Sábado, 10 de abril de 2021 - 10h27
“Quem
fala muito dá bom-dia a cavalo”, dizia Guimarães Rosa em “Sagarana”. Ainda
candidato a presidente dos EUA, Joe Biden prometeu que iria fazer uma vaquinha
e dizer ao Brasil: “Aqui estão US$ 20 bilhões. Parem de destruir a floresta”. O
presidente Jair Bolsonaro, ao seu estilo guerreiro, rechaçou a proposta. Supôs que
Biden pretendia fazer pouco da soberania brasileira, que não está em questão.
Depois
de tanto veneno inútil na língua, chegou a hora do mel nas palavras: o ministro
do meio ambiente, Ricardo Salles, mostrou interesse: “A ajuda dos US$ 20
bilhões do Biden, é por ano?” Na ânsia de apagar a fogo sob sua frigideira e
assim permanecer no cargo, Salles disse há pouco que vai pedir US$ 1 bilhão dos
20 bilhões prometidos por Biden sob a promessa de reduzir até 40% do
desmatamento na Amazônia em um ano.
Que
renda um boi da boiada de 20 bilhões já será um avanço se de fato apoiar ações
de desenvolvimento econômico e providenciar o pagamento por serviços ambientais,
o ponto de partida necessário para uma preservação efetiva. Afinal, quem paga
por serviços ambientais tem direito a recebê-los.
Com
a proposta, Salles parece ter assegurado a permanência no Ministério por mais
algum tempo, ao menos até a Cúpula dos Líderes sobre o Clima, convocada pelo
presidente dos EUA para os dias 22 e 23, caso nada desastroso aconteça até lá.
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Um blocão
O
senador Marcos Rogério (Democratas) trabalha na formação de um grande bloco
para a disputa do governo do estado no ano que vem em oposição ao atual governo
de Marcos Rocha. Nas últimas semanas a sua coalizão recebeu novas adesões e
propala-se pelo interior que até o ex-governador Ivo Cassol (PP) entraria no
seu palanque, onde já está também o ex-senador Expedito Junior que está
ingressando no PSD e a deputada federal Mariana Carvalho, cotada para ser sua
vice, reforçando suas paliçadas na capital
E Bolsonaro?
Mais
adiante o presidente Jair Bolsonaro vai ter que decidir quem apoiará em Rondônia
ao governo do estado, já que existem dois candidatos bolsonaristas nestas
bandas, que são o governador Marcos Rocha e o senador Marcos Rogério. Inicialmente,
por ser amigo de caserna de Bolsonaro em tempos idos, o atual governador leva
vantagem na busca deste apoio, mas o critério definitivo da escolha serão as
pesquisas em Rondônia. Entendo que quem estiver melhor nas sondagens eleitorais
entre os dois terá a preferência do mito.
Quebrando a cabeça
A
ressurreição de Lula, cujo candidato já está polarizando a eleição presidencial
com Jair Bolsonaro está quebrando a cabeça dos demais partidos da oposição que
procuram desde já uma terceira via para a eleição do ano que vem. Como são
muitos pretendentes ao cargo de presidente e desunidos, os partidos que fazem
oposição a Bolsonaro e também contestam Lula estão com dificuldades em escolher
uma candidatura competitiva. As articulações seguem e o Centrão de olho na
queda de popularidade do atual governo federal.
Construção civil
A construção
civil em Rondônia, principalmente em Porto Velho onde estão sendo erguidos
novos edifícios e condomínios de residências para a classe média, segue padecendo
com a falta de insumos. Existe falta desde aço para pronta entrega a telhas de
barro e uma certa carência de pisos e outros materiais cujos preços subiram
exponencialmente nos últimos meses. A situação de preços tende a piorar no
verão quando se acelera o ritmo da construção capital. O reflexo desta situação
será a da valorização nos imóveis nos próximos meses.
As opções
Em
alta, depois de emplacar Mauricio como vice-prefeito na eleição do ano passado
em Porto Velho, o clã Carvalho (leia-se o cacique Aparício) estuda as opções da
deputada federal Mariana para a eleição do ano que vem. Ela é cotada para ser
vice do governadorável Marcos Rogério (Democratas) e também para disputar o
Senado da República, o que ela não teria dificuldades já que conta com maioria
no Diretório Estadual do PSDB, onde é a dirigente máxima. Com isto posto, mais
seguro para Expedito agora é pular para o PSD para garantir legenda para a
desejada peleja ao Senado.
Via Direta
*** Se renovando e com grande expectativa
em torno da candidatura de Lula a presidência da República, os petistas
rondonienses começam a se mobilizar em torno das eleições 2022 *** Já estão surgindo
muitos candidatos a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados na esperança
de uma boa jornada *** A Zona da Mata e
Cone Sul rondoniense terão boas brigas pelo Senado no ano que vem: Expedito
Junior, Jaqueline Cassol e Bagatolli *** Esta previsível fragmentação de
votos pode beneficiar postulantes de outras regiões, como os de Ji-Paraná, Ariquemes e Porto Velho *** Com o agravamento da pandemia do
coronavirus a maioria dos órgãos públicos estão sem atendimento presencial até
o próximo dia 20 *** E já tem gente espichando a paralisação das atividades
até o final de abril por cona do covid.
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