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Carlos Sperança

Fé na ciência + Eleições na história + Bengala neles! + Reviravolta na eleição


Fé na ciência + Eleições na história + Bengala neles! + Reviravolta na eleição - Gente de Opinião

Fé na ciência

A espuma cheirosa que limpa as louças e deixa a pia brilhando pode ter um lado diabólico: descartada, apresenta o risco de empestear o meio ambiente com odores nauseantes, espalhando morte ao invés da limpeza e do brilho deixados na cozinha.

Em igual sentido, os aparelhos de ar-condicionado sempre foram acusados de destruir a camada de ozônio, essencial à vida na Terra. O crescimento da consciência ambiental por empresas e famílias trouxe a preocupação com a “limpeza do bem”, pelo uso de produtos que não causam danos à natureza. Há pouco, cientistas da Universidade de Harvard (EUA) descobriram uma nova forma de produzir sistemas de ar-condicionado usando refrigerantes sólidos em lugar dos perigosos gases CFCs, que atacam destrutivamente a camada de ozônio.

A cada ataque russo e revide ucraniano os corações humanos se enchem de indignação pelas mortes de inocentes, mas há outra guerra, ainda mais destrutiva, em perspectiva: se o Apocalipse climático não for contido, não serão só as viúvas e órfãos dos combatentes nas guerras que vão chorar.

Espera-se que a ciência, como já mostrou a capacidade de criar substitutos virtuosos para os gases CFC, invente meios de salvar o meio ambiente da devastação. Se não conseguir, porém, não sobrarão sequer viúvas ou órfãos para chorar a mortandade que virá dos desastres climáticos, doenças e fome sem controle.

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Na história

Lá se foram quarenta anos. A primeira eleição geral do estado de Rondônia, realizada em 1982 não teve votação para governador cujo cargo era alvo de nomeações pelo Congresso Nacional. Naquele pleito de 82 foram eleitos senadores Odacir Soares (PDS-Porto Velho), o mais votado, Claudionor Roriz (PDS-Ji-Paraná) e Galvão Modesto (Ouro Preto do Oeste). Considerado o grande nome da política rondoniense  desde os idos do território federal na época, o deputado federal Jeronimo Santana (MDB) levou peia. José Bianco (PDS-Ji-Paraná) foi o campeão de votos á Assembleia Legislativa e Mucio Athayde (MDB-Porto Velho) a Câmara dos Deputados.

Bengala neles!

Então na primeira eleição ao governo do estado em 1986, Jeronimo Santana (MDB), o popular Bengala conseguiria se recuperar da derrota ao Senado em 1982, sendo o primeiro governador eleito pelo voto direto, beneficiado pela onda da Aliança MDB/PFL, uma espécie de Frente Democrática formada para apoiar Tancredo Neves, aquele presidente que faleceu antes de assumir. Era a Onda Tancredo, vó da onda Lula e bisavó da Onda Bolsonaro. Foram eleitos ao Senado então, Olavo Pires (MDB-Porto Velho) e Ronaldo Aragão (MDB-Cacoal). De lá para cá tivemos muitas surpresas e reviravoltas com efeitos manadas nos pleitos majoritários.

A reviravolta

No pleito de 1990, uma grande reviravolta na eleição, com o assassinato do favorito Olavo Pires, crime até hoje não desvendado inteiramente. Com isto, foram ao segundo turno Valdir Raupp, que tinha sido o segundo colocado no pleito e Oswaldo Piana Filho, o terceiro que entrou como substituto de Olavo. No confronto levou a melhor Piana, com apoio na capital do estado do prefeito Chiquilito e do então prefeito José Bianco em Ji-Paraná, duas fortes lideranças emergentes. Foi a maior reviravolta até hoje, mas outras viriam, desbancando grandes favoritos, casos da vitória de Valdir Raupp sobre Chiquilito Erse em 1994, de José Bianco em cima de Valdir Raupp em 1998.

As reeleições

Com o advento da Era Cassol em 2002, com sua vitória sobre o então governador José Bianco, que tinha sido seu padrinho político, a criatura devorou seu criador, com a primeira   eleição e reeleição ao Palácio Presidente Vargas e Ivo Cassol garantindo uma grande vitória na reeleição. Pense gregos, troianos, godos e visigodos se unindo contra você, armados até os dentes? Ivo derrotou a todo mundo com um pé nas costas. Não bastasse a grande vitória em 2002 repetiu a façanha em 2006 e só deixou o governo para disputar uma cadeira ao Senado em 2010. Inelegível, doravante não disputou mais pleitos eletivos arriscando a sorte agora mesmo com as restrições no TSE.

Outra reeleição

Em 2012, numa baita reviravolta, o então deputado federal Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) chegou ao então Palácio Presidente Vargas e também se reelegeu numa peleja contra o favorito Expedito Junior. Um pleito que Confúcio até a metade do seu primeiro governo andava mal das pernas e até os pipoqueiros e ambulantes falavam mal dele. Cassol e Hermínio diziam que ele era frouxo e banana. Ninguém acreditava em sua reeleição, mas Confúcio virou o jogo e se reelegeu numa boa e quem ganhou foi Rondônia. Teve uma grande performance e naquela gestão Rondônia chegou a crescer até 9 por cento ao ano. Recordista em índice de PIB.

 

Via Direta

*** O ex-governador Ivo Cassol segue firme na disputa ao governo de Rondônia tentando levar consigo a mana Jaqueline (PP) ao Senado mesmo com a justiça eleitoral pé ***Ao contrário das jornadas passadas, nesta campanha ele está conseguindo transferir votos para aliados *** A Frente Democrática de Rondônia colocou a campanha nas ruas com Daniel Pereira ao governo, Anselmo de Jesus de vice e Acir Gurgacz ao Senado *** A aliança tem utilizado a internet como sua principal ferramenta nesta jornada eleitoral sem esquecer da tradição das caminhadas nas ruas e avenidas, um gosto dos rondonienses na política ***Na quarta-feira Acir abriu as entrevistas na capital no programa Hora do Povo, do jornalista Arimar Sá, o rei da latinha na capital. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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