Segunda-feira, 25 de julho de 2022 - 08h16
Francelino
Pereira, um dos mais importantes líderes políticos do passado, ao se horrorizar
com a situação nacional perguntou: “que país é este?” Depois da eleição de um
comediante para governar a Ucrânia e o ex-líder britânico Boris Johnson sair do
governo dizendo um debochado “hasta la vista, baby” seria a hora de perguntar
que mundo é este, no qual o apocalipse climático avança e a doença não foi vencida,
mas os líderes brincam de guerra e falam bobagens, fugindo dos problemas e até acusando
sem provas fraude em eleições, como nos EUA.
O
“filósofo” Neném Prancha dizia que o pênalti é tão importante que devia ser
cobrado pelo presidente do clube, mas os presidentes parecem estar com parafusos
soltos quando a ameaça da fome em consequência da “guerra” na Ucrânia entra com
força no rol dos problemas graves, alinhando-se às demais inquietações que
assolam o mundo e exigindo soluções urgentes.
Há
pouco, a China levou à ONU um rol de propostas para enfrentar a crise mundial
de alimentos, dentre elas blindar das crises as cadeias agrícolas de
abastecimento. Os EUA, ao invés de apoiar ou propor algo melhor, criticaram a
China por doar “apenas US$ 3 milhões” para o programa de alimentos da ONU. Não vale
um centavo proferir ironias ou ofensas: importa é saber se as decisões tomadas
melhoram as condições dos povos e resolvem seus problemas. Com a fome (e
inflação) não se brinca.
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Contagem regressiva
Já
na contagem regressiva as eleições de outubro e na reta final das convenções
partidárias e ainda existe um clima de incertezas e indefinições nos meios políticos.
Vejam o que está pegando: 1- O ex-governador Ivo Cassol (PP) conseguirá resgatar
sua elegibilidade para o pleito 2022? 2- A decisão do ex-governador Confúcio
Moura (MDB) de não disputar o pleito é para valer? 3- Temos muitos postulantes
a governador ainda sem vice, esperando composições 4 – A Federação Partidária
PSDB/Cidadania vai garantir a candidatura ao governo estadual em Rondônia do
ex-prefeito José Guedes?
Corrida ao Senado
Na
disputa da única cadeira ao Senado as coisas estão mais ou menos definidas na terrinha,
mas julgamentos previstos no início de agosto no TSE podem ainda mudar o cenário
da disputa. Neste momento, larga na frente o ex-senador Expedito Junior (PSD-Rolim
de Moura) como favorito. É o único que não depende de ser bolsonarista ou
lulista para ganhar a eleição e pode ser candidato solo se quiser, não precisando
de dobradinha com candidatos ao governo. Tem como principais rivais Mariana
Carvalho (Progressistas-Porto Velho) e Jayme Bagatolli (PL-Vilhena). Mas as reviravoltas
são comuns em Rondônia e Expedito tem sofrido sérios revezes mesmo com
favoritismo.
A onda Cassol
Nem
onda Bolsonarista, tampouco onda petista vigorando nestas bandas. O que rola em
Rondônia é a Onda Cassol, de Tamanduá, na Zona Ribeirinha de Porto Velho a Planalto
São Luís, no Cone Sul rondoniense. E a medida que os dias vão passando a expectativa
em torno da liberação da elegibilidade do ex-governador aumenta fomentando
ainda mais as suas intenções de votos. Mas o prazo é curto para Ivo já que as
convenções vão até 5 de agosto e ele já não esconde a ansiedade diante do
clamor popular para que ele assuma a candidatura logo. Enquanto isto os adversários
voduzam e fazem figa para que ele se dane.
Um fenômeno
Como
explicar o fenômeno Ivo Cassol, o primeiro governador reeleito de Rondônia e
ainda por cima em primeiro turno? Pé frio juramentado com aliados, pata de
coelho às avessas quando apoia candidatos a prefeitos em Porto Velho. Todos
apoiados por ele na capital, de Everton Leoni, a Lindomar Garçom, de Mário
Português a Leo Moraes e Cristiane Lopes levaram pau. Seu apoio não resultou
nem a eleição da esposa Ivone – que tem grande popularidade - ao Senado e da
mana Jaqueline ao governo estadual. Mas Ivo é o sol, quando disputa em
confrontos diretos é o cara e isto vem desde a eleição a prefeito em Rolim d
Moura há quase três décadas.
Tudo conspira
O
sábio paraibano Miguel de Souza sempre me dizia que o cara se elege em Rondônia
quando tudo conspira a favor, tudo mesmo. No caso de Ivo também é uma verdade.
Lançado como candidato de escuderia em 2002 só para dividir os votos da
oposição, Ivo cresceu e como criatura devorou seu criador, o então governador
Bianco. Não bastasse herdou uma gestão enxuta e com empréstimos garantidos do
Pacto Andino com o caixa cheio. A estrela de Cassol brilhou. Daí em diante se
fez. Foi péssimo senador e ele mesmo reconhece que não tinha vocação para o
oficio. Polêmico e encrenqueiro, Ivo está um passo de voltar ao governo
estadual. Mas depende da justiça para concorrer. E isto é uma incógnita
Via Direta
*** Já estão em curso as convenções partidárias
as pencas, mas alguns candidatos ao CPA Rio Madeira estão chutando algumas
decisões tudo para o último dia no fechamento de chapas ao Senado e escolha dos
seus candidatos a vice. Tudo em busca de reforços *** E segue o jogo com
algumas indefinições, como é o caso da Frente Democrática, a coalizão que apoia
Lula em Rondônia ainda sem candidato ao Senado *** O presidenciável Lula vem na Amazonia para apoiar com Daniel Pereira
em Rondônia, Jorge Viana no Acre e Eduardo Braga no Amazonas. Dos três, o
ex-governador Eduardo Braga tem as melhores chances de emplacar contra os candidatos
bolsonaristas da região *** Em Rondônia, muita torcida para que Cassol seja candidato
para devorar com “farofa” Marcos Rocha e Marcos Rogério...
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