Sexta-feira, 30 de abril de 2021 - 08h17
Até
afundar, em abril de 1912, o transatlântico Titanic era considerado imune ao
naufrágio. O escritor Morgan Andrew Robertson avisou: fez publicar em 1898 o
livro “Futilidade, ou o Naufrágio de Titan”, sobre um gigantesco navio que naufraga
no Atlântico Norte ao colidir com um iceberg. Os donos do Titanic ignoraram
essa possibilidade e ela aconteceu.
O
conceito nazista de que a mentira mil vezes repetida se torna verdade foi
desmoralizado pela sabedoria antiga de que ela tem pernas curtas. O nazismo
conseguiu enganar muitos por algum tempo, mas acabou na lata de lixo da
história.
Com
a internet ainda em sua idade da pedra, aproveitando a ignorância e a
desinformação, espertalhões revivem o conceito nazista na forma de fake news. A
Amazônia sofre os efeitos danosos de narrativas perversas ou distorcidas desde
muito antes das notícias falsas disseminadas em redes de comunicação. Com a
desmoralização do negacionismo referente ao aquecimento global, a grande
floresta é alvo de narrativas que a expõem ora como a origem do Apocalipse
mundial, ora como a grande tábua de salvação do planeta.
Descartando
de cara o Apocalipse, resta aos sensatos defender a teoria da tábua de salvação.
Mas se o excesso de pessimismo leva à apatia, o excesso de otimismo pode levar
ao Titanic. Prevenir continua sendo o melhor remédio.
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Sem aglomerações
O Ministério
Público e as autoridades sanitárias estão cortando a festa dos governadores
bolsonaristas de Rondônia Marcos Rocha e Gladson Camelli do Acre. Ocorre, que para
a inauguração da ponte sobre o Rio Madeira, na Ponta do Abunã, no próximo dia 7
de maio, foi recomendado desde já que a solenidade deverá ocorrer sem
aglomerações. Imaginem a frustração dos governadores e dos parlamentares rondonienses
e acreanos que aspiravam um grande evento para marcar a data, já que se trata
de uma das obras federais mais importantes na região amazônica nos últimos
anos.
Epicentro
E a
proibição de aglomeração na inauguração da ponte ganha força em virtude da nossa
região ter se transformado no epicentro da pandemia do coronavirus. Como se
sabe, pelas últimas estatísticas, Porto Velho tem mais mortes pelo covid do que
Manaus, aquela capital que foi alvo de
um colapso sanitário há pouco tempo atrás e que conseguiu reverter uma situação
deplorável com seus cemitérios superlotados de vítimas da doença. Ninguém
poderia imaginar que em Rondônia a situação ficasse pior ainda – e agora com
tudo liberado. Satanás fará uma grande festa com tantas aglomerações por aqui!
Novo partido
Tudo
indica que o governador Marcos Rocha (sem partido) desistiu da reconciliação
com o PSL, do líder do agronegócio Bagatolli, que quase se elegeu ao Senado nas
eleições de 2018 e que pretende voltar a disputa no ano que vem. Ocorre que o presidente
Jair Bolsonaro, mentor de Rocha, analisa possíveis filiações ao PTB de Roberto
Jefferson e no PRTB, agora sob o controle familiar do dirigente Levy Fidelix recentemente
falecido. Mesmo em fase de construção a sigla Aliança do Brasil acabou sendo descartada
pelos bolsonaristas.
Outra opção
Uma
outra opção oferecida ao presidente Jair Bolsonaro para disputar a reeleição no
ano que vem teria sido a filiação aos Republicanos, um partido já bem articulado
também no Congresso Nacional, mas repleto de raposas políticas evangélicas
ligadas ao bispo Edir Macedo. A solução chegou a ser considerada, mais muitos
bolsonaristas desconfiaram que não teriam controle da legenda da Igreja
Universal ou até mesmo avaliando que o preço seria muito caro e com riscos
enormes do bispo virar a casaca caso os ventos soprem contrários a atual gestão
do Palácio Planalto.
Muitos predadores
Se tem
uma coisa que tira o sono dos atuais deputados estaduais de Porto Velho para a
eleição do ano que vem, quando quase todos vão buscar a reeleição, são os
predadores locais com suas presas afiadas. Lembrando que a cada pleito a Câmara
de Vereadores da capital emplaca pelo menos três deputados, teremos o cenário
agravado também com deputados estaduais do interior que ampliaram seus redutos
para a capital, casos de Edson Martins, com fazenda na BR- 319, Jean de
Oliveira que cresceu em Porto Velho e iniciou sua carreira política por aqui,
Laerte Gomes, entre outros. E Maurão de Carvalho que já está no trecho.
Via Direta
*** Onde vamos parar? Um governo federal
desmoralizado investigado por uma CPI com raposões igualmente desmoralizados
como Renan e Jader Barbalho *** Trocando de saco para mala: Quais seriam os entraves para a inauguração
do Complexo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré recentemente concluído? O que
está acontecendo, torcida brasileira, a coisa está mais enrolada que a inauguração
da ponte do Abunã *** E a flexibilização
das regras para o funcionamento do comércio na capital está mostrando porque
Porto Velho se transformou no epicentro da pandemia *** Temos desde abusos de
aglomerações e falta do uso da máscara pelos jovens a falta da fiscalização dos
organismos municiais e estaduais.
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