Quarta-feira, 22 de junho de 2022 - 11h28
Não
poderia passar em branco nos EUA e Canadá a triste notícia de que a andorinha-azul
(Progne subis) tem sua população
progressivamente reduzida pela contaminação por mercúrio sofrida ao migrar para
Amazônia, voltando com o metal nas penas, propensão a doenças, alterações
prejudiciais no peso e nível de gorduras. Estudo feito pelo biólogo Jonathan
Maycol Branco investiga se as alterações na relação peso-gordura das pobres
andorinhas realmente se devem ao mercúrio.
O
que se sabe com certeza é que o ser humano amazônico, além de não fazer verão só
ou em grupo, está sempre exposto a algum ataque do mercúrio, pela boca, na
ingestão de alimentos contaminados desde a origem, ou pela respiração e a pele.
Sua
vantagem sobre as andorinhas azuis, se assim se pode dizer, é que elas morrem
aos montes e o ser humano continua se arrastando pela vida, sofrendo consequências
neurológicas que vão desde ser chamado de doido por alguma posição política até
sentir tremores, insônia, perda de memória, dores de cabeça e fraqueza muscular.
Quando morre, é pelo acúmulo de sofrimentos que o levam ao golpe final das dores
sofridas.
As
andorinhas azuis cujas mortes entristecem os norte-americanos ou os seres
humanos invisíveis e descoloridos do Sul que morrem sem aparecer na TV de lá requerem
a mesma atenção quando estão em jogo a natureza, a saúde e a vida.
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Febre imigratória
Entrevistei
o sociólogo Samuel Sales Saraiva, nascido em Porto Velho, que mora há mais de
duas décadas em Washington (EUA) sobre a febre migratória rondoniense para os
Estados Unidos. Ele vê sérios riscos nesta diáspora, porque segundo ele a
maioria dos imigrantes ilegais vai acabar vivenciando pesadelos ao invés de
realizar seus sonhos. Também vê com preocupação os imigrantes brasileiros
usarem as crianças como escudos para esta epopeia, pois elas acabam afastadas
de seus pais que acabam presos na fronteira com o México. Outra estratégia de
mineiros, capixabas e rondonienses é ingressar por lá com vistos turísticos,
por isso o recorde de pedidos de passaportes nestas bandas.
Na largada
Ainda
sem compilar a presença do ex-prefeito José Guedes (PDSB) na disputa ao governo
do estado, já que ela é recente, a primeira pesquisa oficial da corrida ao CPA
Rio Madeira, apontou a liderança do governador Marcos Rocha (União Brasil).
Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) em segundo lugar e Leo Moraes em terceiro.
Dependendo do peso atribuído as regiões mais densamente povoadas em Rondônia é
possível questionar alguma coisa. Sabe-se que na capital, com um terço do eleitorado
rondoniense, o deputado federal Leo Mores (Podemos) é o mais forte. Também se tem
conhecimento o poderio do senador Marcos Rogério (PL) no interior, mas na capital
ele não tem o mesmo desempenho.
Fazendo a diferença
Se
for levado em conta um segundo lugar de Marcos Rocha na capital e um segundo
lugar no interior, mas um primeiro lugar no Vale do Jamari, não se pode
contestar a liderança do mandatário no seu projeto de reeleição, mesmo que os números
divulgados pela Record sejam tão polêmicos. Age a favor de Rocha o fato de
Marcos Rogério padecer de uma aceitação abaixo do esperado na capital e Leo Moraes
não decolar no interior. Nesta primeira média entre os três, Rocha já levaria
vantagem, mas ele faz a diferença mesmo com seu grande desempenho no Vale do
Jamari, região polarizada por Ariquemes. Como se sabe é a segunda região mais
populosa do estado e lá ele tem a dianteira.
As projeções
Com
isto a projeção inicial a respeito da corrida ao CPA, considerando-se um pleito
em dois turnos é que Marcos Rocha já está com pé no segundo turno. É preciso
também entender se o recém- lançado, o ex-prefeito Jose Guedes (PSDB),
crescendo muito deste seu lançamento vai tirar votos de Marcos Rocha ou de Leo
Moraes, alterando pouco ou muito o atual cenário em Porto Velho. Mas com tantos
candidatos na capital fragmentando o eleitorado, já que a Frente Popular também
tem Vinicius Miguel com domicilio por aqui, a tendência é de Marcos Rocha levar
a melhor ou permanecer na segunda posição. E ainda se espera uma definição
sobre Confúcio (MDB), que se entrar seria mais um nome de peso.
Efeito manada
Como
Rondônia é terrivelmente afeita aos chamados efeitos manadas, tudo se decidindo
nos últimos dias, o quadro inicialmente pintado favorável a Marcos Rocha poderá
ser alterada mais à frente. Mas dificilmente será modificada a sua liderança
para uma vaga ao segundo turno diante de uma oposição tão fracionada. Mesmo
assim ele corre perigo com a oposição se unindo em bloco contra ele no segundo
turno, tirando o pão da sua boca, como ele já tirou de Expedito Junior, como Raupp
tirou de Chiquilito, como Bianco tirou de Raupp, etc, etc.
Via Direta
*** Surge uma pedrinha no sapato para
Evandro Padovani na disputa de uma cadeira a Câmara dos Deputados nesta eleição
2022: a pedrinha tem nome, Salatiel Rodrigues, também disputando o mesmo cargo
e entrando na seara de votos do agronegócio, segmento de Padovani *** Salatiel entrou
rachando e mostra um excelente preparo para o cargo. Vai ser uma baita peleja *** Mesmo anunciando que não vai disputar
cargos eletivos no pleito de 2022, o ex-prefeito de Ji-Paraná Jesualdo Pires
(PSB) tem sido cogitado para ser vice de um forte candidato ao governo de
Rondônia *** A população de Guajará Mirim segue na expectativa da
construção da ponte binacional sobre o Rio Mamoré e da implantação Usina Hidrelétrica
da Cachoeira Esperanza *** Enquanto isto
o narcotráfico faz a festa na fronteira...
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