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Carlos Sperança

Inova Amazônia + Corrida ao Senado + O canibalismo regiões + Mariana Carvalho


Inova Amazônia + Corrida ao Senado + O canibalismo regiões + Mariana Carvalho - Gente de Opinião

Inova Amazônia

Para criar uma história diferente do que tem sido o mundo, com nações impondo seu poder militar sobre as demais, será preciso levar adiante, em todas as suas implicações, dois verbos necessários ao progresso: inovar e reinventar.

A corrente que prega a inovação recebeu um reforço há pouco. O edital Inova Amazônia reúne R$ 7,1 milhões da Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas, Pesquisa do Estado de Rondônia e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas para projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação. O leque de opções é amplo, acessível a quem tem real interesse em inovar para progredir satisfazendo as necessidades região e seu povo.

Inovar também faz parte do reinventar, mas este requer mudanças substantivas, que envolvem a política em seu sentido mais elevado – a capacidade de debater e produzir consensos, o que não combina com polarização – e formas avançadas de gestão. Em proposta valiosa, Denis Minev e Salo Coslovsky sugerem reinventar o Brasil a partir da Amazônia. Funcionaria dobrando a rentabilidade da floresta, começando por recobrir 70 milhões de hectares, faturar valiosos créditos de carbono por serviços ambientais e aproveitar a produção da floresta sem derrubar, com o manejo abrindo empregos para uma multidão de jovens hoje desalentados. Há soluções, cabe praticá-las.

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Corrida ao Senado

Com a entrada do ex-governador Valdir Raupp (MDB) na corrida ao Senado, atendendo apelo do Diretório Nacional, o quadro da disputa mudou totalmente em Rondônia e o segmento já tem um dos favoritos para a disputa, que é ele, mesmo, o barbudo queixada. Veja a situação dos principais pretendentes, que são Mariana Carvalho (Progressistas-Porto Velho), Jayme Bagatolli (PL-Vilhena) e Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura). Com Raupp nas paradas o cenário de candidaturas está mudando e deve sofrer alterações.

Valdir Raupp

Com o nome resgatado, e ganhando novamente a elegibilidade e aceitando apelos de lideranças regionais e do próprio comando Nacional do MDB, o ex-senador está de volta. Os rauppistas estão eufóricos e gritam “o campeão voltou! Não estão errados, ele terá uma boa largada para a disputa em mais uma das suas ressurreições políticas. Cada vez que sofre derrota, na eleição seguinte ele emplaca. Isto vem desde a década de 90: perdeu para Piana, se elegeu contra Chiquilito, perdeu para Bianco, ganhou depois o Senado. Se se acertar com Confúcio, melhor ainda.

Jayme Bagatolli

Expoente do bolsonarismo raiz em Rondônia, o fazendeiro Jayme Bagatolli (PL-Vilhena) já corre trecho na busca de sua candidatura ao Senado. Está tão confiante que até aceita ter como concorrente na sua aliança, o ex-senador Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura) que tem as bênçãos do governadoravel Marcos Rogério. Mas uma coisa é enfrentar Expedito que vem de seguias derrotas e com sua carreira com rejeição na capital. Outra é pegar Raupp, ressuscitado e protagonista de viradas sensacionais na política rondoniense. Não viria para pleito sem respaldo. Ele tem faro.

Mariana Carvalho

A deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas-Porto Velho) entra na disputa ao Senado num embate com outro candidato bolsonarista, que é Jayme Bagatolli. Neste segmento, Bagatolli leva a melhor e sua militância já trata de sujar a reputação da parlamentar taxando-a de “esquerdista” e até de “comunista”, designações que atemorizam   os bolsonaristas emperdenidos. Se a situação já era difícil num embate com Expedito e Bagatolli, ficou pior ainda com Raupp já se firmando no atual contexto. A cadeira ao Senado ficou mais longe para a ex-tucana.

Expedito Junior

Ex-deputado federal e ex-senador, Expedito Junior largava como o grande favorito para a corrida ao Senado em 2022. Começou a perder terreno quando Bagatolli, com apoio da família Bolsonaro, conseguiu impor sua candidatura ao Senado em dobradinha com o governadoravel Marcos Rogério no PL. No Bolsonarismo ele não tem vez, já que Bagatolli e Mariana tem a preferência e agora, inesperadamente, o ex-governador Valdir Raupp entrou nas paradas numa baita reviravolta.  Raupp será o seu grande predador na Região do Café, Zona da Mata e Cone Sul Rondoniense. Perder nas suas bases e com a capital hostil a ele é de fato, uma situação desfavorável.

Via Direta

*** Complementando as tendências da eleição ao Senado em Rondônia: entra também na dança a deputada federal Jaqueline Cassol (PP) embolando de vez a disputa já tão fragmentada nas regiões do Café, Zona da Mata e Cone Sul rondoniense *** O canibalismo nestas regiões poderia beneficiar eventualmente candidatos de Ji-Paraná, de Ariquemes ou da capital nesta disputa *** No entanto os prováveis postulantes de Porto Velho não contam com bases no interior e Ji-Paraná e Ariquemes estão sem candidatos para este segmento *** Neste novo cenário, “aí coitado” para Daniel Pereira (Solidariedade) na peleja ao Senado. Tem Mariana pela frente na capital e Raupp, Bagatolli e Expedito no interior, onde Pereirinha não tem bases firmadas.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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