Sexta-feira, 20 de maio de 2022 - 08h14
O
ex-ministro Joaquim Levy está surfando na pré-campanha eleitoral com uma
oportuna proposta para aprimorar a agenda de descarbonização do Brasil. A
“mágica” para transformar poluição em riqueza, no entanto, requer soluções
unificadoras aos problemas nacionais, inviáveis com políticas desarrumadas e
ministérios desconexos tentando eleger seus próprios escolhidos.
Com
a infraestrutura, o meio ambiente, a indústria e o tripé
desempregados/endividados/desalentados à beira de um ataque de nervos, o estado
de ânimo da população tende a pesar nas eleições. Um complicador é que o
desconforto nacional tem reflexo externo: a péssima imagem do país no exterior
dificulta a recepção do melhor que a humanidade pode oferecer para alavancar
uma boa agenda de controle das emissões de carbono.
É
um caso de mão dupla: a forma com que o Brasil se apresenta ao mundo e a
resposta do mundo à apresentação. A proposta de Levy é sensata, mas depende de
trânsito virtuoso pelas duas vias. De um lado, o Brasil precisa entregar suas
próprias soluções aos problemas, selecionando consensos. De outro, o mundo
precisa apoiá-las ao sentir que não é cheiro de rosas disfarçando o fedor dos
desmontes e da prevaricação. Um Brasil rico só virá com boas políticas e
investimentos. A descarbonização pode ser a chave para superar a polarização
política, toxina que atrasa o país e dificulta os investimentos.
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Um retrospecto
Acompanhe
abaixo um retrospecto das principais polarizações entre os candidatos desde a
primeira eleição ao governo do Estado de Rondônia. O primeiro pleito foi
realizado em 1986, elegendo Jeronimo Garcia de Santana (MDB-Porto Velho) que
teve como seu principal adversário o senador Odacir Soares (PDS-Porto Velho).
Em 1990, tivemos o triste episódio do assassinato do senador Olavo Pires
(PTB-Porto Velho), o grande favorito da época, e sem ele naquele pleito a polarização
ocorreu entre Oswaldo Piana Filho, contra o emergente Valdir Raupp de Mattos
(Rolim de Moura). Piana, como se constatou, levou a melhor naquela
oportunidade.
A hegemonia
A
partir de 1994 o interior do estado, com dois terços do eleitorado rondoniense,
começava a fazer prevalecer sua força. Valdir Raupp de Mattos (MDB-Rolim de
Moura) venceria a eleição, numa sensacional reviravolta contra Francisco
Chiquilito Erse (PDT-Porto Velho). Na eleição seguinte, o interior seguiria
dando as cartas num embate entre o governador Valdir Raupp de Matos (MDB) e o
senador José de Abreu Bianco (PFL-Ji-Paraná), prevalecendo Bianco, numa disputa
bem equilibrada. Em novo confronto da roça, Bianco enfrentaria Ivo Cassol (PSDB-Rolim
de Moura) em 2002, com Bianco levando a pior contra sua cria política. Ivo na
cabeça.
A era Cassol
Seria iniciada, então a era Cassol, com Ivo
sendo o primeiro governador reeleito, vencendo em turno único o segundo pleito,
o da reeleição, que teve como principal oponente Amir Lando. Seu sucessor, Confúcio
Moura (MDB-Ariquemes) também seria reeleito, enfrentando primeiramente em 2010 derrotando
João Cahula (Rolim de Moura) vice de Cassol que tinha assumido a titularidade e
com a reeleição em 2014 contra Expedito. Em 2018, nosso atual governador Marcos
Rocha (Porto Velho), enfrentaria o tucano Expedito Junior (Rolim de Moura) em
segundo turno, recuperando a hegemonia política para a capital depois de mais
de duas décadas.
As origens
Rondônia é um Estado formado pela grande
maioria da população de migrantes de outros estados. Só um rondoniense da gema
foi eleito governador até agora. Vejam a naturalidade dos nossos governadores:
Jeronimo Santana, goiano; Piana, rondoniense; Raupp e Ivo Cassol catarinenses; Bianco, paranaense;
Confúcio Moura, goiano e Marcos Rocha carioca. Predominaram os goianos e
catarinenses até agora, seja no antigo Palácio Presidente Vargas ou no atual CPA,
para onde foi transferida a sede do governo estadual. Na peleja 2022 teremos
candidatos novamente nascidos em vários estados, mas desta vez pelo menos dois
candidatos rondonienses da gema.
A curiosidade
A
maior curiosidade dos pleitos ao governo estadual é que a maioria dos favoritos
acabou tombando, casos das derrotas de Raupp para Piana em 90, de Chiquilito
Erse para Raupp em 94, de Raupp para Bianco em 98, de Expedito para Confúcio em
2014, de Expedito contra Marcos Rocha em 2018. A coisa de favorito se dar mal,
já tinha começado na primeira eleição, em 1986 ao então Palácio Presidente
Vargas, quando o senador Odacir Soares tendo como vice José Bianco (os mais
votados ao Senado e ALE em 1982) perderam para Jerônimo Santana. Em 2022 os
favoritos desabaram antes da eleição: Ivo Cassol, impedido pela justiça, e Confúcio
Moura por desistência.
Via Direta
*** O presidenciável tucano João Dória
foi fritado até o talo pelas lideranças do partido e já não há mais dúvidas que
será rifado como candidato do PSDB à presidência da República nas convenções de
agosto ***
Em Porto Velho a ex-vereadora Cristiane Lopes (União Brasil) lidera encontros
da mulherada e aproveita a ocasião para projetar sua candidatura a Câmara dos
Deputados *** Ela é predadora dos
deputados atuais da capital Mauro Nazif (PSB) e Crisóstomo (PL) e leva vantagem
no segmento do eleitorado jovem,
majoritário na capital rondoniense *** MDB e partidos alinhados apostam em
Simone Tebet (MDB) como opção de uma terceira via a Presidência *** Os petistas querem porque querem a
desistência de Ciro Gomes (PDT) na corrida presidencial. Mas é mais fácil
galinha criar dentes.
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