Sexta-feira, 26 de agosto de 2022 - 08h38
A
pandemia atrapalhou. Todo governante ganhou esta resposta pronta para
justificar omissões e falhas de gestão, além da velha desculpa de ter recebido herança
maldita. É preciso reconhecer que a desculpa faz sentido. Todas as vidas, e
assim também as administrações, foram impactadas de forma incomum pelo Novo
Coronavírus. Uma terrível novidade, cujas consequências para a saúde humana só
foram conhecidas depois de muitas mortes, sequelas e estudos ainda inconclusos
sobre o que precisa ser conhecido a respeito da Covid, considere-se ainda uma
profusão de variantes e a busca incessante por medicações adequadas.
O
máximo que se pode fazer ao avaliar o desempenho dos governantes na reação a
essa tragédia é o grau de acerto das providências tomadas. Mas ainda assim os
acertos correm mais por conta da sorte que de receitas já prontas, neste caso
inexistente. Uma loteria em que o prêmio maior foi sobreviver.
A
humanidade vive uma crise de governança inédita. Nunca tantos governantes foram
tão incapazes de gerir bem suas nações. EUA com a corda no pescoço, Ásia temendo
guerra mundial, na América do Sul governos que se alternam com iguais
resultados erráticos e na Europa seca e problemas energéticos desafiam a
inteligência, pondo em xeque fórmulas políticas e crenças. A pandemia não
desculpa tudo. Só a união em agendas mínimas poderá melhorar a situação em
curto prazo.
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Aliança consolidada
A
pesquisa IPEC sobre a eleição em Rondônia mostrou uma aliança bem consolidada
entre o governador Marcos Rocha (União Brasil), o prefeito Hildon Chaves (PSDB),
Cristiane Lopes (União Brasil) e a deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas).
A coalizão coloca Rocha a frente dos demais concorrentes na corrida sucessória
estadual e indica que os governistas têm redutos fortes na região de Porto Velho,
no Vale do Jamari e pequenos e médios municípios. Rocha abre a jornada fazendo
o dever de casa, mas já se projetando para um segundo turno difícil.
Estado bolsonarista
As
amostragens do ex-Ibope também ratificam a força do bolsonarismo em Rondônia,
hoje um dos estados mais governistas do País. Os principais candidatos ao
governo estadual –Rocha, Cassol e Marcos Rogério –são declaramente
bolsonaristas. Não estivesse sangrando por causa da elegibilidade prejudicada,
Ivo Cassol já estaria bem mais à frente dos demais candidatos. Perdeu terreno
nos últimos dias. Também está identificado o postulante mais atingido pela
entrada de Ivo Cassol nas paradas: Marcos Rogério perdeu terreno na capital e
em boa parte do interior.
Situação complicada
O
pífio desempenho do candidato Leo Moraes (Podemos-Porto Velho) tem explicação.
Foi abandonado pelo seu padrinho político Ivo Cassol e ficou sem lenço e sem
documento, sendo obrigado a substituir seu candidato ao Senado. Neste momento está
perdendo em casa para os adversários do interior. Explica este fraco desempenho
com uma união malfeita com Expedito Junior rejeitado para celebrar alianças com
Hildon Chaves, Marcos Rocha, Ivo Cassol e Daniel Pereira. Expedito vai bem no
interior, mas não ajuda Leo Moraes. E na capital, Expedito tem dificuldades em
crescer e em colaborar com seu candidato a governador.
Estranho no ninho
A
performance de Expedito, no entanto, precisa ser melhor avaliada. É um estranho
no ninho nos meios bolsonaristas, mostrando musculatura no interior. Um não
bolsonarista se dando bem e competitivo.
Grande desempenho mesmo é do
candidato ao governo Ivo Cassol, mesmo sangrando conseguindo projetar a mana Jaqueline
já pontuando bem ao Senado. Recuperando a performance na capital ampliará suas
chances consideravelmente. Temos uma eleição sujeita a reviravoltas. Daqui para
frente Porto Velho com seus quase 350 mil eleitores vai virar acampamento de
candidatos ao governo e ao Senado. Um território decisivo para decidir a
eleição.
Perder em casa
Na corrida sucessória estadual quem não faz o
dever de casa está frito. Marcos Rocha faz o dever de casa e espicha seus tentáculos
em regiões populosas, como a de Ariquemes. Ivo Cassol também faz o dever de
casa muito bem e se regularizar seu registro da sua candidatura engole de vez a
concorrência. Marcos Rogerio faz o dever de casa, mas pontua mal na capital e precisa
reforçar suas paliçadas no Vale do Jamari. Já, Leo Moraes, conforme se vê, além
de não fazer o dever de casa, está enguiçado na região central, fraqueja no
Cone Sul, derrapa na Região do Café e pouca avançou na Zona da Mata, os redutos
do seu aliado Expedito. É o típico caso de aliança malfeita.
Via Direta
*** Final de semana horrível para
Porto Velho e Rondônia. Fumaceira brava por aqui e aquela importada dos estados
vizinhos do Mato Grosso e Sul do Amazonas. Assaltos aos recenseadores foram de
dúzias ***
E o roubo de fiação elétrica nas ruas, avenidas, parques e logradouros públicos
disparou *** Não bastasse, a segurança
pública rondoniense em colapso com nosso estado liderando as estatísticas em
homicídios em todo o País ***A notícia positiva é que a construção civil, o
ramo de supermercados e a área de saúde tem gerado centenas de empregos no
estado. O pagamento em dia do funcionalismo e dos fornecedores garante nossa
economia *** Conforme sua agenda, o
ex-governador Ivo Cassol priorizou o interior do estado durante esta semana,
principalmente a Zona da Mata, a Região do Café e a região central polarizada
por Ji-Paraná, a última reduto do adversário
Marcos Rogério.
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