Segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021 - 08h37
A
péssima imagem do Brasil no exterior, na conta da situação amazônica, ganhou
dois fatores de suavização no início de 2021, mas a imagem interna piorou um
grau. A primeira suavização veio do programa Adote 1 Parque, destinado a captar
recursos de empresas, fundos de investimentos e pessoas físicas para a proteção
de partes componentes da região. O segundo, a disposição do general Hamilton
Mourão de iniciar um diálogo sem cotovelaços com a equipe do presidente Joe
Biden, que tem aversão ao ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente.
Com
a primeira, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou para um relacionamento melhor
com o francês Emmanuel Macron. Com a segunda, quer um tratamento menos duro por
parte dos EUA, que liga o descuido com a Amazônia aos desastres das secas
incendiárias e invernos insuportáveis. Internamente, fenômenos no Sudeste e Sul
já começam a ser ligados a crimes ambientais na Amazônia. A opinião pública dessas
regiões é poderosa e sua inclinação é decisiva, como se viu no pleito de 2018.
A estiagem assola o Rio Grande do Sul desde
2019. De outubro desse ano a janeiro de 2020, 105 municípios gaúchos tiveram
situação de emergência decretada devido à seca. Antes, os agropecuaristas da
região erguiam os olhos para o céu e rezavam a São Pedro. Agora, perguntam o
que está sendo feito na Amazônia para melhorar sua situação.
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Uma necessidade
Candidatos
ao governo do estado que não desejam surpresas desagradáveis, precisam contar
necessariamente com o controle dos seus respectivos diretórios sob o risco de
levarem um pé nas convenções estaduais de 2022 que vão homologar suas postulações.
Alguns deles já têm este controle, como é caso de Marcos Rogério (DEM), Confúcio
Moura (MDB). Mas o governador Marcos Rocha nem definiu seu partido ainda. O
tucano Hildon Chaves não tem o comando do PSDB, depende de um acordo com o clã
Carvalho para se garantir.
Sob controle
No
PP, o ex-governador Ivo Cassol é soberano e se quiser disputar o CPA em 2022
não terá problemas com seus convencionais. No PDT, o senador Acir Gurgacz
também tem maioria no seu Diretório Estadual e estaria garantido para a peleja a
reeleição ao Senado ou ao governo de Rondônia. Já, Expedito Junior, perdeu o
controle do PSDB para o clã Carvalho e deve se transferir de armas e bagagens
para o PSD, do filho Expedito Netto. Bagatoli manda no PSL e Daniel Pereirinha
no Solidariedade.
Terra sem lei
Em Porto
Velho e em algumas cidades rondonienses as facções criminosas começam a ditar
regras numa disputa sangrenta pelo controle do tráfico e distribuição nos
principais pontos de vendas de drogas. Saidinhas de banco, arrombamentos de residências
e estabelecimentos comerciais desandaram de vez. Na zona rural, de Ariquemes a
Presidente Médici estão roubando gado das fazendas levando boiadas inteiras. Os
traficantes roubam de caminhonetes até tratores nas fazendas. Viramos terra sem
lei.
Coisas
enroladas
Enquanto
a inauguração da ponte sobre o Rio Madeira na altura do Abunã pode ser
postergada para abril, a reabertura do complexo turístico da Estrada Madeira
Mamoré ainda não foi definida. Tem alguma coisa para se concluir na estrada de
ferro e a licitação para os espaços comerciais a serem explorados. Enrolada também
está a conclusão da drenagem do Rio Madeira para potencializar o transporte de
grãos para exportação através da hidrovia, um compromisso que já está fazendo
quase uma década pelas esferas federais.
A renovação
A região
amazônica tem os rios como suas estradas e pena horrores com sua frota fluvial,
velha e ultrapassada. Por conta deste atraso tem ocorrido grandes tragédias
pelos rios Amazonas, Negro, Tapajós, Madeira, Solimões e tantos outros, seja
com naufrágios ou o elevado indice de escalpelamentos de mulheres, com os motores
dos barcos arrancando as cabeleiras de passageiras incautas. Urge a bancada
amazônica se posicionar pela renovação da frota das embarcações da região
Norte.
Via Direta
*** Os bancários viveram uma situação
terrível em 2020 com o fechamento de quase 2 mil agências em todo pais *** Em Rondônia a
categoria está preocupada com mais fechamentos diante do agravamento da
pandemia que tem ceifado tantos postos de trabalho *** O Rio Madeira começa a decolar com o rigor do inverno amazônico e o
degelo nos andes. As águas continuam subindo até março ***. A Defesa Civil
em Porto Velho já está se armando para atender possíveis desabrigados nos
bairros que margeiam o Madeirão *** O
prefeito de Porto Velho Hildon Chaves até tentou trabalhar na semana passada
com pavimentação e encascalhamento, mas as chuvas e alagações impediram as
ações da Semob *** Como nesta temporada estão xingando menos o prefeito, se
conclui que a drenagem tenha melhorado em algumas regiões da capital
rondoniense.
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