Quinta-feira, 1 de setembro de 2022 - 08h45
A
espuma cheirosa que limpa as louças e deixa a pia brilhando pode ter um lado
diabólico: descartada, apresenta o risco de empestear o meio ambiente com
odores nauseantes, espalhando morte ao invés da limpeza e do brilho deixados na
cozinha.
Em
igual sentido, os aparelhos de ar-condicionado sempre foram acusados de
destruir a camada de ozônio, essencial à vida na Terra. O crescimento da
consciência ambiental por empresas e famílias trouxe a preocupação com a “limpeza
do bem”, pelo uso de produtos que não causam danos à natureza. Há pouco,
cientistas da Universidade de Harvard (EUA) descobriram uma nova forma de
produzir sistemas de ar-condicionado usando refrigerantes sólidos em lugar dos perigosos
gases CFCs, que atacam destrutivamente a camada de ozônio.
A
cada ataque russo e revide ucraniano os corações humanos se enchem de
indignação pelas mortes de inocentes, mas há outra guerra, ainda mais
destrutiva, em perspectiva: se o Apocalipse climático não for contido, não
serão só as viúvas e órfãos dos combatentes nas guerras que vão chorar.
Espera-se
que a ciência, como já mostrou a capacidade de criar substitutos virtuosos para
os gases CFC, invente meios de salvar o meio ambiente da devastação. Se não conseguir,
porém, não sobrarão sequer viúvas ou órfãos para chorar a mortandade que virá
dos desastres climáticos, doenças e fome sem controle.
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Na história
Lá
se foram quarenta anos. A primeira eleição geral do estado de Rondônia, realizada
em 1982 não teve votação para governador cujo cargo era alvo de nomeações pelo
Congresso Nacional. Naquele pleito de 82 foram eleitos senadores Odacir Soares
(PDS-Porto Velho), o mais votado, Claudionor Roriz (PDS-Ji-Paraná) e Galvão
Modesto (Ouro Preto do Oeste). Considerado o grande nome da política
rondoniense desde os idos do território
federal na época, o deputado federal Jeronimo Santana (MDB) levou peia. José Bianco
(PDS-Ji-Paraná) foi o campeão de votos á Assembleia Legislativa e Mucio Athayde
(MDB-Porto Velho) a Câmara dos Deputados.
Bengala neles!
Então
na primeira eleição ao governo do estado em 1986, Jeronimo Santana (MDB), o
popular Bengala conseguiria se recuperar da derrota ao Senado em 1982, sendo o
primeiro governador eleito pelo voto direto, beneficiado pela onda da Aliança
MDB/PFL, uma espécie de Frente Democrática formada para apoiar Tancredo Neves,
aquele presidente que faleceu antes de assumir. Era a Onda Tancredo, vó da onda
Lula e bisavó da Onda Bolsonaro. Foram eleitos ao Senado então, Olavo Pires (MDB-Porto
Velho) e Ronaldo Aragão (MDB-Cacoal). De lá para cá tivemos muitas surpresas e reviravoltas
com efeitos manadas nos pleitos majoritários.
A reviravolta
No
pleito de 1990, uma grande reviravolta na eleição, com o assassinato do favorito
Olavo Pires, crime até hoje não desvendado inteiramente. Com isto, foram ao segundo
turno Valdir Raupp, que tinha sido o segundo colocado no pleito e Oswaldo Piana
Filho, o terceiro que entrou como substituto de Olavo. No confronto levou a melhor
Piana, com apoio na capital do estado do prefeito Chiquilito e do então prefeito
José Bianco em Ji-Paraná, duas fortes lideranças emergentes. Foi a maior reviravolta
até hoje, mas outras viriam, desbancando grandes favoritos, casos da vitória de
Valdir Raupp sobre Chiquilito Erse em 1994, de José Bianco em cima de Valdir
Raupp em 1998.
As reeleições
Com
o advento da Era Cassol em 2002, com sua vitória sobre o então governador José
Bianco, que tinha sido seu padrinho político, a criatura devorou seu criador,
com a primeira eleição e reeleição ao
Palácio Presidente Vargas e Ivo Cassol garantindo uma grande vitória na
reeleição. Pense gregos, troianos, godos e visigodos se unindo contra você,
armados até os dentes? Ivo derrotou a todo mundo com um pé nas costas. Não
bastasse a grande vitória em 2002 repetiu a façanha em 2006 e só deixou o
governo para disputar uma cadeira ao Senado em 2010. Inelegível, doravante não
disputou mais pleitos eletivos arriscando a sorte agora mesmo com as restrições
no TSE.
Outra reeleição
Em
2012, numa baita reviravolta, o então deputado federal Confúcio Moura (MDB-Ariquemes)
chegou ao então Palácio Presidente Vargas e também se reelegeu numa peleja
contra o favorito Expedito Junior. Um pleito que Confúcio até a metade do seu
primeiro governo andava mal das pernas e até os pipoqueiros e ambulantes
falavam mal dele. Cassol e Hermínio diziam que ele era frouxo e banana. Ninguém
acreditava em sua reeleição, mas Confúcio virou o jogo e se reelegeu numa boa e
quem ganhou foi Rondônia. Teve uma grande performance e naquela gestão Rondônia
chegou a crescer até 9 por cento ao ano. Recordista em índice de PIB.
Via Direta
*** O ex-governador Ivo Cassol segue firme
na disputa ao governo de Rondônia tentando levar consigo a mana Jaqueline (PP)
ao Senado mesmo com a justiça eleitoral pé ***Ao
contrário das jornadas passadas, nesta campanha ele está conseguindo transferir
votos para aliados *** A Frente Democrática de Rondônia colocou a campanha nas
ruas com Daniel Pereira ao governo, Anselmo de Jesus de vice e Acir Gurgacz ao
Senado *** A aliança tem utilizado a internet
como sua principal ferramenta nesta jornada eleitoral sem esquecer da tradição
das caminhadas nas ruas e avenidas, um gosto dos rondonienses na política ***Na
quarta-feira Acir abriu as entrevistas na capital no programa Hora do Povo, do
jornalista Arimar Sá, o rei da latinha na capital.
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