Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021 - 09h32
Temerosos
de um forte ataque do novo governo dos EUA ao Brasil como castigo pela relação
submissa ao governo de Donald Trump, houve analistas supondo que o presidente
Joe Biden teria que se concentrar na pandemia e na guerra comercial com a China
e assim deixaria o Brasil em paz por algum tempo.
No
entanto, já nos primeiros quinze dias de governo a Amazônia apareceu em um
documento central para o desenvolvimento da gestão Biden: um pacote trilionário
criado para enfrentar a crise climática. Trump relaxou nesse ponto, com um
negacionismo sem provas nem cuidados, e Biden se viu no dever de refrear as
explorações industriais que pioram o clima.
O
pacote também cria uma série de políticas para incentivar a economia sustentável
e proteger a floresta amazônica. Ainda não há uma posição oficial do governo
brasileiro sobre o pacote, mas se há como trazer um naco desses trilhões para
proteger o meio ambiente e viabilizar o enriquecimento dos povos da floresta,
contribuindo para avanços na infraestrutura brasileira, que os dólares de
Washington venham com presteza e ótimo uso.
Se
for para ajudar, sem intromissão indevida nos assuntos internos do país, que
venham com transparência, em aplicações explicitadas com rigor técnico, sem as desgastantes
trapalhadas que geram confusão até em contas simples de doces, chicletes e
vinhos. Quando tudo dá em confusão e ofensas, algo está errado.
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A
Ferrogrão
Enquanto
a Ferrovia EF-170, a chamada Ferrogrão, entra em licitação neste primeiro
trimestre de 2021, a Transoceânica, aquela projetada para correr seus trilhos
por Rondônia até o Pacífico acabou esquecida. Com as lideranças mato-grossenses
e paraenses mais antenadas, a Ferrogrão que conecta a região produtora do Centro
Oeste do Mato Grosso ao porto de Miritituba no Pará, numa extensão de 1000 quilômetros
começa a sair do papel para entrar em operação nos próximos anos.
Arco Norte
Das
projeções para o escoamento das safras agrícolas do Norte do Mato Grosso, Rondônia,
Acre e Amazonas, através da hidrovia do Madeira, também nada mais foi
ventilado. Sequer o pontapé inicial para este empreendimento, que seria a
dragagem do Rio Madeira na extensão de Porto Velho a Itacoatiara avançou nos
últimos meses com a pandemia tomando conta da região amazônica. Enfim chega das
nossas lideranças cochilarem. É preciso ir à luta, mais articulação, foco,
gente!
Os caciques
A
possibilidade dos caciques Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura (MDB) disputarem o governo
de Rondônia em 2022 está preocupando a concorrência. Ambos foram eleitos e
reeleitos governadores, são raposões bons de votos e sabem virar as disputas
com muita competência. Em seus governos (de Ivo e Confúcio), Rondônia alcançou
taxas de crescimento semelhantes aos tigres asiáticos, de até 7,5 do PIB ao
ano. Ambos já entram com um pé no segundo turno. Difícil barrar quem sabe jogar
o jogo.
A concorrência
A possível
concorrência contra Ivo e Confúcio vai precisar comer muita macaxeira com
farinha para minar a dupla de ex-governadores. Seja o govenador Marcos Rocha (cria
de Confúcio), o prefeito Hilton Chaves (PSDB), Leo Moraes (filhote político de
Ivo Cassol), ou Marcos Rogério, destaque nacional rondoniense na bancada federal,
vão ter que se armar até aos dentes. A disputa Ivo Cassol x Confúcio será um
clássico político em Rondônia, tipo Fla/Flu, Grenal, Corinthians x Palmeiras,
etc.
Nova gestão
O
prefeito de Urupá, Celio Lang, que acaba de assumir a presidência da Associação
Rondoniense dos Municípios tem importantes desafios na sua gestão tampão. O primeiro
deles é resgatar a moralidade da entidade, cuja presidente Lebrinha foi presa
recentemente flagrada ao receber propinas de empresários e que já renunciou ao
cargo por conta do malfeito. A entidade também é desunida, muitos prefeitos não
colaboram e a ciumeira política reina entre os alcaides, um puxando o tapete do
outro. Coisa de louco!
Via Direta
*** Atenção senhores aposentados em
Rondônia: a prova de vida exigida anualmente pelo Iperon foi prorrogada até 30
de junho por conta da pandemia *** É o terceiro adiamento em um ano de peste *** É impressionante como continuam as
festas clandestinas no entorno de Porto Velho e com a maioria dos jovens não
usando máscaras indicando que a pandemia ainda demora para diminuir mesmo com
os últimos ajustes *** Outro problema sério que tem ocorrido na capital é o
desaparecimento de adolescentes. Estão
fugindo de casa? Estão sendo raptadas para os esquemas de prostituição? Talvez
estupradas e mortas por maníacos? ***
Trata-se de um mistério ainda não elucidado pelas autoridades policiais.
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