Sexta-feira, 20 de novembro de 2020 - 09h03
As
eleições deste ano criaram as bases para o pleito geral de 2022. A primeira
base foi o teste do fim das coligações, que vão dissolver vários partidos em
genéricos maiores. A segunda, a resposta contundente dada pelo eleitor contra a
polarização entre extremistas barulhentos e agressivos.
2022
não será um ano qualquer: será o bicentenário da Independência. A julgar pelo
atrelamento do país aos EUA, a pressão exercida pela Europa para influenciar o
governo e pela força da China como principal cliente do Brasil, será preciso
que em 2022 os brasileiros proclamem uma independência real, sem o nacionalismo
tacanho de achar que tudo se resolve dentro das fronteiras, mas sem ficar de
joelhos ante as grandes potências.
Para
isso, é preciso vencer as estripulias que danificaram a imagem do Brasil lá
fora. O remédio será o resgate do “Pragmatismo Ecumênico e Responsável” do
governo Geisel. A ditadura se empolgou com voos de galinha e o autoritarismo
levou a economia ao caos, mas sua diplomacia reforçou a inserção do Brasil no
contexto global.
Pragmatismo
é não poluir políticas de Estado com delírios ideológicos. O ecumenismo seria o
consenso por um projeto de nação. Responsabilidade é respeitar as demais nações
para que em contrapartida também nos respeitem. Com esse resgate, em 2022 o
Brasil poderá, enfim, considerar-se de fato independente.
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É para valer!
Desta
vez não teremos encenação de briga entre os dois caciques rolimorenses Expedito
Junior (PSDB) e Ivo Cassol (PP). Expedito Junior com Hildon Chaves (PSDB) e Ivo
com Cristiane (PP) vão acampar em Porto Velho em defesa dos seus ungidos. A primeira
consequência será no marketing de Cristiane que deve melhorar bastante. Até
então não estava altura dos marqueteiros tucanos. O QG da candidata
bolsonarista já está reforçado para enfrentar as tropas tucanas. O bicho vai
pegar!
As paliçadas
Como
onças da Zona da Mata, Expedito e Ivo vem a capital neste segundo turno marcar
território para confrontos futuros. A vitória de Hildon Chaves na capital
reforça a pretensão do Expedito em se eleger ao Senado em 2022, já o sucesso de
Cristiane embala Jaqueline ao Senado ou ao governo, como pretende o clã Cassol.
Portanto reforçar as paliçadas é preciso e Ivo vem com tudo para reconquistar a
soberania em Porto Velho onde já teve grandes vitórias, até sendo reeleito ao
governo do estado.
Pensando em 22
Os
possíveis candidatos ao governo em 2022 estão de asas crescidas com os resultados
nas urnas. O governador Marcos Rocha, com seu projeto a reeleição garante que reforçou
suas bases elegendo 10 prefeitos. O possível candidato do MDB ao governo, o
deputado federal Lucio Mosquini afiança que elegeu 9 prefeitos e um batalhão de
72 vereadores. Já, o senador Marcos Rogério, outro provável postulante ao CPA
garantiu 8 prefeitos e 50 vereadores. Um equilíbrio de reforços entre os
oponentes.
O epicentro do pó
O
narcotráfico perdeu espaço na política em Porto Velho. O candidato do pó não
foi a frente em segundo turno na capital e alguns nomes a vereadores com
recursos dos traficantes tubularam gloriosamente. A partes envolvidas tinham até
contratos assinados, sendo que os eleitos se obrigavam durante quaro anos a
ceder cargos nomeados em órgãos públicos. A outra boa notícia é que Rondônia
deixou de ser o epicentro do tráfico de drogas, deixando a primazia para o Mato
Grosso do Sul.
Ovos do diabo!
Duas
declarações de jornalistas expressivas na terrinha causaram polêmica durante a
semana. A petista Luciana, talvez revoltada com o resultado das urnas, definiu
as candidaturas de Hildon Chaves e Cristiane ao segundo turno na capital como
“ovos do diabo”, sem dó e piedade! Já,
Mara Paraguaçu defendeu a opção de voto no Rio de Janeiro no ultra corrupto
Eduardo Paes, amiguinho de Lula e de-ex-governadores presos, ante o também pilantra
da Universal Marcelo Crivella, representante do bolsonarismo. Lá sim, os ovos
do diabo foram chocados...
Via Direta
*** A agencia do Bradesco da Av. Jorge
Teixeira tem sido alvo de constantes arrombamentos e a direção do banco não
toma providência, mesmo se sabendo que nas proximidades temos o maior número de
viciados, ladrões e assaltantes por metro quadrado na capital *** Outra coisa que não
dá para entender são tantas fugas de presos em Ariquemes. A impressão que dá é
que o propina está correndo a solta no Vale do Jamari *** O clã Amorim perdeu espaço na região de Ariquemes: a prefeita Elma
não conseguiu se reeleger em Alto Paraiso ***Outros clãs políticos também
tubularam: o clã dos muletas em Jaru perdeu a eleição para Joãozinho Gonçalves
e o clã Donadon perdeu a parada em Vilhena ante a reeleição do prefeito Eduardo
Japonês.
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