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Carlos Sperança

Migração goiana e a herança política


Migração goiana e a herança política - Gente de Opinião

Nomes e CPFs

Em meio aos muitos estudos que sinalizam para o ganho de muitos bilhões de dólares obtidos pelos produtores amazônicos voltados para a sustentabilidade e a proteção da floresta há também os estudos sobre prejuízos decorrentes da prevaricação e da conivência com as práticas predatórias e os crimes ambientais. Um deles vem da respeitada equipe de técnicos do Banco Mundial e aponta em seu Relatório sobre Clima e Desenvolvimento as perdas que o Brasil teria se a devastação não cessar, chegando ao ponto sem retorno da savanização.

Dela, prevista por volta de 2030, até 2050, seriam prejuízos orçados em torno de R$ 920 bilhões. Pode-se imaginar o que pensarão nossos netos quando observarem como foi feita a eliminação da floresta, ao mergulharem no passado acessível pela realidade virtual, no futuro tão comum quanto hoje é acessar vídeos no TikTok. Difícil supor que tenham de nós o mesmo orgulho que temos de nossos avós pioneiros e desbravadores.

A Inteligência Artificial e seus arquivos implacáveis e contundentes darão até os nomes e CPFs dos criminosos, prevaricadores e coniventes. Hoje se diz que “o homem causou a seca no Nordeste”. Se o destino da Amazônia for a savanização, não se dirá mais “o homem”, de forma impessoal, mas quem são os homens e as empresas que na economia, na política, nas instituições e na sociedade civil levaram a tamanha destruição.

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Na BR 319

Depois de uma corrida pela Esplanada dos Ministérios e uma conversa com o ministro dos Transportes Jader Filho, o governador do Amazonas Wilson Lima anunciou para em 60 dias o início da construção das duas pontes que desabaram na Rodovia 319, que liga Porto Velho a Manaus. O mandatário também anunciou para julho a pavimentação de mais um lote da estrada que ainda sofre com lamaçais interrompendo o transporte de cargas com o restante do País. Também perambulando pela capital federal o prefeito Davi Almeida confirma recursos para a construção de 5 mil casas para atender a população vítima das enchentes em Manaus.

Uma sugestão

Em vista das dificuldades que os prefeitos do estado e a própria Associação Rondoniense de Municípios-AROM enfrentam com projetos técnicos em busca de recursos e suas tramitações nos Ministérios, geralmente muito demoradas, exigindo melhores acompanhamentos, seria interessante que a prefeitura de Porto Velho ou a própria entidade que congrega os alcaides montar uma representação em Brasília. Lá, com técnicos, poderia agilizar os projetos contendo os pleitos rondonienses. Hildon que seguirá na AROM depois dos eu mandato, teria uma boa carta para se interiorizar ajudando as municipalidades interioranas.

No Belmonte

Em sérias dificuldades depois que foram expulsos das reservas Yanomanis em Roraima, os garimpeiros rondonienses fazem o que podem para ganhar a vida em Porto Velho, enquanto aguardam perspectivas de novas frentes de garimpagem em Rondônia e no Amazonas. Em Porto Velho, mesmo com o garimpo também proibido, alguns aguardam as noites, para se lançar ao garimpo do ouro no madeirão, na região do Belmonte, numa distância de menos de 20 Km do centro da capital. A coleta do precioso metal é baixa, mas segundo depoimentos colhidos no Cai N’Água dá para quebrar o galho.

Migração goiana

Com enorme migração em Rondônia, os goianos têm se dedicado as mais diversas atividades desde os idos do território federal de Rondônia. Com isto, goianos ilustres foram eleitos a governador, como Jeronimo Santana, a senador caso de Olavo Pires, José Vieira Guedes prefeito de Porto Velho, deputados estaduais como João Dias Vieira e federais, caso de Assis Canuto, que chegou a ser vice-governador. Da nova geração de goianos se destaca o deputado federal Fernando Máximo, considerado forte concorrente a prefeitura de Porto Velho no pleito do ano que vem.

Herança política

Existe uma disputa encarniçada pela herança política do presidente Luís Inácio Lula da Silva e do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Ocorre que tanto as lideranças a esquerda, como as da direita não acreditam, pelos mais diversos motivos que ambos disputem a presidência da republica novamente. Desta forma, os ministros Fernando Haddad, Alexandre Padilha e Flavio Dino se digladiam pelo lado dos petistas pelo espólio, e do lado bolsonarista os governadores Romeu Zema (Minas Gerais), Tarcísio de Freitas (São Paulo) e o senador e ex-vice de Bolsonaro Hamilton Mourão.

Via Direta

*** Depois de liderar durante anos o desmatamento na região amazônica, Rondônia hoje é ultrapassado por estados como Amazonas, Mato Grosso e Pará *** Em novas frentes agrícolas como o AC e RR também o bicho está pegando com desmate para   soja e a pecuária bovina *** Na primeira sondagem extraoficial para a sucessão do governador Marcos Rocha em 2026 estão o senador Jaime Bagatolli (PL), o prefeito de P. Velho Hildon Chaves (PSDB) e o vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) *** A esquerda segue desnutrida de intenções de votos. Será necessária uma baita coalizão para enfrentar os favoritos *** Na mesma amostra, para 2024, em PVH estariam ponteando Fernando Máximo, Mariana e Leo Moraes. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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