Segunda-feira, 15 de março de 2021 - 09h08
O
que diferencia os sobreviventes dos que não resistiram às tragédias é a
capacidade de se adaptar às circunstâncias.
O cientista social Luke Parry, da universidade britânica de Lancaster,
atualmente mergulhado em pesquisas sobre impactos da degradação ambiental e
rigores climáticos na Amazônia, observou em suas pesquisas que a população
local adaptou seu estilo de vida para lidar com as mudanças climáticas, mas até
a adaptação tem limites.
Com
pesquisadores brasileiros da Fiocruz ele publicou recentemente um estudo que
liga as chuvas extremas ao peso mais baixo dos recém-nascidos na região. A
pesquisa demonstra, com base nesses reflexos assustadores, que “a extensão do
aumento dos níveis dos rios e das chuvas já excedeu as capacidades adaptativas
das pessoas”.
Como
a Covid, que mesmo curada deixa sequelas para infernizar a vida futura do paciente,
nascer abaixo do peso é a infeliz promessa de um futuro de vulnerabilidades. É
também desastroso, segundo o estudo, publicado pela revista científica Nature
Sustainability, que mesmo chuvas intensas não-extremas levam à chance 40% maior
de uma criança nascer abaixo do peso. Para a Covid-19 já existem vacinas, até
para variedades e novas cepas, mas não há vacinação possível contra os rigores
do clima, a não ser combater suas causas e os riscos de piorar.
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Um exemplo
O
recente lockdow desenvolvido pelas autoridades sanitárias no município de
Araraquara, no interior de São Paulo é um exemplo a ser seguido por todo País,
principalmente por Rondônia onde a maioria das municipalidades não tem atuado com
a devida seriedade no combate a pandemia. Lá, depois de 15 dias de fechamento
de tudo, os resultados apareceram com a diminuição de internamentos, de
infectados e de mortes. A união política também funciona, todos se unindo pela
mesma causa.
Mal exemplo
Já,
Porto Velho, é um mau exemplo na condução sanitária, tanto pelo governo do
estado como pela prefeitura local. A falta de união política entre as esferas
estaduais e municipais, de uma fiscalização mais rigorosa para evitar as
aglomerações, afundaram a capital rondoniense. Hospitais e cemitérios superlotados
e a situação se agravando cada vez mais. A compra de vacinas pelo município é
uma tentativa e frear a lamentável situação, no entanto até chegarem – fala-se
em pelo menos 30 dias – o Tonhão já não terá mais valas para acomodar tantos
defuntos.
O despovoamento
Embora
Porto Velho e alguns municípios rondonienses tenham conquistado bons índices de
crescimento populacional nos últimos anos, Rondônia sofre um processo de despovoamento
em várias regiões do estado desde a década passada. O IBGE vai constatar, no
censo deste ano, a triste realidade, com a própria capital rondoniense
reduzindo seus números demográficos. Por aqui, existe um exagerado volume de
venda de imóveis de famílias se transferindo para outros estados e uma nova
revoada para os Estados Unidos mesmo com o boato (puro fake) de que as fronteiras
daquele estão abertas para os imigrantes.
Novos rumos
Poucos
deputados federais de Rondônia devem manter o projeto de reeleição no ano que
vem. Senão vejamos: Leo Moraes (Podemos) vai arriscar uma cadeira ao Senado. O
mesmo projeto é confirmado pela deputada federal Jaqueline Cassol (PP), Mariana
Carvalho (PSDB) é cogitada para ser vice na chapa de Marcos Rogério ao governo
do estado. Lucio Mosquini insiste com o projeto de ser governador pelo MDB.
Sobram para a reeleição apenas a metade da bancada, Expedito Neto (PSD), Chrisóstomo
(PSL), Mauro Nazif (PSB) e Silvia Cristina (PDT).
Páscoa amarga
Com
a pandemia estraçalhando a vida dos brasileiros, teremos na pascoa do
coronavirus, a mais amarga da história. As primeiras levas de ovos de chocolate
chegando em Porto Velho - com os supermercados reduzindo a oferta do produto nesta
temporada – já desembarcam com preços salgados para os consumidores. Muita
gente, atendendo aos reclamos da criançada, já está se socorrendo com a
fabricação de ovos caseiros para economizar. Tempo não faltará com as restrições
impostas para o isolamento social.
Via Direta
*** Com enviados especiais, o SGC
acompanhou os atoleiros da rodovia 319 que neste inverno amazônico foi atingido
pelos rigores do inverno amazônico *** Na semana passada, o deputado coronel Menezes
(PSL-AM) liderou expedição na estrada Manaus-Porto Velho, constatando a lamentável
situação da rodovia, onde nem tatu com chuteira consegue andar *** O governador Gladson Cameli (Progressistas)
implantou lockdow completo no vizinho estado do Acre, que também sofre com
enchentes, dengue e a crise migratória com a revoada de haitianos pelo Peru em
direção aos EUA ***Além dos haitianos, imigrantes africanos de passagem por
Rondônia nos últimos anos acompanham a jornada.
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