Terça-feira, 22 de dezembro de 2020 - 08h38
Botos e ecocídio
Em 2008, a Constituição do Equador criou direitos para Pacha Mama (Natureza), determinando que “se respeite integralmente a sua existência e a manutenção e regeneração de seus ciclos vitais, estrutura, funções e processos evolutivos”.
Há pouco, mais uma de tantas notícias impactantes sobre a Amazônia correu mundo: até 7 mil botos eram mortos por ano no Amazonas para ser usados como isca para a pesca da piracatinga, segundo a Associação dos Amigos do Peixe-boi. Com a prorrogação da moratória que proíbe a pesca e a venda do peixe-liso (piracatinga), o boto cor-de-rosa ganhou tempo para sair da lista dos animais em risco de extinção.
O conceito Pacha Mama só ganhou caráter institucional com a Constituição do Equador, mas a expressão ecocídio já é usada amplamente desde o uso do Agente Laranja (desfolhante) na Guerra do Vietnã, na década de 1960. Desde 2002 a Corte Penal Internacional já prevê castigo ao ecocídio em casos de guerra.
Agora, há um esforço mundial para o ecocídio ser considerado crime também em tempos de paz, por ação ou omissão. Com a eleição de Joe Biden nos EUA e a adesão do Papa Francisco à campanha, condenando “a contaminação maciça do ar, dos recursos terrestres e da água”, este será um dos temas dominantes em 2021. Em caso de negação, claro, caberá o justo direito à defesa, como em qualquer outro crime.
................................................................................
Estão ressabiados
Os prefeitos eleitos e reeleitos em Rondônia não esperavam uma segunda onda do covid tão forte e estão preocupados com a arrecadação em 2021 e seus reflexos no atendimento das demandas em seus próprios municípios. Estão apelando desde já aos recursos das emendas parlamentares dos deputados estaduais, federais e senadores para manter setores essenciais como a saúde pública e educação. Aparentemente Rondônia vai bem no agronegócio e o comércio neste final de ano não tem do que se queixar, mas o recuo nos repasses constitucionais preocupa.
Sem estoques
Sem estoques reguladores, já que tudo do segmento agropecuário foi vendido para a China e outros países importadores, o Brasil se vê comprando soja de outros países, o arroz e feijão com altos preços e a tendência é o sofrimento continuar em 2021 já que os exportadores brasileiros estão com problemas para cumprir os contratos já firmados com o estrangeiro. E com tudo isto, com a falta de planejamento do governo, a população é que padece.
A regionalização
A regionalização das candidaturas na disputa de uma única vaga ao Senado em 2022 deve resultar numa baita fragmentação de votos. Com isto, votações estrondosas que já tiveram os ex-governadores Ivo Cassol e Valdir Raupp e, em 2016 Acir, dificilmente serão repetidas. Bagatoli em Vilhena, Expedito e Jaqueline na Zona da Mata, Thiago Flores na região do Vale do Jamari e pelo menos umas quatro postulações em Porto Velho – entre elas Leo Moraes, Mariana, Vinicius Miguel - já são especulações rolando nos bastidores políticos.
Cenário alterado
A próxima composição da bancada federal da Câmara dos Deputados também deverá ser bem alterada, já que Leo Moraes (Podemos), Jaqueline Cassol (PP), Mariana Carvalho (PSDB) e Lucio Mosquini (MDB-Ouro Preto do Oeste). Trocando em miúdos, eles pretendem voos maiores em 2022, visando o Senado ou até o governo estadual. Além disto, o restante da bancada terá fortes predadores a espreita, com as garras afiadas: Cristiane Lopes (PP-Porto Velho), Jesualdo Pìres (PSB=Ji-Paraná). Teremos uma renovação histórica na bancada.
Faturando alto
Nesta temporada do inverno amazônico –leia-se chuvas, ventos e destelhamentos – as empresas dedicadas ao ramo de calhas e cerâmicas que fabricam telhas estão faturando alto. Chegam a se queixar da falta de insumos para trabalhar, já que para encontrar telhas de barro ou de fibrocimento é necessário desenvolver uma peregrinação pelas casas do ramo. Ninguém imaginava uma demanda tão aquecida em plena pandemia do coronavirus. Muitas lojas garantem que faturaram mais em 2020 do que em 2019.
Via Direta
*** E 2021 está chegando com mudanças no cenário político estadual. Assumem os prefeitos eleitos, a Assembleia Legislativa em virtude da eleição de parlamentares e cassação dos outros terá novos representantes *** Com as mudanças, Porto Velho, que tem um terço da população rondoniense chegará a 10 deputados com base eleitoral na capital *** Natal chegando e lojas cheias. Muita gente desrespeitando os protocolos do Ministério da Saúde, o uso da máscara e o distanciamento social *** A humanidade, depois de nove meses em quarentena urra com o coronavirus, mas o medo de infecção diminuiu e a vacina surge como a grande saída dos terráqueos em 2021 *** E o que o futuro nos reserva em futuras pandemias que volta e meia surgem pelo mundo afora?
Vivemos um grande clima de incerteza com relação as eleições 2026 em Rondônia
O Brasil realO maior erro da polarização lulistas x bolsonaristas é a ilusão de que os primeiros são “esquerda” e os últimos sejam a “direita”. Ela
Tudo mudaAs pesquisas de opinião sobre o desempenho dos governos, ao ser divulgadas, raramente são expostas em detalhes. Não fazem distinção entre a
Às clarasA existência de três instâncias de governos – federal, estadual e municipal – deveria garantir a felicidade das populações desde o mais rem
A disputa pelas cadeiras a Câmara dos Deputados em Rondônia vai ficar bem congestionada em 2026
Diálogos Amazônicos É natural que se espere muito da nova edição dos Diálogos Amazônicos, webinar da Fundação Getúlio Vargas por sua Escola de Econ