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Carlos Sperança

Futuro começa já + Cheia histórica + Festa dos coiotes! + Apoio dos prefeitos


Futuro começa já + Cheia histórica + Festa dos coiotes! + Apoio dos prefeitos - Gente de Opinião

Futuro começa já

Os historiadores no futuro talvez declarem que a pandemia e o aquecimento global decretaram o fim do chamado neoliberalismo, caracterizado pela redução do Estado. Isto, porém, só vai acontecer se as empresas se renderem, correndo na base do “barata voa” para baixo do guarda-chuva geral do Estado, pobre cobertor que ao cobrir pescoço deixa pés de fora.

É no mínimo irracional crer que será possível vencer inimigos tão pertinazes quanto a miséria, as pandemias e as crises econômicas dissolvendo parlamentos e tribunais para impor a ação violenta do Estado (ditadura), como também é no mínimo ingênuo acreditar que a anulação do Estado permitirá uma autorregulação perfeita da sociedade.

Sem que um oprima o outro, com democracia e consensos, as crises econômica, social, sanitária, ambiental e climática exigem amplitude, com ações resultantes do diálogo positivo entre o Estado, os empresários e as representações legítimas dos povos.

A democracia ainda é uma argila sem forma final, manipulada por poucas mãos. A construção da bioeconomia requer mais mãos trabalhando e mais cabeças capazes de dialogar e colher consensos. Como não se trata só de enfrentar crises, mas também de já pensar no pós-pandemia, a estruturação da bioeconomia na Amazônia depende de um Estado democrático, empresários de fibra e povos participantes das estratégias e soluções.

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Cheia histórica

Porto Velho escapou de uma boa. Muitas cidades amazonenses, banhadas pelo Rio Madeira, repetem a cheia histórica de 2014 em Rondônia. Os Rios Negro e Solimões também estão deixando milhares de desabrigados no vizinho estado e até Manaus, a capital do estado – e da pandemia do coronavirus - está com alguns bairros isolados, construindo passarelas para ajudar no acesso das casas. Marcas históricas de cheias o Amazonas estão sendo batidas. O nivel elevado dos rios da região, como o Amazonas ajudaram a represar as águas do madeirão. Salve-se quem puder!

Festa dos coiotes!

A gestão do presidente americano Joe Biden está gerando um clima de otimismo e atraindo novas levas de migrantes brasileiros. Lá a vacina contra a covid é farta e o governo ajuda os desempregados com gordo auxílio emergencial. Em Rondônia, principalmente na região central do estado, famílias inteiras estão vendendo tudo que tem, visando uma vida melhor nos Estados Unidos. É uma festa para os coiotes brasileiros, mexicanos e americanos que cuidam da passagem dos imigrantes brasileiros no México para os Estados Unidos.

Apoio dos prefeitos

Uma das apostas do governador Marcos Rocha para seu projeto de reeleição é o apoio de prefeitos bem avaliados no estado. Entre eles estão Carla Redano (Ariquemes), Eduardo Japonês (Vilhena) e Joãozinho Gonçalves (Jaru), o último é o grande destaque da atual fornada a prefeitos. Não demora que ele vai galgar cargos mais relevantes, como de senador ou governador. Também está inserido neste contexto de apoio a Rocha, o respaldo de uma base aliada, formada por inúmeros deputados estaduais na capital e do interior do estado.

Em recuperação

Recuperando o terreno perdido e trabalhando na unificação do MDB que rachou desde a eleição de 2018, o ex-senador Valdir Raupp vai costurando suas alianças para voltar ao Congresso. Como a ave mitológica Fênix, que sempre renasce das cinzas, Raupp que se recuperou até de uma derrota ao governo do estado, amargando alguns anos de solidão, voltou como o senador mais votado de Rondônia, derrotando até o poderoso rival Ivo Cassol, que ficou com a segunda vaga ao Senado na época. Para voltar ao pódio agora aposta na fragmentação de votos dos concorrentes. São muitos candidatos ao Senado em 2022.

A hegemonia

Pela primeira vez, depois de muito tempo Rolim de Moura ficou sem governador e senador na sua representação política. Berço de lideranças, Rolim já projetou os governadores Valdir Raupp, Ivo Cassol (que também foram senadores), além de João Cahula. Ao Senado a região da Zona da Mata também contou com Expedito Junior. Ivo, diga-se de passagem, teve dois mandatos seguidos, tenta voltar ao pódio e trabalha para se livrar das amarras na justiça para 2022. Retomar a hegemonia é a palavra de ordens na região de Rolim.

A indecisão I

Já, em Porto Velho, existe a indecisão reinante. O prefeito Hildon Chaves será candidato ao governo do estado ou ao Senado? Ele está examinando as conjuminâncias. Bem avaliado na capital, desde que não tenha o predador Leo Mores no caminho ao cargo em disputa, Hildon deve contar com uma grande vitória na capital. O entrave do alcaide são as bases interioranas, onde estão concentrados dois terços do eleitorado rondoniense. Em cidades polos como Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal e Vilhena ele vai precisar reforçar as suas paliçadas.

A indecisão II

Também está bem indeciso quanto a disputa do cargo eletivo o deputado federal Leo Moraes (Podemos), liderança emergente no estado, depois de ter exercido cargos como vereador, deputado estadual e agora federal. Leo também estuda o quadro para uma definição. Uma coisa é certa, disputar a mesma função que o prefeito Hilton Chaves (ao governo) seria uma baita fria, já que os dois acabariam rachando o eleitorado na capital e se afundando nas águas do Rio Madeira. Portanto, havendo vida inteligente na política, será evitado um confronto direto entre Hildon x Leo na peleja ao CPA.

 

Via Direta

*** As invasões as terras indígenas em Rondônia seguem sem dó e piedade. Várias tribos protestam em vão, já que as providências quando tomadas já são tardias. Os Karipunas urram com a violência dos invasores *** Os índios não podem nem reclamar pois cada vez que um líder indígena chia se torna investigado pela Policia Federal. É coisa de louco *** O comércio lojista já começa a receber os primeiros reflexos do Dia das Mães. O movimento melhorou e deve aumentar ainda mais nos próximos dias *** Proliferam os vendedores ambulantes pelas ruas da capital rondoniense. Tem salgadinho até a R$ 1,00 e muito marmitex abaixo de R$ 10,00 na praça *** Lojas e restaurantes tradicionais seguem fechando as portas, principalmente as dedicadas à classe média em Rondônia.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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