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Carlos Sperança

A bala mortal + Ficaram pelo caminho + Perdas e ganhos + O bolsonarismo


A bala mortal + Ficaram pelo caminho + Perdas e ganhos + O bolsonarismo - Gente de Opinião

A bala mortal

A falta de uma agenda nacional para a Amazônia, desde que o entusiasmo com a Eco-92 se perdeu em discursos desmentidos e agendas traídas, levou à permissividade e à prevaricação, desmoralizando o Brasil. O crime avançou por dentro e apesar do Estado, levando as forças leais à Nação a enfrentar a ousadia do crime organizado em combates desiguais. As tragédias ambientais são diárias. A piora no desmatamento e as queimadas continuam crescendo e também vidas são perdidas.

A vida, por exemplo, do delegado Roberto Moreira da Silva Filho, da Polícia Federal, morto por uma bala que consta ser da própria PF, em circunstâncias que o inquérito vai determinar. A primeira informação é que a bala ricocheteou em caminhão de ladrões de madeira em área indígena localizada em Aripuanã, no Mato Grosso, acertando mortalmente o delegado, que aos 35 anos de idade tinha pela frente uma longa carreira para servir aos interesses nacionais, interrompida por essa tragédia incomum.

É triste que agentes da Polícia Federal precisem atirar quando um caminhão de ladrões de madeira desobedecem à ordem de parar, como parece ter sido esse caso. É também desafiador imaginar a trajetória absolutamente trágica dessa bala mortal. Mais uma tragédia humana que se soma às tantas já ocorridas nessa floresta agredida e perigosa, que precisa urgentemente se tornar protegida para o bem do Brasil e segura para seus povos.

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Pelo caminho

Impressiona o número de candidatos ao governo de Rondônia que ficaram pelo caminho na jornada 2022. O ex-prefeito da capital José Guedes, sem apoio do PSDB, foi chutado pelo comando tucano. O atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) desistiu da peleja e decidiu apoiar o atual governador Marcos Rocha (União Brasil). O ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) foi abatido pela lei da ficha limpa. Agora, Wal Queirós (Agir-Porto Velho) teve seu registro indeferido. Que outras reviravoltas teremos pela frente? Uma campanha repleta de idas e vindas.

Perdas e ganhos

Na semana passada o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) teve perdas e ganhos em Porto Velho, o maior colégio eleitoral do estado com cerca de 350 mil eleitores. De um lado se destacou como o melhor candidato em debates, chegando a nocautear o candidato governista em confronto realizado pela Rede TV. De outro, seu candidato ao Senado Jayme Bagatolli (PL-Vilhena) foi alvo da maior rejeição entre os candidatos ao Senado depois de entrevistas desastrosas na capital. Se ele ajuda M. Rogério no Cone Sul, na capital deveria ser oculto do seu palanque, como Hildon escondia Expedito na campanha a prefeito da capital.

Os beneficiados

Certamente alguns adversários serão beneficiados pelo insucesso do fanático bolsonarista Bagatoli na capital. Facilita a vida de Mariana Carvalho (Progressistas) Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura), Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná) e Jaqueline Cassol (PP-Rolim de Moura) com adversário que era considerado temível pela sua identidade com o presidente Jair Bolsonaro se enrascando no maior colégio eleitoral do estado. Será difícil Bagatoli compensar no interior as perdas na capital, a não ser que repita o desempenho nas urnas no pleito passado quando quase tirou Confúcio do Senado.

O bolsonarismo

O que os candidatos do bolsonarismo deveriam entender é que Porto Velho não é tão bolsonarista e tampouco com maioria evangélica como é no interior. Aqui é preciso dosar mais o fanatismo pelo mito, mesmo porque no caso da disputa ao governo estadual, teremos previsivelmente um segundo turno e a capital será decisiva. Por enquanto caminham com largas passadas para o segundo turno o governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério (PP-Ji-Paraná), agora o único candidato do interior em confronto com os postulantes da capital rachada entre Marcos Rocha, Leo Moraes, Daniel Pereira, Pimenta de Rondônia.

A visibilidade

A semana será farta em debates e novas rodadas de entrevistas dos candidatos ao Senado e ao governo nas principais emissoras de rádio e televisão e visitas aos jornais eletrônicos buscando maior visibilidade.  A contagem regressiva do pleito de 2 de outubro já está correndo e a necessidade faz o sapo pular. Na disputa ao Palácio Rio Madeira se vê os candidatos ao governo e ao Senado mais mobilizados se dividindo em realizar caminhadas pelas principais avenidas da capital, como a Amador dos Ris (Zona Leste), Jatuarana (Zona Sul) e Sete de Setembro (Região central).

Via Direta

*** Destaco para os leitores cara-palidas um baita confronto entre os atuais deputados estaduais de Porto Velho com os vereadores da terrinha. Não bastasse são alvos também de predadores fortes que estão surgindo em Ji-Paraná *** De qualquer forma os vereadores aveztruzes de Hildão, na capital terão uma baita peleja com os deputados vacas de presépio de Rocha. Quem vai levar a melhor, torcida brasileira? *** Pobre eleitorado, pobre também nas opções de uma renovação salutar na política rondoniense *** O toma lá da cá deve continuar ainda por muito tempo com as cotas de indicações, favorecimentos em negócios e outras coisitas mais tão comuns no cenário rondoniense *** Caro leitor, diga não aos políticos ligados ao tráfico de drogas e ao crime organizado. Eles estão aí, a espreita...

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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