Sexta-feira, 12 de agosto de 2022 - 08h07
Os
brasileiros demoraram a perceber que a gripezinha foi a origem de uma epidemia
inédita, com alta letalidade e dramáticos efeitos colaterais. Com a ação dos
governadores e prefeitos impedindo o mal de se alastrar e a providência do
governo federal de usar a magnífica rede do SUS para levar a vacina a todo o
país as perdas humanas, embora acentuadas, ficaram abaixo de um milhão de
mortos, tal como nos EUA.
Um
dos fatores que retardam ações eficazes de saúde pública é o pensamento mágico,
crença em que basta pensar na inexistência do mal para ele desaparecer, distorção
do conceito de fé, a ilusão de que basta crer e cruzar os braços para o melhor
acontecer. A fé é positiva e consiste na base de ação, enquanto a crendice é
omissa. Deixa de aplicar as soluções necessárias com base na crença irracional
de que as coisas se resolvem só por não ser pensadas. É a tática da avestruz
medrosa, que novamente acontece no caso da varíola dos macacos.
Pensar
que ela só causará danos em animais é tão ruim quanto supor uma cepa
desconhecida como causadora de uma simples gripe. A monkeypox comprovadamente
afeta seres humanos desde 1970, mas não houve cuidados com a prevenção e há
pouco virou emergência sanitária global. A ignorância e o descuido fazem muito
mais mal à saúde que fumar. Fé sem ação é ilusão e a magia só funciona em
ficção. A realidade exige ação.
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O mais amado
É
intensa a disputa, e isto ocorre entre dentadas, patadas e ferroadas, entre os
candidatos bolsonaristas ao governo de Rondônia pelas bênçãos do presidente
Jair Bolsonaro nas eleições em Rondônia. Aí o cara-pálida leitor deste Diário e
o internauta da rede de jornais eletrônicos no estado e ouvintes de tantas
emissoras de rádio onde esta coluna é reproduzida, se perguntam: qual é o
motivo de tanto apego, amor, chamego e idolatria ao presidente Jair Messias? Ora, neste momento, Rondônia é o estado mais
bolsonarista do País sendo o terceiro com maior população de evangélicos
proporcionalmente e é neste segmento onde o mandatário viceja.
Quatro pretendentes
São
quatro pretendentes ao apoio do presidente Jair Bolsonaro em Rondônia. O governador
Marcos Rocha (União Brasil), o senador Marcos Rogério (PL), o ex-governador Ivo
Cassol (PP) e o deputado federal Leo Moraes (Podemos).Trata-se de um vespeiro
dos infernos e Rondônia e o único estado com tantos candidatos bolsonaristas,
uma situação difícil de administrar. Havendo bom senso, o presidente anuncia neutralidade
já que os envolvidos tendem a intensificar uma guerra pior que aquela na
Ucrânia nas próximas semanas.
A situação atual
Vejam
como está a situação dos candidatos governistas na busca do apoio do
presidente. 1- O governador Marcos Rocha é amigo dos tempos de caserna de
Bolsonaro e lhe apoiou incondicionalmente na eleição passada desde o início,
quando Jair Messias ainda era um desconhecido 2- O senador Marcos Rogério tem
sido o grande defensor do presidente no Congresso Nacional com fidelidade
canina ao Palácio do Planalto. 3- Ivo Cassol: grande amigo de Bolsonaro nos tempos
de Congresso Nacional quando ambos eram do PP. Jair quando deputado federal e
Cassol como Senador. Ambos são rudes, autoritários e bocudos. 4- Leo Moraes: é
o que tem menos chances de angariar a benção presidencial.
É o cara!
O
senador Marcos Rogerio queria ser ministro, chegou a negociar um acordo neste
sentido e levou um pé do presidente Bolsonaro e seus filhos. Então tentou ser líder
do governo no Congresso levou outro pé da família Bolsonaro. Lambeu as feridas
e de pé em pé chegou a anunciar sua candidatura ao governo de Rondônia,
desprestigiado, patinho feio sem direito até a indicar seu candidato ao Senado
predileto, por aqui, que era Expedito Junior. Mas pense num cara com uma
estrela absurda, com mais sorte do que o Palmeiras: se tornou o candidato com maior identificação
com o bolsonarismo em todo estado, e mesmo não querendo, se livrou de Expedito
melhorando sua situação na capital.
Pão da boca
Neste
momento apenas Ivo Cassol ameaça tirar o pão da boca de Marcos Rogério, pois
não depende tanto do bolsonarismo para criar asas. Tirando Ivo do caminho, a
estrada estará toda pavimentada para o senador da capital da BR garantir uma
vaga pra o segundo turno e devorar a
bocanhadas os adversários. Cassol, Marcos Rocha e Leo Moraes podem implorar
pela neutralidade do presidente em Rondônia, mas os bolsonaristas raiz no interior
já estão fechando com o pavãozinho. Vamos ver se a evolução dos concorrentes
pode mudar este cenário, num estado tão sujeito a reviravoltas.
Via Direta
*** Com a contagem regressiva para o
registro das candidaturas aos cargos eletivos na eleição de outubro quase no
fim, todo mundo se agitando para eventuais trocas nas nominatas cujo prazo se
encerra nesta segunda-feira, dia 15 *** Dois fujões no debate da Bandeirantes na
quinta-feira, o ex-governador Ivo Cassol e o atual governador Marcos Rocha e
cada um com suas motivações *** Cassol
alegando compromisso inadiável em Brasília, Rocha porque sabia que seria
esculachado pelos opositores e não deu
mole aos adversários *** Com os rios e igarapés secando e os focos de
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de “arroto”;
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