Terça-feira, 4 de maio de 2021 - 07h21
Diz
a sabedoria popular que “dinheiro não é problema, é solução”. Se é assim, não
há como condenar o ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, por pedir 1
bilhão de dólares aos EUA para proteger a Amazônia em benefício de um clima sem
rigores extremos. Muitos que também sonham com valores até maiores que esse
modesto bilhão, porém, criticam o ministro pela falta de tato. Pediu os recursos
como se fosse um flanelinha global, parecendo exigir resgate após “sequestrar”
a Amazônia.
Seria
ingênuo ou maluco supor que a proteção da floresta em favor de seus povos e do
clima planetário, depois de séculos de exploração irracional, pirataria e
crimes de lesa-pátria, será possível sem dinheiro, só com leis, decretos e
portarias. O Estado brasileiro está desorganizado, à beira de um shutdown, e
sofre o ataque do crime cada vez mais rico e estruturado globalmente, que seduz
os prevaricadores. Com dinheiro.
O
dinheiro é problema quando, só em março, investidores estrangeiros retiraram
US$ 2,1 bilhões do mercado de ações e títulos públicos por conta do descuido
com a pandemia. É solução quando se sabe que o país pode ganhar R$ 1,3 trilhão
por ano monetizando os serviços ambientais, segundo o economista Gesner
Oliveira. Entre mendigar, pedir resgate e perder investidores, obviamente
encarar o dinheiro como solução será o melhor negócio.
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A ponte é minha!
Talvez
pelo entusiasmo crescente no seu estado com o fim do isolamento rodoviário, o
governador do Acre Gladson Cameli (PP) ao conceder entrevistas a mídia em seu torrão
faz as contas como se a ponte sobre o Rio Madeira, em Vista Alegre do Abunã, em
solo rondoniense, fosse em seu estado. Os acreanos fazem estas contas, de que a
Ponta da Abunã é sua, desde a governadora Yolanda Fleming tomou a região ao
final da década de 80, sendo retomada pelo governador rondoniense Jeronimo
Santana meses depois.
Desfeita ignorada
Os
acreanos consideram a ponte do Abunã, que vai ser inaugurada nesta sexta-feira,
como sua e tem lá suas razões para isto. O governo do estado de Rondônia e a prefeitura
de Porto Velho e até mesmo a população rondoniense nunca deram tanta importância
assim para aquela região e a obra, na verdade vai favorecer muito mais o vizinho
estado do que Rondônia. Já, no Acre a coisa é considerada de extraordinária
importância. Recentemente comissão de políticos instalou uma monumental
bandeira do Acre na ponte e ela ficou tremulando por lá vários dias. E Rondônia
nem chiou com a desfeita!
Fazendo as contas
Se
forem confirmadas as candidaturas ao Senado de Expedito Junior (PSDB-Rolim de
Moura), Bagatolli (PSL-Vilhena), Valdir Raupp (MDB-Rolim) e Jaqueline Cassol
(PP-Cacoal), teremos uma grande pulverização de votos nas regiões do café, zona
da Mata e cone sul rondoniense, saindo, com isto todos prejudicados na contenda
contra os concorrentes da região central, vale do Jamari e da região
metropolitana de Porto Velho. É preciso fazer melhor as contas para a peleja
2022.
Multieventos
Projetos
faraônicos criados na era da construção das usinas, quando os recursos
financeiros abundavam em Porto Velho, acabaram ficando no passado. Um deles foi
o fantástico Espaço Multieventos, na região do Aeroclube, onde seriam centralizados
desde um baita estádio, um bumbódromo, o centro administrativo de Porto Velho, um
Centro de Convenções e um terminal rodoviário interestadual. Tudo virou brisa.
Mas outras propostas também sumiram: um hotel das arábias, com duas torres e um
navio em cima delas além de um estádio de iniciativa particular para 50 mil
espectadores. Era coisa de louco!
A Ferrogrão
As
lideranças políticas e empresariais do Norte e Centro-Oeste lutam para acabar com
os entraves e os impedimentos criados pelos organismos ambientais para a construção
da Ferrogrão, a ferrovia que conecta a região produtora de grãos do Mato Grosso
ao Porto de Miritituba, no Rio Tapajós, no estado do Pará, numa extensão de
quase 1000 quilômetros. A obra interessa também ao estado de Rondônia, já que o
empreendimento poderá receber conexão com a Ferronorte, cujo projeto se estende
até nosso estado.
Via Direta
*** Enquanto o inverno amazônico vai se
despedindo de Rondônia, cheias históricas nos estados do Amazonas e Roraima estão
deixando grandes prejuízos para as comunidades ribeirinhas *** Já no sul do País
começa uma estiagem que já está preocupando até para a preservação dos níveis dos
reservatórios das barragens das usinas para geração de energia. São as disparidades
regionais existentes num país continental ***
O município de Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia está sediando a Operação
Amazônia 2021 realizada pelo Comando Militar da Amazônia destinada ao exercício
de defesa da região *** Próxima da fronteira no município de Nova Mamoré,
na localidade de Jacinópolis já ocorreram conflitos agrários sangrentos num
passado recente.
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