poucos os macacos velhos da política estão sendo rifados nas urnas. O ex-governador Confúcio Moura por exemplo, escapou por um triz da derrota para Jayme Bagatolli no pleito ao Senado em 2018. Amir Lando sequer conseguiu a confiança do seu partido, o MDB, para disputar a eleição 2022. O ex-governador Valdir Raupp depois da derrota em 2018, ciscou e percorreu o estado, mas desistiu de disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados. E por aí vai. As antigas lideranças estão se aposentando, seja por vontade própria ou por imposição das urnas.

É coisa de louco!

Se os políticos rondonienses se dessem ao trabalho de desenvolver pesquisas da Ponta do Abunã ao Cone Sul Rondoniense iriam constatar que a duplicação da BR 364 com à cobrança de pedágio padece com elevada rejeição. Afinal um caminhoneiro teria que pagar quase R$ 700,00 só de ida de Porto Velho a Vilhena e um automóvel de passeio perto dos R$ 400,00. É melhor então incorporar a proposta de Ivo Cassol, que não é mais candidato a governador, da implantação da rodovia paralela a BR 364, que começa nas bandas de Chupinguaia, passa pelo Vale do Jamari até atingir a região de Nova Mamoré. Uma opção para evitar tragédias e paralisações sem pedagiamento.

Via Direta

*** Os imigrantes brasileiros em Portugal estão visitando parentes e amigos em Porto Velho cidades do interior desde o início de semana *** Relatam que estão faturando bem e satisfeitos com o item de segurança. A incidência de criminalidade é baixa, os doces são uma delícia e as crianças podem brincar até tarde da noite de frente suas casas *** E como bônus dá para estacionar os carros nas calçadas sem ser multado *** Trocando de saco para mala: o ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça (PSDB) busca a reabilitação política como candidato a  deputado estadual no pleito de outubro *** O registro da sua candidatura foi homologado tapando a boca daqueles que diziam que ele estava inelegível *** Quase a metade dos vereadores da capital se arriscam na disputa de cadeiras a ALE *** É a batalha entre  as avestruzes de Hildon e as vacas de presépio de Rocha...

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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