Terça-feira, 5 de julho de 2022 - 09h04
A
imagem do país na era Juscelino Kubitschek era confusa – acreditavam que a
Amazônia era o Jardim Botânico do RJ, os brasileiros eram índios falando espanhol
e a capital era Buenos Aires. No entanto, apesar desses absurdos, era uma
apreciação positiva: os turistas tinham o Carnaval como objeto do desejo, o
Brasil era quintal dos EUA e não parceiro da Rússia, com a qual o governo Dutra
havia cortado relações em 1948.
A
mídia norte-americana deu ao mundo a imagem do brasileiro como o Zé Carioca
bonachão, pacífico, musical e esperto, muito diferente da distorção negativa da
atualidade, que apresenta os brasileiros como assassinos urbanos de turistas e
de índios, religiosos e jornalistas na floresta.
É
importante ir às urnas com reflexão e maturidade, mas é também urgente vencer a
polarização eleitoral, responsável por dividir o país em bandos que se excluem,
e unir o Brasil em uma agenda mínima que comece pela limpeza da má imagem.
A
limpeza requer faxina pesada e cirúrgica, baseada em um firme combate ao crime
urbano e florestal para a proteção efetiva da Amazônia, de modo a atrair
recursos para investimento em infraestrutura e desenvolvimento social, com pagamentos
justos pelos serviços ambientais. O Brasil não pode continuar imóvel, arruinando-se
em ano não eleitoral e vivendo de ilusões, casuísmos e gambiarras nos anos de
eleição.
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Brasil dividido
Temos
um Brasil politicamente dividido na polarização travada entre o atual presidente
Jair Bolsonaro (PL-Rio de Janeiro) e Luís Inácio Lula da Silva (PT-SP). Na região
Norte, predomina o bolsonarismo e o apoio do atual mandatário é disputado a
dentadas pelos candidatos aos governos estaduais do Mato Groso, Rondônia, Acre
e demais unidades da região. Já, no Nordeste, o dono da bola é Lula. Ficar contra
o petista por lá significa perder eleitores e comprometer as candidaturas
majoritárias nos estados. Lula tem ainda a supremacia em São Paulo, mas nos
estados do Sul, Bolsonaro garante a pole position.
Em Rondônia
No
que se refere ao pleito rondoniense dois candidatos disputam o apoio exclusivo
do atual presidente. O candidato Marcos Rogério, que pertence ao mesmo partido
do presidente, o PL, e o atual governador Marcos Rocha, do União Brasil, amigo
do presidente desde os tempos de caserna. É provável que Bolsonaro não contrarie
nenhum dos candidatos evitando se comprometer com uma só candidatura. Ao Senado
a família Bolsonaro também está dividida, Flávio Bolsonaro está fechado com Mariana
Carvalho (Progressistas-Porto Velho) e demais irmãos com Jayme Bagatolli
(PL-Vilhena).
Briga das esposas
Em Cacoal,
a progressista capital do café, temos uma disputa a Câmara dos Deputados
envolvendo as esposas dos políticos mais expressivos. De um lado a primeira
dama, esposa do prefeito Fúria (PSD), de outro a mulher do ex-deputado federal
Nilton Capixaba (PTB). A atual deputada federal Jaqueline Cassol (PP) com
domicilio eleitoral no município está fora da disputa, pleiteando uma cadeira
ao Senado, com o apoio do mano, o ex-governador Ivo Cassol, a grande liderança
rondoniense pós Teixeirão e que está impedido de disputar o CPA Rio Madeira.
Briga territorial
Os três
clãs políticos regionais do Cone Sul entram em confronto por cadeiras a Câmara
dos Deputados por Rondônia fragmentando um eleitorado com pouco mais de 100 mil
eleitores, cuja região tão dividida pode gerar graves prejuízos a representatividade
dos migrantes sulistas. Por parte do clã Donadon, a atual deputada estadual
Rosangela dobra com a cunhada Rosani, ex-prefeita a federal. Do lado do clã Goebel,
o deputado estadual Luizinho faz dobradinha com o sogro Evandro Padovani, do
lado do clã Neiva, o atual deputado estadual Ezequiel Neiva faz dobradinha com
seu filho Wivelando a federal.
Representatividade
A região
sul do estado já teve mais representatividade em tempos idos. Já contou com governador,
caso de Ângelo Angelim (nomeado) Senador, com Sartori assumindo como suplente e
deputados federais como Arnaldo Lopes Martins e Natan Donadon. Desde a cassação
de Natam, até hoje impedido de disputar cargos eletivos, Vilhena e região não
conseguem mais eleger deputados federais. Padovani já bateu na trave no pleito
passado e atualmente é o nome mais forte da região porque também conta com
votos em outras regiões do estado, com redutos em Alvorada do Oeste, São
Francisco, São Miguel e Costa Marques.
Via Direta
*** Em processo de transferência de mala
e cuia para Vilhena, o prestigiado jornalista Nilton Salinas, ex-editor do
Diário também vai se dedicar a atividade empresarial *** Assim que desembarcou
no Cone Sul já recebeu convites para assessoria de políticos locais. Agora é só
escolher *** Por falar em jornalismo,
que falta faz para aos meios televisivos as ausências da competente Marindia Moura, a prestigiada Ana Lídia
Daibes e a linda Yonara Werry. Lacunas impreenchíveis no telejornalismo
rondoniense. Atualmente elas estão atuando em assessorias de imprensa *** E
nada mais se falou sobre a reforma do Aluizão e da nova rodoviária de Porto
Velho *** O MDB toca pesquisa em todo o
estado para avaliar a dobradinha Confúcio ao governo e Valdir Raupp ou Amir
Lando ao Senado.
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