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Carlos Sperança

Erro zero + Novo cenário na política + Hildon x Leo + Rocha x Rogério


Erro zero + Novo cenário na política + Hildon x Leo + Rocha x Rogério - Gente de Opinião

Erro zero

O papel de um líder é não errar. Para isso tem à disposição um batalhão de ministros, com dezenas de assessores e toda a produção de ideias do Estado e da sociedade. Se errar, não adianta perseguir opositores e culpar a imprensa. Precisa se corrigir. No caso da pandemia, prevenir faz parte do bom planejamento. É preciso estar preparado para enfrentar o que vier. E faz parte do preparo o entendimento com as demais nações, com a mediação das agências internacionais.

Nesse caso, o ideológico “antiglobalismo” do desastrado ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, está fora de lugar. Não funciona a tática de atacar a China, nosso maior parceiro comercial. Nem bater boca com líderes estrangeiros, acusando-os sem provas de querer roubar nossas riquezas, se é o próprio governo que as oferece a quem quer investir aqui. Cuidados com a diplomacia são essenciais quando se trata de pandemia, de um lado, e de recuperar a economia, de outro.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, agiu com sabedoria ao já na posse do presidente Joe Biden propor a ampliação das parcerias entre Brasil e EUA e um encontro bilateral sobre energia limpa. Uma ação diplomática e tecnicamente perfeita, de erro zero. Que os demais ministérios tenham a mesma capacidade de não meter mais os pés pelas mãos, privilegiando a ciência, a técnica e a melhor diplomacia.

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Novo cenário

Em plena pandemia do coronavirus a classe política começa a se movimentar com os primeiros lances no tabuleiro para as eleições 2022. Já se sabe que não será possível o grande confronto entre os favoritos, os ex-governadores Ivo Cassol, que segue inelegível e Confúcio Moura, que já declarou que ficará fora da peleja. Com isto, os candidatos remanescentes se mobilizam: de um lado o governador Marcos Rocha (sem partido), o prefeito Hildon Chaves (PSDB), o deputado federal Leo Morais (Podemos) e o senador Marcos Rogério (DEM). Um quadro que deve se completar com o petista Ramon Cujui, candidato de Lula, na esperança de ser campeão e alcançar o primeiro lugar!

A fragmentação

Com tanta fragmentação de votos na capital, com três ou mais candidaturas, mais um confronto envolvendo dois candidatos bolsonaristas, coronel Marcos Rocha e Marcos Rogério, teremos muita matéria prima para projeções a partir de agora. Hildon Chaves vivencia seu melhor momento político, mais bem avaliado do que na ocasião da disputa a prefeitura de Porto Velho no ano passado. Leo Moraes é um predador voraz e bom nos debates e está mais maduro, sendo agora um dos nossos destaques no Congresso. Os dois postulantes bolsonaristas vivem um dilema: A escolha de Bolsonaro, qual será seu ungido?  

Hildon x Leo

No confronto da capital pelo CPA, entre as duas grandes lideranças locais, Hildon Chaves e Leo Moraes, cravo projeção de vitória no  atual prefeito. O tucano está incansável. Em lua de mel com o eleitorado de Porto Velho com tanto asfalto, amado pelas crianças como um Chiquilito, com grande aprovação do voto feminino e crescendo muito depois da vitória, onde sejamos honestos, aquela de 2018 foi meia boca. Briga boa, de cachorros grandes e uma revanche bacana. Leo em nova aliança com Cassol. E na capital Ivo é um pé de coelho às avessas.

Rocha x Rogério

A disputa pelo apoio do presidente Jair Bolsonaro em Rondônia deve se intensificar a partir de agora entre o coronel Marcos Rocha, amigo da caserna de Bolsonaro em décadas passadas no Rio de Janeiro e o senador Marcos Rogério, um dos principais articuladores do presidente no Congresso Nacional. Por ser militar e govenador, Rocha larga na frente na conquista deste apoio, mas a benção de Bolsonaro em Rondônia perdeu importância, haja vista a derrota dos candidatos bolsonaristas a prefeitos em 2018, inclusive na capital, onde Eyder Brasil ficou quase na lanterna.

Grande beneficiado

Num balanço geral deste quadro inicial da disputa 2022 constato como insensatez o lançamento de três ou mais candidaturas na capital. Não percebem uma autofagia danada? Entendo que Leo ou Hildon, já que Rocha é uma candidatura natural por ser postulante a reeleição, deveriam rever o projeto, talvez brigar pelo Senado, onde poderiam prevalecer, largando bem num colégio de 350 mil eleitores. Neste cenário inicial o senador Marcos Rogério, como candidato do interior desponta como beneficiário deste divisionismo na capital.

 

Via Direta

*** A disputa entre os candidatos bolsonaristas Marcos Rocha e Marcos Rogério pelo apoio do presidente Bolsonaro para 2022, lembra uma peleja pelo apoio do então presidente Fernando Color de Melo em Rondônia em 1990 *** Na época este confronto envolveu os candidatos Oswaldo Piana Filho e Valdir Raupp,  sendo que o segundo tinha trocado na época o PMDB pelo PRN. Ambos alçaram o segundo turno juntos*** Naquele pleito Piana levou vantagem, virou o jogo e acabou se elegendo governador *** Abril está chegando e tem gente, como se sabe, que prometeu a vacina para abril e se não cumprir vai ficar chamuscado com a opinião pública *** E quem pagou as vacinas e não receber será taxado pela opinião pública de trouxa. Prudente foi a prefeita Carla Redano, de Ariquemes. “Só pago na entrega!”. Ela é a cara! 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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