Quarta-feira, 17 de março de 2021 - 08h03
Na
canção “Ciranda da Bailarina”, Chico Buarque e Edu Lobo idealizam a perfeição
feminina. Em uma eventual “Ciranda da Amazônia”, perfeito seria quem a
conhecesse de fato, sem ilusões, preconceitos, ideias fixas ou desinformação. No
entanto, muitos que acusam outros de desinformados ou preconceituosos destilam
as próprias desinformações e preconceitos.
Se
o poeta observasse bem a bailarina, veria que ela não é tão perfeita. E que para
observar a realidade amazônica é preciso se munir da lente adequada: o mapeamento
minucioso, via progresso tecnológico. Sem a geoinformação, haverá uma ciranda de
enganosos recortes limitados de uma realidade que não pode ser apanhada por um
rápido olhar.
Quantos
brasileiros, a rigor, podem se orgulhar de conhecer a Amazônia? Dos que falam a
respeito da floresta, quem realmente sabe do que está falando? O geógrafo Luiz Ugeda, implacável, afirma que
o Brasil “sequer está mapeado completamente na escala de 1:100.000, mínima para
planejamento, sendo suas principais lacunas exatamente na região amazônica”.
Quem
possui informações está no Vale do Silício, Moscou, Pequim ou na Europa,
sustenta Ugeda: “A floresta está no Brasil, mas os satélites não são nossos. O
país está invertebrado, pois suas vértebras, ou melhor, seus mapas, estão
expostos para estudo de cientistas fora do país”. A bailarina passa mal.
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Medo de cano!
Como
se sabe, os prefeitos brasileiros – virou mania também Rondônia – buscam melhorar
seus conceitos para as próximas pelejas anunciando a aquisição de vacinas (em Porto
Velho seriam 400 mil imunizantes) para salvar seus munícipes, atordoados com o
avanço a pandemia do coronavirus. O problema é que está rolando muito cano e
alguns alcaides podem ficar na mão e diante de populações enfurecidas pelo não
cumprimento da promessa. A prefeita de Ariquemes Carla Redano (Patriotas) pelo
menos foi prudente: comprou as doses da vacina, mas só paga na entrega!
A pele de Moro
Petistas,
bolsonaristas, emedebistas em geral e todo o chamado “centrão” que já controla
o comando do senado e da Câmara dos Deputados, estão unidos na missão de tornar
o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro inelegível e inviabilizar de vez as
conquistas da Operação Lava Jato que devolveu aos sofres públicos trilhões de reais
oriundos de maracutaias. O caminho está aberto com a votação da suspeição de
Moro. Bolsonaro e Lula querem a pele de Moro para fazer tamborim e com isto
estão tornando o ex-ministro uma terceira via para 2022.
É coisa de louco!
Lembram
dos lançamentos equivocados de Maurão de Carvalho e Willians Pimentel,
derrotados nas campanhas ao governo estadual pelo MDB em 2018 a prefeitura de
Porto Velho em 2020? Pois é, o partido agora tem uma nova tragédia anunciada. O
deputado federal Lucio Mosquini, presidente estadual da sigla, colocou na
cabeça que agora a coisa será diferente e então se propõe a entrar na peleja
caso realmente o senador Confúcio Moura, o único nome competitivo da legenda,
fique de fora como anunciou recentemente.
Todo conforto
A grande
verdade é que o ex-governador Confúcio Moura está mais confortável do que gato em
armazém no Congresso. Tem a estatura de liderança nacional, faz parte do alto
clero da política brasileira e não teria motivo nenhum para vivenciar novamente
o duro desafio de administrar Rondônia. Um cenário que remonta Amir Lando que
foi Ministro da Previdência e por lá em Brasília queria permanecer. Os parentes
mais próximos não querem, mas a militância urra e empurra El Carecón para uma nova
disputa ao CPA que ele concluiu.
Em pé de guerra
Agora
são três grandes redes de farmácias brigando pelo controle do mercado em Porto
Velho. Alguns confrontos são cara a cara, como ocorrem em cruzamentos de importantes
avenidas comerciais. Temos A Ultra Popular, uma rede nacional, procedente do Nordeste,
uma de Manaus, a Santo Remédio (que adquiriu recentemente as unidades da
Farmabem) e a FTP um grupo rondoniense que acaba de entrar na briga e já de asas
crescidas, com várias unidades em Porto Velho e Candeias. Com o preço dos remédios
ás alturas a concorrência é salutar para o consumidor
Via Direta
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O governador Marcos Rocha tem se queixado pelas mídias sociais dos ataques de
robôs montados para agir politicamente desde já visando as eleições 2022 *** Mas mesmo sem as montagens, Rocha tem sido muito
criticado pela hesitante estratégia de combate a pandemia do coronavirus em
Rondônia e nesta situação não pode atribuir os atraques aos robôs *** As águas do Rio Madeira estão descendo já gerando um clima de tranquilidade para a
região ribeirinha de São Carlos, Calama e Nazaré ***Anunciada pelo Dnitt a
construção da ponte sobre o Rio Araras, na estrada que liga Porto Velho a
Guajará Mirim ***A estimativa inicial da
duração da obra é de três anos, mas sendo previsão do Dnitt a coisa pode dobrar
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