Segunda-feira, 22 de agosto de 2022 - 08h20
Na
intenção de “lacrar” – encerrar uma discussão com argumentos que causam
surpresa e falta de reação do oponente – meias verdades e suposições baseadas no
medo podem parecer verdades definitivas. Espertalhões “empreendedores” venderam
em 1910 caras máscaras de proteção a incautos depois de lacrar com um misto de
religião e ciência que o Cometa de Halley mataria milhões com sua cauda
venenosa.
Os
cientistas diziam que ele passaria muito longe, mas o medo falou mais alto e o
negócio de máscaras prosperou. Os negacionistas relaxam nos cuidados ambientais
lacrando que Deus, ETs e a natureza darão um jeito no desmatamento. Os mais
moderninhos até lacram que além das forças divinas e extraterrestes a própria
ciência humana terá em breve recursos que, a exemplo das máscaras dos malandros
em 1910, resolverão o problema “naturalmente”.
Em
sentido oposto, ambientalistas apocalípticos já lacram que o mundo chegou ao
ponto sem volta. A destruição foi tanta que qualquer cuidado com o clima apenas
amenizará os danos já irreversíveis. Só se livrarão os ricos, que financiam saídas
do tipo aeroporto – neste caso, espaçoporto, rumo à Lua ou Marte. Há muito a
pensar e medir, mas uma antiga lacração ainda continua válida: os piores
lugares do inferno estão reservados aos omissos (Dante Alighieri, Divina
Comédia, ano de 1320).
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Briga ao Senado
Se
vê que a disputa ao Senado vai se acirrar daqui para frente. Cada um dos candidatos
defendendo seus redutos com unhas e dentes. O senador Acir Gurgacz (PDT-RO),
por exemplo, com seu projeto de reeleição conta com a fidelidade do eleitorado
de Ji-Paraná e da região central da BR, a mais populosa do interior do estado. No
último sábado foi lançada a campanha de Acir na capital da BR num encontro que
mobilizou as lideranças dos partidos alinhados também a candidatura de Daniel
Pereira ao governo estadual. Uma grande largada do pedetista com a militância
indo as ruas a partir de agora.
Aposta de Mariana
A
aposta da candidata de Porto Velho ao Senado, deputada federal Mariana Carvalho
(Progressistas) reside na aliança com o governador Marcos Rocha (Aliança
Brasil) e num eventual racha dos candidatos radicados no interior. Certamente quando
decidiu disputar o Senado não contava com o projeto de reeleição de Acir e
tampouco com uma candidatura do ex-senador Expedito Junior (PSD) e com isto
teve que mudar alguma coisa no seu jogo de estratégia. Ninguém vai facilitar a
vida de ninguém na peleja. Mas pode ainda ser beneficiada pelo racha do
bolsonarismo no interior.
Jogo de estratégia
Bem
posicionado no interior do estado, o senador Marcos Rogério, candidato do PL ao
governo do estado fez uma blitz em Porto Velho na semana passada. Foram
visitações, entrevistas à imprensa e no jogo de estratégia um plano de governo
beneficiando a capital em vários pontos, não esquecendo de prometer um estádio
novo em folha e falando décor e salteado dos problemas dos maiores bairros da
cidade. Ao homem do campo tão atingido pelos seguidos assaltos e roubo de gado,
caminhonetes e até maquinários agrícolas, prevê um batalhão rural. Mas o mote
da sua campanha é a saúde é neste ponto que ele centra fogo na gestão Marcos
Rocha.
A polarização
Os
dois candidatos com redutos no interior do estado, o ex-governador Ivo Cassol
(PP-Rolim de Moura) e Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) estão sentando o porrete na
gestão Marcos Rocha (União Brasil). A estratégia é buscar a polarização com
Marcos Rocha. Neste contexto, um aspecto interessante: Ivo não ataca Marcos
Rogério, tampouco este agride Ivo Cassol. E também se conclui com esta busca da
polarização que: 1- Marcos Rocha está bem na foto na busca de uma vaga para um
previsível segundo turno 2- Que tanto para Marcos Rogerio como para Ivo Cassol
o adversário preferencial para o segundo turno é Marcos Rocha.
Os macacos velhos
Teremos
uma grande disputa nas eleições 2022 em Rondônia entre os candidatos mais
velhos, os chamados “macacos velhos”, contra os candidatos mais jovens. É um
conflito de gerações. No estado predominam os eleitores mais jovens, abaixo dos
40 anos, mas isso não impede os macacos velhos, com mais experiência e largas
folhas de serviços prestados a comunidade rondoniense levar a melhor. È pena
que algumas lideranças históricas estejam fora do pleito, casos do ex-governador
Valdir Raupp e do ex-ministro Amir Lando, do ex-governador José Bianco, que por
um motivo e outro não estão concorrendo. A reposição de boas lideranças no
estado tem sido difícil.
Via Direta
***As mais recentes pesquisas retratando
uma boa vantagem do ex-presidente Lula na corrida ao Palácio do Planalto entusiasmaram
as forças ligadas ao candidato ao governo estadual da Frente Democrática Daniel
Pereira ***
O postulante da aliança tem percorrido o interior, principalmente no seu
segundo maior reduto, a região do Cone Sul rondoniense, onde cumpriu dois
mandatos como deputado estadual *** Daqui
para Frente o governador Marcos Rocha (União Brasil) vai precisar de capacete nas
suas andanças em Rondônia. Todos os candidatos estão largando o porrete no
afável mandatário *** Bolsa de apostas: quem o presidente Jair Bolsonaro
vai apoiar na peleja pelo CPA Rio Madeira em Rondônia? São pelo menos quatro
candidatos do segmento e três deles fazendo oposição ao atual governador do
estado.
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