Segunda-feira, 18 de julho de 2022 - 10h30
Não
há contradição entre ganhar o máximo possível com o aproveitamento dos recursos
da biodiversidade e a proteção da floresta amazônica. Há pouco, na Alemanha,
representantes de 139 países que participam da Plataforma Intergovernamental de
Políticas Científicas sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos aprovaram
o relatório de avaliação sobre a valorização da natureza, que aponta os rumos
necessários para conduzir as políticas e ações que interessam à humanidade.
A
conclusão inicial é que a ganância de lucrar já, loucamente, prejudica o futuro
por afetar decisões políticas que desconsideram os valores em seu conjunto. A Avaliação
Global de 2019 havia identificado o crescimento econômico como um dos
principais fatores da perda da natureza, com 1 milhão de espécies de plantas e
animais em risco de extinção. Quando se considera que muitos países ficaram
ainda piores que em 2019, vale perguntar se tanta destruição melhorou de fato a
economia.
A
resposta não está escrita nas estrelas, mas na falta de juízo no emprego dos
mecanismos, alguns já disponíveis e outros em fase de ajustes, para transformar
os serviços ambientais em valores para promover o desenvolvimento
socioeconômico real. É possível preservar muito e ganhar o máximo sem a loucura
egoísta do ganho imediato para poucos, inclusive criminosos, e prejuízo para
todos – e também todos os que ainda vão nascer
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Fatores de risco
De
tão poderosa no papel, juntando tantos credos, que esta aliança formada pelo
governador Marcos Rocha (União Brasil) na peleja a reeleição, guarda semelhança
com aquela pilotada pelo então imbatível Chiquilito Erse da aliança Rondônia
com Fé em 1994, que acabou despencando pelas rivalidades tribais existentes na
mesma embarcação. Nesta coalizão existe no mesmo balaio políticos de muitas
tribos diferentes. E a chegada do MDB é outro fator de risco para Rocha, porque
a legenda é superpovoada de traíras. Se de um lado Rocha se livra de adversário
incomodo – que é Confúcio e que está fora da negociação de apoio – sua cidadela
pode ruir com as desavenças intestinas.
Decisão contestada
Com
relação ao MDB tudo é possível na legenda e a decisão do Diretório Estadual
pelo apoio a Marcos Rocha pode ser ainda mudada na convenção estadual. Em
situação semelhante, Confúcio Moura, mesmo não tendo controle da legenda, com
Valdir Raupp e Tomás Correia donos da bola, da torcida e com o apoio do juiz e
dos bandeirinhas, virou o jogo. De acordo com as conveniências do momento Confúcio
também pode virar o jogo embora Mosquini e Raupp já sinalizem apoio a Rocha
aproveitando que El Carecon rejeita as pressões para assumir candidatura ao
CPA.
Coisas se definindo
Levando
em conta uma eleição sem Confúcio Mora ao governo estadual e Valdir Raupp ao
Senado é possível sinalizar os beneficiários destas desistências. De um lado o
pré-candidato ao CPA Leo Moraes (Podemos) poderá contar com o apoio do ex-governador
Confúcio Moura (MDB) em Ariquemes e Vale do Jamari, reforçando bem suas
paliçadas no interior do estado. Sem Raupp na peleja ao Senado, o grande
beneficiado seria é o ex-senador Expedito Junior, que mesmo com as asas avariadas
na capital, é o nome com mais força e prestigio no interior, onde estão dois
terços do eleitorado rondoniense.
Cenário nublado
Mas
o cenário das eleições rondoniense ainda segue muito nublado. Existe muito jogo
de cena e algumas decisões podem ser revertidas diante de pesquisas de campo. O
estraçalhado e endividado PSDB – legado de Expedito e Mariana – ainda é cobiçado
pela aliança liderada pelo União Brasil pelo espaço que conta no horário
gratuito. A própria candidatura Guedes ao governo depende do Diretório Nacional,
porque a legenda segue sobre controle do prefeito Hildon Chaves e de
apaniguados de Mariana que já se bandearam para o navio do governador Marcos
Rocha.
Cassol à espreita
E
neste contexto de pré-jornada eleitoral ainda tem o ex-governador Ivo Cassol
(PP) à espreita. A justiça tem liberado a elegibilidade até de casos escabrosos
de políticos para disputar os governos estaduais – casos constatados em Brasília
e Rio de Janeiro – e o ex-governador se apega a esta possibilidade - que embora
já esteja difícil pode ocorrer até o final as convenções em agosto. Com Ivo na
campanha tudo pode virar de cabeça para baixo neste estado e de cara ele teria Leo
Moraes como seu vice, numa chapa poderosa para fazer frente ao atual governador
em busca da reeleição.
Via Direta
***O acordo MDB-Marcos Rocha já ameaça a
candidatura do ex-senador do ex-ministro
Amir Lando ao Senado ***
A aliança seria de pacote fechado com Marcos Rocha ao governo e Mariana
Carvalho ao Senado *** No PSDB se espera
a presença de emissários do Diretório Nacional para identificar os responsáveis
pelas dividas no partido que inviabilizam até da sigla receber o fundo
partidário nas eleições 2022 por aqui *** Então será possível saber quem
ferrou as finanças da legenda tucana ***
Até agora Expedito Junior e Mariana Carvalho, os últimos dirigentes da legenda
não se pronunciaram a respeito. Os dois são candidatos ao Senado e se forem responsabilizados
terão desgastes *** Quem assumir ficará com o abacaxi nas mãos para
descascar, seja o prefeito Hildon Chaves ou o ex-prefeito José Guedes.
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