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Carlos Sperança

Chega de veneno + Um blocão + E Bolsonaro? + Construção civil


Chega de veneno + Um blocão + E Bolsonaro? + Construção civil - Gente de Opinião

Chega de veneno

“Quem fala muito dá bom-dia a cavalo”, dizia Guimarães Rosa em “Sagarana”. Ainda candidato a presidente dos EUA, Joe Biden prometeu que iria fazer uma vaquinha e dizer ao Brasil: “Aqui estão US$ 20 bilhões. Parem de destruir a floresta”. O presidente Jair Bolsonaro, ao seu estilo guerreiro, rechaçou a proposta. Supôs que Biden pretendia fazer pouco da soberania brasileira, que não está em questão.

Depois de tanto veneno inútil na língua, chegou a hora do mel nas palavras: o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, mostrou interesse: “A ajuda dos US$ 20 bilhões do Biden, é por ano?” Na ânsia de apagar a fogo sob sua frigideira e assim permanecer no cargo, Salles disse há pouco que vai pedir US$ 1 bilhão dos 20 bilhões prometidos por Biden sob a promessa de reduzir até 40% do desmatamento na Amazônia em um ano.

Que renda um boi da boiada de 20 bilhões já será um avanço se de fato apoiar ações de desenvolvimento econômico e providenciar o pagamento por serviços ambientais, o ponto de partida necessário para uma preservação efetiva. Afinal, quem paga por serviços ambientais tem direito a recebê-los.

Com a proposta, Salles parece ter assegurado a permanência no Ministério por mais algum tempo, ao menos até a Cúpula dos Líderes sobre o Clima, convocada pelo presidente dos EUA para os dias 22 e 23, caso nada desastroso aconteça até lá.

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Um blocão

O senador Marcos Rogério (Democratas) trabalha na formação de um grande bloco para a disputa do governo do estado no ano que vem em oposição ao atual governo de Marcos Rocha. Nas últimas semanas a sua coalizão recebeu novas adesões e propala-se pelo interior que até o ex-governador Ivo Cassol (PP) entraria no seu palanque, onde já está também o ex-senador Expedito Junior que está ingressando no PSD e a deputada federal Mariana Carvalho, cotada para ser sua vice, reforçando suas paliçadas na capital

E Bolsonaro?

Mais adiante o presidente Jair Bolsonaro vai ter que decidir quem apoiará em Rondônia ao governo do estado, já que existem dois candidatos bolsonaristas nestas bandas, que são o governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério. Inicialmente, por ser amigo de caserna de Bolsonaro em tempos idos, o atual governador leva vantagem na busca deste apoio, mas o critério definitivo da escolha serão as pesquisas em Rondônia. Entendo que quem estiver melhor nas sondagens eleitorais entre os dois terá a preferência do mito.

Quebrando a cabeça

A ressurreição de Lula, cujo candidato já está polarizando a eleição presidencial com Jair Bolsonaro está quebrando a cabeça dos demais partidos da oposição que procuram desde já uma terceira via para a eleição do ano que vem. Como são muitos pretendentes ao cargo de presidente e desunidos, os partidos que fazem oposição a Bolsonaro e também contestam Lula estão com dificuldades em escolher uma candidatura competitiva. As articulações seguem e o Centrão de olho na queda de popularidade do atual governo federal.

Construção civil

A construção civil em Rondônia, principalmente em Porto Velho onde estão sendo erguidos novos edifícios e condomínios de residências para a classe média, segue padecendo com a falta de insumos. Existe falta desde aço para pronta entrega a telhas de barro e uma certa carência de pisos e outros materiais cujos preços subiram exponencialmente nos últimos meses. A situação de preços tende a piorar no verão quando se acelera o ritmo da construção capital. O reflexo desta situação será a da valorização nos imóveis nos próximos meses.

As opções

Em alta, depois de emplacar Mauricio como vice-prefeito na eleição do ano passado em Porto Velho, o clã Carvalho (leia-se o cacique Aparício) estuda as opções da deputada federal Mariana para a eleição do ano que vem. Ela é cotada para ser vice do governadorável Marcos Rogério (Democratas) e também para disputar o Senado da República, o que ela não teria dificuldades já que conta com maioria no Diretório Estadual do PSDB, onde é a dirigente máxima. Com isto posto, mais seguro para Expedito agora é pular para o PSD para garantir legenda para a desejada peleja ao Senado.

Via Direta

*** Se renovando e com grande expectativa em torno da candidatura de Lula a presidência da República, os petistas rondonienses começam a se mobilizar em torno das eleições 2022 *** Já estão surgindo muitos candidatos a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados na esperança de uma boa jornada *** A Zona da Mata e Cone Sul rondoniense terão boas brigas pelo Senado no ano que vem: Expedito Junior, Jaqueline Cassol e Bagatolli *** Esta previsível fragmentação de votos pode beneficiar postulantes de outras regiões, como  os de Ji-Paraná, Ariquemes e Porto Velho *** Com o agravamento da pandemia do coronavirus a maioria dos órgãos públicos estão sem atendimento presencial até o próximo dia 20 *** E já tem gente espichando a paralisação das atividades até o final de abril por cona do covid. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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