Quinta-feira, 18 de maio de 2023 - 08h26
A
imagem do Brasil na última década piorou tanto que não bastam atos positivos, caso
do decreto federal viabilizando as atividades do Centro de Bionegócios da
Amazônia. Investidores e clientes, os primeiros com desdobramentos mais
elaborados e os últimos com dados objetivos e diretos, mesmo aplaudindo as boas
disposições para o futuro querem fatos do já e do agora.
O
fato mais objetivo é que o desmatamento criminoso é a grande pedra no sapato
nacional. Há um mês, o Parlamento Europeu – nata política dos 27 países da UE –
proibiu a venda de produtos vindos do desmatamento florestal. Além da madeira, gado,
soja, café, cacau, borracha e dendê. Também estão na lista os derivados: couro,
chocolate, móveis, carvão, produtos de papel e óleo de palma, entre outros. O
ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, está empenhado em mostrar que a lei é
precipitada, pois o governo brasileiro não aceita o desmatamento ilegal e há
políticas públicas claras para combater os crimes ambientais.
Será
difícil revogar a lei, mas se pode ganhar tempo antes que ela fique
irreversível. Tempo no qual o combate ao crime deve se ampliar para os mecanismos
de observação provarem que as medidas tomadas funcionam. A Inteligência
Artificial vai ajudar: o Imazon conta com a plataforma PrevisIA, espécie de
maga vidente que prevê onde o desmatamento vai acontecer. Matar o crime no
ninho, via inteligência, é o sonho de toda boa polícia.
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As fronteiras
O
ministro da Justiça Flavio Dino desembarca nesta sexta-feira no Acre para
participar de solenidade de entrega de equipamentos de segurança e se fazer presente
em Brasileia em seminários para tratar dos problemas de segurança nas
fronteiras do Brasil com países vizinhos como a Bolívia Peru e Colômbia,
tomadas pelo narcotráfico. Neste contexto tanto o Acre como Rondônia se
transformaram em corredores de exportação da cocaína dos carteis dos vizinhos
pela BR 364, de Rio Branco a Porto Velho seguindo toneladas de droga e de armas
para os estados do Sul e do Nordeste.
Novas rodoviárias
Ariquemes,
Porto Velho e Manaus (AM) esperam contar nos próximos anos com suas novas
rodoviárias. Em Ariquemes, o projeto ainda estava empacado na semana passada
com atrasos no pagamento dos funcionários da empreiteira, em Porto Velho a
antiga já foi demolida e toda área já foi limpa e cercada para o início do novo
empreendimento na Av. Jorge Teixeira, em Manaus os políticos ainda brigam por
causa da localização do novo terminal. O certo é que rodoviária nova dá
trabalho, se sabe quando começa e nunca se sabe quando termina.
As tragédias
O
ano de 1981 jamais será esquecido na Amazônia. Foi quando aconteceram os dois
grandes naufrágios na região, um deles, com o navio Novo Amapá, saindo do Porto
de Santana (AP), considerado o maior do país até hoje, quando 400 pessoas
morreram numa tragédia anunciada, com tantos passageiros e carga acima das
cotas determinadas pelas leis de navegação. Ainda em 1981, no final do ano, o
navio Sobral Santos II deixaria 340 vítimas no Pará. Até hoje na região Norte a
maioria dos acidentes tem sido pela sobrecarga de mercadorias e excesso de
passageiros, com fiscalização falha.
Uma solução
Em
Ouro Preto do Oeste, onde o prefeito Alex Testoni estava “sovinando”
atendimento a pacientes da saúde de cidades adjacentes nos hospitais do
município se busca uma saída que poderá acontecer na próxima semana com repasses
financeiros do governo estadual que se alarmou com a situação. Dezenas de exames,
consultas e atendimentos de média complexidade, deixaram de ser efetuadas e muitas
famílias ficaram desesperadas com a situação. Textoni, quando precisa, sabe mandar
pacientes para outras cidades, mas quando as outras localidades precisam de solidariedade,
ele se nega. Depois de muita pressão ele retomou os atendimentos provisoriamente.
A interiorização
Na
próxima semana todas as atenções dos políticos estarão voltadas para a realização
da Rondônia Rural Show, em Ji-Paraná, na região central do estado. O governo do
estado, interiorizando a sua gestão, a Assembleia Legislativa com sessão
itinerante e todos os políticos com interesse no pleito do ano que vem trocando
tapinhas nas costas e afagando velhinhos e criancinhas, como é próprio desta
categoria. Imagino que os candidatos a prefeito da capital da BR serão
incansáveis na tarefa de distribuir sorrisos e abraços. O prefeito Esaú, o ex-prefeito
Jesualdo e o deputado Laerte devem até ter treinado bastante para não fazer
feio!
Via Direta
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as dívidas dos partidos perante a justiça serão perdoadas. 2023 será um ano
para ser esquecido ***
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inspirou a Lava Jato, foi extinta depois de um pacto bem-sucedido entre a máfia
e os políticos. Assim, os bandidos viraram mocinhos e os xerifes se tornaram os
bandidos *** Trocando de saco para mala: o preço da soja em queda livre
durante a semana preocupou os agricultores. Acredita-se em breve recuperação já
se pensando na nova safra.
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