Terça-feira, 24 de maio de 2022 - 08h12
Ao
seu estilo sempre polêmico, com declarações que produzem grande efeito
midiático, o presidente Jair Bolsonaro atribuiu à “família brasileira” em armas
função de defender a floresta, reforçando as Forças Armadas ao considerar que
“o Brasil tem uma área muito cobiçada que é a Amazônica”.
Provavelmente
as FFAA não querem milícias paramilitares na Amazônia. Ao contrário,
particulares armados tendem a atuar criminosamente, como os invasores que
chegaram encapuzados à Gleba Bacajá, no Pará, alegando eram da polícia e
estavam ali para uma “reintegração de posse” desmentida pela Justiça.
Mas
é inevitável encarar a situação sem concluir que sem armas de combate o crime
organizado continuará fazendo pouco das multas, que não paga, além de promover
invasões impunes, queimadas insanas, desmatamento ilegal e constrangendo as
comunidades ribeirinhas e indígenas.
Armas
são de fato imprescindíveis. Por isso mesmo os secretários de Meio Ambiente dos
Estados da Amazônia Legal se uniram para endurecer as medidas contra o desmatamento
ilegal e incêndios florestais e no plano nacional o ministro da Justiça,
Anderson Torres, determinou uma operação da Força Nacional de Segurança para garantir
a proteção dos índios e populações tradicionais de Nova Olinda do Norte (AM) e
região. As armas da lei precisam ser acionadas sempre que necessário.
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Como fica?
O
bolsonarismo em Rondônia virou um balaio de gatos, lembrando o racha dos petistas
no auge da era Lula, que deixou na mão o então prefeito Roberto Sobrinho – o grande
nome do partido na época – na disputa pelo governo do Estado. O presidente
Bolsonaro tem dois candidatos ao governo em Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil-Porto
Velho) e Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e dois candidatos ao Senado, Jayme
Bagatolli (PL-Vilhena) e Mariana Carvalho (Progressistas –Porto Velho) e
correndo por fora Jaqueline Cassol (PP-Rolim de Moura). Um canibalismo
terrível.
Perde e ganha
Neste
quadro, temos o governadoravel Marcos Rogério (PL) numa situação de perde e
ganha. O seu apoio junto ao bolsonarismo está rachado ao meio no seu próprio
partido, porque os apoiadores de Jayme Bagatolli não aceitam Marcos Rogério
apoiando um candidato ao Senado de outro partido, no caso Expedito Junior
(PSD). Podem até votar contra Marcos Rogério, mesmo que Bagatolli implore. Não
bastasse, Rogério leva desvantagem no confronto com o governador Marcos Rocha
(União Brasil) pelo apoio do presidente Bolsonaro em Rondônia. Existe quem
acredite que Bolsonaro solicite a Marcos Rogério ficar fora da disputa em Rondônia
para não abalar sua campanha no estado.
Os indícios
A grande verdade, é que o Planalto escolheu o
governador Marcos Rocha para apoiar em Rondônia, mesmo com a fidelidade canina
do senador ao presidente. Vejam: M. Rogerio foi preterido na escolha a um ministério,
foi deixado de lado na escolha da liderança do governo no Congresso e agora foi
impedido de escolher seu próprio candidato ao Senado (ele queria Expedito),
pelos Bolsonaros. O quadro era favorável ao parlamentar, já que Marcos Rogério
é o único candidato do interior de Rondônia e é beneficiado pelo racha de
tantos postulantes na capital, mas o representante liberal acabou se
complicando no seio de sua própria legenda.
As incertas
Mas
as incertezas não rondam apenas Marcos Rogério, também prejudicam outras candidaturas.
O deputado federal Leo Moraes (Podemos-Porto Velho), outro postulante ao CPA
não avança nos entendimentos para formar sua chapa majoritária. E como obter o apoio do ex-governador Confúcio
Moura, se seu padrinho político é Ivo Cassol? A procedência do seu vice está
indefinida e Leo Moraes ainda não começou a botar o pé na estrada. Igualmente está
repleta de indefinições a Frente Popular de Esquerda, de sustentação a candidatura
de Lula. O candidato a governador está indefinido e ao Senado igualmente. De
vice existe a unanimidade em torno de Anselmo de Jesus (Ji-Paraná).
O gatomortismo
As
lideranças políticas do interior acreditam que o ex-governador e ex-senador
Valdir Raupp (MDB-Rolim de Moura) acabará sendo o candidato ao Senado do
partido na eleição 2022, em detrimento do ex-ministro Amir Lando (Porto Velho).
Todos acham que Raupp está se fazendo de gato morto, aquela do cara que se faz
de morto para comer o coveiro. Como medida preventiva, Lando que andava tão
entusiasmado com a campanha reduziu o ritmo aguardando as convenções de agosto,
quando haverá uma definição a respeito das formações de chapas. E mais: nos
círculos políticos acredita-se que Raupp entrando nas paradas se torna o
favorito da temporada para a cadeira ao Senado. Problemas a vista para Mariana,
Expedito e Bagatolli...
Via Direta
***
Com o quadro nacional sujeito a modificações depois da desistência do
ex-governador de São Paulo João Dória, O PSDB caminha para uma aliança com o
MDB ou de ressuscitar o nome de Eduardo Leite *** A Rondônia Rural Show bombando em Ji-Paraná. O Senado prestigiando
com uma sessão especial tratando da regularização fundiária em Rondônia sob a
liderança do senador Acir Gurgacz, presidente da Comissão da Agricultura ***
Se forem confirmadas as candidaturas ao governo estadual de Vinicius Miguel
(PSB) e Daniel Pereira (Solidariedade), os dois se arrebentam entre si e ainda
vão causar sérios prejuízos ao representante mais viável da capital, que é o
deputado federal Leo Moraes (Podemos) *** É uma insanidade tantas postulações ao
CPA de Porto Velho, já que o próprio governador Marcos Rocha (União Brasil) também
tem domicilio eleitoral na capital.
Léo Moraes tem desafios importantes pela frente, os vereadores estão famintos por secretarias
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