Quarta-feira, 25 de novembro de 2020 - 08h05
Quando
o economista Rafael Correa se elegeu presidente do Equador, em 2006, e agora,
com a eleição do também economista Luiz Arce, na Bolívia, ficou claro que o
eleitor escolheu um especialista para lidar com o problema que mais complicava
sua vida: a economia. Se essa regra valesse no Brasil, um médico – outro
Juscelino Kubitschek – poderia chegar à Presidência, considerando a pesquisa Decisores
da Amazônia, pela qual três em cada quatro pessoas apontam a saúde como o maior
problema.
Pelo
Brasil afora a situação não é diferente. Mas se JK foi um sucesso de mídia e
projetou uma bela imagem do Brasil no exterior, fracassou na economia. Desde sua
época a economia é apenas um de muitos problemas e por isso os eleitores dão
sinais de que pretendem sempre eleger um milagreiro. Em lugar de JK, por
exemplo, o eleitor escolheu alguém que considerava sábio, peitudo, decidido e
capaz de fazer milagres com uma vassoura: Jânio Quadros. Que em poucos meses trocou
os pés pelas mãos e fracassou em tudo, entregando o país a uma crise
generalizada.
Milagres,
já se viu, não dão em árvores e raramente saem das urnas. Se eventualmente pudessem
vir das árvores, os milagres certamente não brotariam de incêndios florestais ou
derrubadas clandestinas para comércio ilegal. Resolver problemas não é tarefa
para um falso milagreiro, mas para muitos especialistas.
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Eleições 2020
Com
o reforço do deputado federal Leo Moraes (Podemos) a candidata do PP, Cristiane
Lopes espera uma virada contra o prefeito tucano Hildon Chaves (PSDB) que busca
a reeleição neste segundo turno. Como se sabe, o deputado Leo Moraes era considerado
favorito na peleja, desistiu e recentemente se incorporou a campanha da
vereadora. Até agora, tanto o ex-governador Ivo Cassol, como a deputada
Jaqueline não apareceram na campanha. Estão invisíveis.
Lado tucano
No
lado tucano quem está invisível é o ex-senador Expedito Junior, aconselhado a
ficar de fora, já que sua presença na campanha do prefeito tucano supostamente
causaria prejuízo. As coisas estão assim: Cristine oculta Ivo e Jaqueline, Hildon
Expedito Junior. Estamos nos últimos dias de campanha e deve sair ainda mais
uma pesquisa do Ibope, provavelmente referendando a vantagem do tucano desde o
primeiro turno sobre sua oponente.
Festividades
Durante
a semana - e devem seguir durante os próximos dias - seguem as festividades relativas
a criação dos municípios de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Pimenta Bueno e
Vilhena, todos completando 43 anos de emancipação política administrativa do
município mãe, Porto Velho, criados por decreto pelo presidente Ernesto Geisel
em 1977. Até então, o Território Federal de Rondônia contava apenas com dois
municípios: Porto Velho e Guajará Mirim. A explosão migratória ocorreu ao final
dos anos 70.
Sem palanque
O
governador Marcos Rocha, que começa a tocar seu projeto de reeleição, acabou
ficando sem palanque no segundo turno em Porto Velho em vista da derrota do ungido
Breno Mendes (Avante). Outro governadorável que ficou sem palanque foi o deputado
federal Lucio Mosquini do MDB, com Williames Pimentel tendo um desempenho
vexaminoso. Para os adversários, eles - Rocha
e Mosquini- foram os grandes derrotados
e os reflexos virão nas eleições de 2022.
Macacos velhos
Em
alguns estados, os macacos velhos da política se deram bem, como em Curitiba
com o prefeito Rafael Grecca se elegendo em primeiro turno. Já, em Manaus, o
ex-governador Amazonino Mendes chegou ao segundo turno e agora tem dificuldades
de emplacar seu nome. Mas muitos dos candidatos novos, como em Recife, são
oriundos de famílias tradicionais, como João Campos, filho do falecido governador
Eduardo Campos e neto de Miguel Arraes. Tratando-se de Rondônia os clãs
políticos mais tradicionais perderam o vigor depois de 30 anos de hegemonia.
Via Direta
*** Muitos temas importantes ficando fora
dos debates dos candidatos no segundo turno em Porto Velho *** Pouco se fala do
novo Plano Diretor, da nova rodoviária, providências contra invasões, barreiras
de contenção no Madeira e loteamentos clandestinos esquecidos *** Segue a novela da construção do Centro Político
e Administrativo do Acre, em Rio Branco. A primeira grande alteração do projeto
inicial foi a mudança do local da obra, orçada em R$ 300 milhões ***A edificação
terá contrapartida de quase R$ 80 milhões do Banco do Brasil, lembrando a
negociação feita em Rondônia quando da construção do nosso CPA, iniciado pelo
governador Ivo Cassol e concluído pelo governador Confúcio Moura *** Os prefeitos eleitos já quebram a
cabeça com os orçamentos reduzidos por conta da pandemia.
Retaliações ao ex-prefeito Hildon Chaves é uma perda de tempo
O item que faltaQuando alguém se dispõe a investigar as razões pelas quais o turismo amazônico não consegue atrair tantos turistas quanto o arruina
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