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Carlos Sperança

Foco na fome + Corrida ao Senado + A onda Cassol + Tudo conspira


Foco na fome + Corrida ao Senado + A onda Cassol + Tudo conspira - Gente de Opinião

Foco na fome

Francelino Pereira, um dos mais importantes líderes políticos do passado, ao se horrorizar com a situação nacional perguntou: “que país é este?” Depois da eleição de um comediante para governar a Ucrânia e o ex-líder britânico Boris Johnson sair do governo dizendo um debochado “hasta la vista, baby” seria a hora de perguntar que mundo é este, no qual o apocalipse climático avança e a doença não foi vencida, mas os líderes brincam de guerra e falam bobagens, fugindo dos problemas e até acusando sem provas fraude em eleições, como nos EUA.    

O “filósofo” Neném Prancha dizia que o pênalti é tão importante que devia ser cobrado pelo presidente do clube, mas os presidentes parecem estar com parafusos soltos quando a ameaça da fome em consequência da “guerra” na Ucrânia entra com força no rol dos problemas graves, alinhando-se às demais inquietações que assolam o mundo e exigindo soluções urgentes.

Há pouco, a China levou à ONU um rol de propostas para enfrentar a crise mundial de alimentos, dentre elas blindar das crises as cadeias agrícolas de abastecimento. Os EUA, ao invés de apoiar ou propor algo melhor, criticaram a China por doar “apenas US$ 3 milhões” para o programa de alimentos da ONU. Não vale um centavo proferir ironias ou ofensas: importa é saber se as decisões tomadas melhoram as condições dos povos e resolvem seus problemas. Com a fome (e inflação) não se brinca.

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Contagem regressiva

Já na contagem regressiva as eleições de outubro e na reta final das convenções partidárias e ainda existe um clima de incertezas e indefinições nos meios políticos. Vejam o que está pegando: 1- O ex-governador Ivo Cassol (PP) conseguirá resgatar sua elegibilidade para o pleito 2022? 2- A decisão do ex-governador Confúcio Moura (MDB) de não disputar o pleito é para valer? 3- Temos muitos postulantes a governador ainda sem vice, esperando composições 4 – A Federação Partidária PSDB/Cidadania vai garantir a candidatura ao governo estadual em Rondônia do ex-prefeito José Guedes?

Corrida ao Senado

Na disputa da única cadeira ao Senado as coisas estão mais ou menos definidas na terrinha, mas julgamentos previstos no início de agosto no TSE podem ainda mudar o cenário da disputa. Neste momento, larga na frente o ex-senador Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura) como favorito. É o único que não depende de ser bolsonarista ou lulista para ganhar a eleição e pode ser candidato solo se quiser, não precisando de dobradinha com candidatos ao governo. Tem como principais rivais Mariana Carvalho (Progressistas-Porto Velho) e Jayme Bagatolli (PL-Vilhena). Mas as reviravoltas são comuns em Rondônia e Expedito tem sofrido sérios revezes mesmo com favoritismo.

A onda Cassol

Nem onda Bolsonarista, tampouco onda petista vigorando nestas bandas. O que rola em Rondônia é a Onda Cassol, de Tamanduá, na Zona Ribeirinha de Porto Velho a Planalto São Luís, no Cone Sul rondoniense. E a medida que os dias vão passando a expectativa em torno da liberação da elegibilidade do ex-governador aumenta fomentando ainda mais as suas intenções de votos. Mas o prazo é curto para Ivo já que as convenções vão até 5 de agosto e ele já não esconde a ansiedade diante do clamor popular para que ele assuma a candidatura logo. Enquanto isto os adversários voduzam e fazem figa para que ele se dane.

Um fenômeno

Como explicar o fenômeno Ivo Cassol, o primeiro governador reeleito de Rondônia e ainda por cima em primeiro turno? Pé frio juramentado com aliados, pata de coelho às avessas quando apoia candidatos a prefeitos em Porto Velho. Todos apoiados por ele na capital, de Everton Leoni, a Lindomar Garçom, de Mário Português a Leo Moraes e Cristiane Lopes levaram pau. Seu apoio não resultou nem a eleição da esposa Ivone – que tem grande popularidade - ao Senado e da mana Jaqueline ao governo estadual. Mas Ivo é o sol, quando disputa em confrontos diretos é o cara e isto vem desde a eleição a prefeito em Rolim d Moura há quase três décadas.

Tudo conspira

O sábio paraibano Miguel de Souza sempre me dizia que o cara se elege em Rondônia quando tudo conspira a favor, tudo mesmo. No caso de Ivo também é uma verdade. Lançado como candidato de escuderia em 2002 só para dividir os votos da oposição, Ivo cresceu e como criatura devorou seu criador, o então governador Bianco. Não bastasse herdou uma gestão enxuta e com empréstimos garantidos do Pacto Andino com o caixa cheio. A estrela de Cassol brilhou. Daí em diante se fez. Foi péssimo senador e ele mesmo reconhece que não tinha vocação para o oficio. Polêmico e encrenqueiro, Ivo está um passo de voltar ao governo estadual. Mas depende da justiça para concorrer. E isto é uma incógnita 

 

Via Direta

*** Já estão em curso as convenções partidárias as pencas, mas alguns candidatos ao CPA Rio Madeira estão chutando algumas decisões tudo para o último dia no fechamento de chapas ao Senado e escolha dos seus candidatos a vice. Tudo em busca de reforços *** E segue o jogo com algumas indefinições, como é o caso da Frente Democrática, a coalizão que apoia Lula em Rondônia ainda sem candidato ao Senado *** O presidenciável Lula vem na Amazonia para apoiar com Daniel Pereira em Rondônia, Jorge Viana no Acre e Eduardo Braga no Amazonas. Dos três, o ex-governador Eduardo Braga tem as melhores chances de emplacar contra os candidatos bolsonaristas da região *** Em Rondônia,  muita torcida para que Cassol seja candidato para devorar com “farofa” Marcos Rocha e Marcos Rogério...

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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