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Carlos Sperança

Inglês para índios + Fazendo as contas + Ivo cassol, uma incógnita + As reviravoltas


Inglês para índios + Fazendo as contas + Ivo cassol, uma incógnita + As reviravoltas - Gente de Opinião

Inglês para índios

Segundo a bióloga Mercedes Bustamante, da Universidade de Brasília e ligada à Academia Brasileira de Ciências, por conta dos crimes ambientais e do descuido com o clima já existem partes da Amazônia que passaram de absorvedores para fontes de calor. Antes eram a solução para as loucuras criminosas e irresponsabilidades dos governantes do mundo e agora começam a fazer parte do mesmo problema.

A “magia” de cruzar os braços e deixar as coisas ao deus-dará resultou em seca e calor como nunca se viu no Sul, chuvas desastrosas no Sudeste, tempestades no Nordeste e desmatamento crescente nas florestas. Diante da realidade contrária ao que acreditam, aos negacionistas só resta negar o que disseram e pôr a culpa em alguém. Com a pandemia, ficou fácil: além dos adversários políticos, basta culpar a Covid.

Um novo fator para aumentar o calor na Amazônia, neste caso o calor dos atritos e das brigas, é um cursinho de inglês que a Embaixada dos EUA oferece a jovens índios. Já está engatilhado para o período de setembro deste ano e junho de 2023 para 140 indígenas, de 18 a 35 anos. Organizações terroristas promovem cursinhos parecidos para seus convertidos, mas este é feito às claras. Segue o apelo do empreendedorismo e não esconde o propósito doutrinário de desenvolver “potencial de liderança com foco em causas ambientais”. Vai causar um climão.

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A confirmação

Com a aprovação do Diretório Nacional do PDT, depois de ouvir corregionários e atendendo apelos das lideranças da Frente Democrática e das suas bases na região central, o senador Acir Gurgacz (PODT-RO) confirmou o registro da sua candidatura a reeleição na última segunda-feira. O parlamentar terá como seu primeiro suplente Benedito Alves e já começa a cumprir roteiro de visitas no estado neste final de semana. “Estamos prontos para esta nova jornada e nossa militância estará nas ruas para defender as propostas da Frente Democrática”, disse o parlamentar.

Fazendo as contas

Ao final ficamos com sete postulações na disputa do Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual em Rondônia. Cinco para valer, no primeiro pelotão –Os dois Marcos, Cassol, Leo Moraes e Daniel Pereira e duas só para fazer número e que teriam dificuldades até para se eleger inspetores de quarteirão no bairro Areal, que são Pimenta de Rondônia (PSOL) e Walcleir Queiroz (Agir). Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) sangrando, o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) e Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) largam na frente em busca de suas vagas no previsível segundo turno.

Poder reação

Caberá a Leo Moraes (Podemos-Porto Velho) e Daniel Pereira (Solidariedade-Porto Velho) reagir para entrar no jogo. Leo depois que foi abandonado por Ivo Cassol ficou sem lenço e sem documento e foi se aliar justamente com Expedito Junior que foi rejeitado pelos demais candidatos o que poderá lhe render prejuízos na sua própria base eleitoral, que é a capital rondoniense. Não bastasse não tem redutos solidificados no interior, onde viceja o bolsonarismo a favor de Marcos Rogério, e onde o ex-governador Ivo Cassol é um nome consolidado e o atual governador Rocha tem apoio de dezenas de prefeitos, com a máquina e o pix na mão.  

Frente Democrática

A Frente Democrática tem o candidato da coalizão de Lula, o ex-governador Daniel Pereira (Solidariedade) que conta no estado com a força dos profissionais da educação, do funcionalismo e da aguerrida militância da esquerda para deslanchar e ainda deve ser reforçado com o apoio do ex-governador Confúcio Moura em Ariquemes e Vale do Jamari. E com as bênçãos de Lula Pereira poderá vingar mais à frente para enfrentar os bolsonaristas. Tem bons candidatos federais puxando votos para a sua aliança: o atual deputado federal Mauro Nazif (PSB), Vinicius Miguel (PSB) e Fátima Cleide (PT).

Uma incógnita

Muitos observadores, inclusive macacos velho na política consideram a candidatura do ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) uma incógnita porque já entra na peleja sangrando. E sangrando já está mesmo, mas pelas minhas primeiras sondagens, posso especular que ele conta com eleitorado firme, pelo menos nesta largada. Qualquer outro candidato sangrando já estaria esturricado, mas este não é o caso de Ivo Cassol. Mesmo ameaçado de perder o registro da candidatura, Ivo é o cara. Talvez porque seja o político rondoniense que mais lembre Teixeirão e com um comportamento mais aproximado de Bolsonaro que os demais candidatos: é bocudo, encrenqueiro e autoritário.

As reviravoltas

Nas reviravoltas da política rondoniense, já tão rotineiras com seus efeitos manadas, uma eleição que se encaminhava para Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) chegar ao pódio, mudou totalmente de figura. Mesmo porque Cassol atinge diretamente os redutos de Marcos Rogério, o queridinho do bolsonarismo em Rondônia. E mesmo que Ivo se lasque sangrando, pode levar Marcos Rogério junto, beneficiando principalmente o governador Marcos Rocha (também bolsonarista) que depende mais da sua máquina e forte estrutura para obter uma das vagas ao já previsível segundo turno. Este racha de Cassol x Marcos Rogério também beneficia Daniel Pereira (Solidariedade).

Via Direta

*** Na bolsa de apostas dos mais votados a Assembleia Legislativa, na capital na eleição 2022 está Ieda Chaves (União Brasil) e no interior o atual presidente da Casa de Leis Alex Redano (Progressistas-Ariquemes) *** Os dois espicharam bem suas bases ampliando geometricamente as suas chances na eleição 2022 *** Já na bolsa de apostas de se lascar no projeto de reeleição estão Ribamar Araújo e outros suplentes que assumiram na capital e Jonhy Paixão em Ji-Paraná. *** Não querendo voduzar estes possíveis infelizes nas urnas mais já voduzando, é só conferir nas urnas.  E me apedrejem nas ruas se estiver errado *** Para a Câmara dos Deputados os dois nomes mais em dificuldades para a reeleição são Chrisóstomo e Mauro Nazif, que diga-se de passagem tiveram bom desempenho no Congresso. Mas dependem muito das suas alianças para se reeleger. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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