Quinta-feira, 4 de agosto de 2022 - 08h15
Falta
de planejamento e de recursos para a infraestrutura amazônica são dois dos mais
preocupantes sinais de atraso da região, dentre tantas outras preocupações com
o retardo no desenvolvimento socioeconômico do país.
A
irônica Lei de Murphy é baseada no fatalismo de que, se algo pode dar errado, vai
dar. Uma lei amazônica anti-Murphy, no entanto, diria que tudo na floresta pode
dar certo, desde que tenha por base bom planejamento e infraestrutura adequada.
Com planejamento objetivo e infraestrutura disponível haveria rápido progresso,
também não imune a desafios: a rapidez no desenvolvimento exige prevenir
apagões, por exemplo, ação que faz parte tanto do planejamento quanto da
infraestrutura.
As
forças liberais que se levantaram contra a ditadura na década perdida de 1980
atribuíram ao planejamento, na verdade o melhor daquele período, as causas da
crise da época. A suposição vinha do método truculento de aprovar leis no
Brasil, por ato de força do governo, sem que elas resultassem de um debate
amplo na sociedade e no parlamento.
No
entanto, sem planejamento nem recursos para a infra, problemas piorados pela
nefasta polarização eleitoral, será mais difícil vencer a inflação e a
desindustrialização, que são rimas longe de ser uma solução. Planejar e
infraestruturar com democracia e sem piorar o clima seriam as rimas certas.
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Cenário em ebulição
Com
o ex-governador Ivo Cassol (PP) se dispondo a concorrer ao governo do estado
sub-judice e o ex-senador Expedito Junior (PDS) desistindo de concorrer uma
cadeira de volta ao Senado o panorama político e sucessório rondoniense virou
de cabeça para baixo. Se pergunta por exemplo, como ficará a candidatura do
pupilo de Cassol, Leo Moraes (Podemos) ao CPA Rio Madeira? Se compensa Ivo entrar
na peleja sangrando? Que mudanças devem ocorrer nas alianças já fixadas nas campanhas
dos dois Marcos, o Rocha atual governador e o Rogério, atual senador.
Indicação de vices
Numa
articulação habilidosa, o PSC de Luizinho Goebel, o Patriotas de Marcelo Cruz e
o Avante de Jair Montes se uniram num bloco só para tentar indicar o candidato
a vice do governador Marcos Rocha (União Brasil) ou de qualquer outro postulante de ponteira, como
Ivo Cassol. Querem inicialmente indicar um substituto para Sérgio Gonçalves,
nome já aprovado na convenção do partido governista para vice e que tem
aprovação do mandatário rondoniense por ser um nome de absoluta confiança. O
grupo é só pressão, mas o prazo está exíguo já que as convenções terminam nesta
sexta-feira para tentar tal composição.
Mais candidatos
As
últimas convenções estão revelando mais postulantes ao Senado para enfrentar os
nomes já em campanha. Debutando na disputa de cargos eletivos e propondo a
renovação, o professor Benedito Alves (PDT) e o empresário Leo Fachin (Avante)
estão dando os primeiros passos no enfrentamento dos candidatos já em
movimentação nos bastidores que são Jayme Bagatolli (PL-Vilhena), Jaqueline
Cassol (PP-Rolim de Moura), Mariana Carvalho (Progressistas-Porto Velho). Uma
baita peleja entre os nomes já carimbados contra novos postulantes e agora sem
Expedito Junior (PSD) que anunciou sua desistência na disputa, mesmo sendo um
dos favoritos.
Macacos velhos
Com
a maioria das convenções já realizadas foram confirmadas as candidaturas de
vários “macacos velhos” da política rondoniense malsucedidos nos últimos anos.
Entre eles, os ex-prefeitos Carlinhos Camurça (PSDB-Porto Velho), Ernandes Amorim
(PSB-Ariquemes), a ex-senadora Fatima Cleide (PT-Porto Velho), o ex-prefeito Carlos
Magno (Ouro Preto do Oeste). Outros, no entanto foram barrados no baile durante
as convenções como são os casos do ex-senador Amir Lando (MDB), o ex-prefeito José
Guedes (PSDB).
Cenário desfavorável
Antes
de se decidirem disputar cargos eletivos em Rondônia no pleito deste ano os
políticos mais experientes, tarimbados, enfim os macacos velhos da política
rondoniense percorreram o estado várias vezes e tocaram pesquisas para auscultar
o panorama estadual e em que pé estravam seus nomes perante o eleitorado rondoniense.
Devem ter chegado à conclusão que o mar não está para peixe e refugaram os
convites para disputar o governo do estado e a cadeira ao Senado. Se estivessem
bem na foto, digo nas pesquisas, com certeza, Raupp, Confúcio e Expedito
estariam disputando a eleição deste ano. E o que se acredita nos bastidores.
Via Direta
*** Porto Velho padece com a falta de
mão de obra em vários setores e isto tem preocupado o empresariado *** Existem queixas de
fome e desemprego na capital e muitos jovens na criminalidade, mas buscar preparo
em cursos técnicos ninguém está a fim nestas bandas *** Que canibalização brava ocorre na disputa a Câmara dos Deputados
por Ariquemes no Vale do Jamari. Assim fica difícil retomar a representatividade
na esfera federal ***A região já teve Francisco Sales, Nobel Moura e Confúcio
Moura no Legislativo federal, mas não consegue mais emplacar parlamentares na Câmara
dos Deputados *** Em Ji-Paraná o
problema da desunião política local está na peleja a Assembleia Legislativa. Muitos
candidatos para poucos eleitores e isto preocupa as lideranças representativas
da capital da BR.
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