Quinta-feira, 31 de dezembro de 2020 - 09h55
Há
uma ótima razão para saudar a retomada do Parlamento Amazônico (Parlamaz),
reinstalado em meio a grandes expectativas neste fim de ano: com ele, o
bate-boca entre líderes falastrões ficará desfocado, já que o debate respeitoso
e técnico tende a ganhar o primeiro plano. Formado por representantes do Brasil
e outros seis países amazônicos, a prioridade do Parlamaz é proteger a
floresta. Nesse caso, é sua missão urgente passar um pente fino nas políticas
de desenvolvimento regional para separar o joio da destruição do trigo da
sustentabilidade.
Entretanto,
se há uma razão ótima para justificar a recriação do Parlamaz, há um motivo
sério para temer por seu futuro. Começa por uma pergunta cuja resposta é
imprescindível: se o Parlamaz é tão bom e necessário, por que estava desativado
desde 1989? Nessa época já havia desmatamento, queimadas, grileiros,
garimpeiros ilegais e matança de índios. Em setembro desse mesmo 1989, com o
Parlamaz em pleno funcionamento, um grupo do povo Korubo foi massacrado por
invasores e seus corpos enterrados em cova rasa numa das praias do Rio Itacoaí.
Recentemente,
em pleno 2020, um dos mais importantes sertanistas brasileiros, Rieli
Franciscato, veio a morrer em consequência de uma fechada. Se o Parlamaz servir
para evitar a repetição dos massacres e por ação positiva poupar as vidas de
grandes homens, como Franciscato, terá valido a pena reativá-lo.
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4 de Janeiro
Durante
a semana lembrei nesta coluna os idos da colonização e a instalação do estado
de Rondônia em 4 de janeiro de 1981. Seguiu-se com o novo estado, em 1982, a primeira
eleição para a Assembleia Legislativa, Câmara os Deputados e Senado. A eleição
para governador foi chutada para 1986. Na época da eleição de 82, o colunista
que vos fala, era editor do jornal O Guaporé, acompanhando o desenrolar deste
processo histórico, como migrante recém-chegado da terra das araucárias.
Uma corrida
O
que se viu com a instalação do estado foi uma verdadeira corrida aos cargos de
deputados estaduais, federais e senadores em 1982. O recordista de votos a Assembleia
Legislativa foi José Bianco (PDS), que posteriormente seria senador, governador
e prefeito de Ji-Paraná. O mais votado a Câmara dos Deputados foi o milionário
Mucio Athayde (MDB), que mudaria seu domicilio eleitoral para Brasília logo sem
seguida. Ao Senado brilhou como o mais votado o raposão Odacir Soares (PDS),
que já tinha sido deputado federal nos idos do Território.
Alguns favoritos
Neste
cenário de 82, muitos favoritos a cargos eletivos tubularam gloriosamente. A começar
pelo então deputado federal Jeronimo Santana (MDB), na peleja ao Senado, o grande
líder da oposição no estado, mas eleito prefeito da capital em 85 e governador
em 86. Na situação, expoentes ligados a Teixeirão acabaram se dando mal: seu
chefe da casa civil Rochilmer Rocha E o delegado João Lucena Leal, que tinha
feito uma limpa na bandidagem com a Operação Caça Pistoleiro, por exemplo.
Erro de estratégia
Trocando
de saco para mala: Vejo como um erro de estratégia desta jovem e promissora
liderança política, Vinicius Miguel (Cidadania) em assumir uma secretaria para
atender os distritos de Porto Velho, que até pouco tempo se chamava de secretaria
de interior e nem era um cargo de status no primeiro escalão. Em primeiro
lugar, porque será o caminho mais rápido para se desgastar politicamente, já
que a municipalidade não tem recursos nem para atender as demandas sociais da
capital, imaginem dos distritos e localidades ribeirinhas.
A vacinação
Se
debateu nas casas legislativas até a pouco tempo a obrigação da vacinação
contra o coronavirus - já decidida pelas instâncias superiores. Vacina sempre
gerou polemicas no País e todo mundo lembra da revolta no Rio de Janeiro no início
do século no advento da febre amarela. Em Rondônia lembro que ao final dos anos
70 e durante os anos 80 era obrigatória a vacinação contra a febre amarela no
Portal do Migrante na entrada do estado em Vilhena. Os ônibus eram parados para
a vacina, mas tinha gente que se escondia para escapar da agulha.
Via Direta
***
E o ano novo já começa com reajuste em tudo, puxando a inflação *** Temos muitas festas do ano novo
programadas em Porto Velho. É o povão trocando o isolamento social pela aglomeração
*** A partir de agora começa a batalha da reeleição dos deputados estaduais.
Em Porto Velho sempre ocorre renovação das cadeiras e por isto os atuais
parlamentares já estão de cabelos em pé ***
E 2021 já começa com vários possíveis candidatos ao governo do estado em 2022:
o governador Marcos Rocha (Avante) que vai a reeleição, o prefeito de Porto
Velho Hildon Chaves (PDB), o senador Marcos Rogério (DEM) e o deputado federal
Lucio Mosquini (MDB) *** Chegando janeiro, o ano novo, a posse dos eleitos
e a esperança de melhores dias em 2021.
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