Quarta-feira, 1 de junho de 2022 - 09h35
Hora
de fazer contas. Publicado na revista “Perspectives in Ecology and
Conservation”, um estudo de pesquisadores brasileiros e estadunidenses estima,
pela primeira vez, os custos mínimos para a preservação do bioma. Proteger cerca
de 3,5 milhões de km² custaria sete vezes menos que para preservar as áreas
protegidas na Europa, entre 1,7 e 2,8 bilhões de dólares anuais. Há mais
números para jogar na ponta do lápis: criar 1,3 milhões de km² de novas áreas
preservadas custaria de 1 bilhão a 1,6 bilhão de dólares em investimentos
iniciais.
Hora
também de chamar o mundo a prestar atenção nos números. Se um país desenvolvido
investe cerca de 5,3 bilhões por ano para manter cerca de 1 milhão de hectares
em seu território, pagaria menos da metade mantendo essa mesma extensão no
território amazônico. É conta bem simples. Não requer se debruçar por horas em
cima de complexas planilhas.
Surge,
assim, a pergunta: se proteger 85% da Amazônia custará no máximo 3 bilhões de
dólares por ano, quanto é possível arrecadar com a prestação de serviços ambientais
na floresta preservada? Reflorestar apenas 10% do que foi desmatado (cerca de 6
milhões de hectares) permitiria a geração de R$ 132 bilhões de receita e tirar
da atmosfera 2,6 bilhões de toneladas de CO². Desde já, deixar de fazer essas
contas será o mesmo que rasgar dinheiro. Nem é sobre ecologia: é economia.
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Saída honrosa
Nos
bastidores se espalharam os boatos dando conta da desistência de um dos
favoritos a corrida ao Senado, Expedito Junior (PSD). Em troca da renúncia ele
indicaria sua esposa Val Ferreira (Rolim de Moura) para vice de Marcos Rogério
(PL) e aceitaria apoiar o empresário Jayme Bagatolli ao Senado. A articulação
até parecia habilidosa, pois com Valdir Raupp nas paradas e com o bolsonarismo
em pé de guerra contra ele, suas chances estariam mais reduzidas na peleja. Mas
tanto Expedito como Val Ferreira negaram os entendimentos e então ficou tudo na
mesma;
Duas cadeiras
Com
58 anos de idade, deixando esta disputa ao Senado, Expedito evitaria uma disputa
arriscada e elegendo aliados – Marcos Rogério ao governo por exemplo – ele
teria as melhores chances daqui a quatro anos, quando serão renovadas duas
cadeiras sem ter concorrentes mais cascudos pela frente. Lembrando que Expedito
é imbatível nos pequenos e médios municípios nas disputas ao governo e ao
Senado e a fragmentação de votos com tantos candidatos nesta temporada também
coloca ele no páreo e com boas chances de galgar a cadeira. Para se ter uma ideia
da força de Expedito no interior, ele chegou a obter quase 100 por cento dos
votos em municípios pequenos na década passada.
Seca chegando
Para
uma região que até pouco tempo tinha chuvas abundantes até parece estranho falar
em secas. Mas a estiagem já está chegando
em algumas regiões da Amazonia e a seca começou pelos rios do Acre. Não
tardou a chegar em Rondônia, naquele efeito Orloff já tão conhecido O caudaloso
Rio Madeira baixou rapidamente. O que acontece hoje no Acre, rola amanhã em Rondônia.
Alguns rios rondonienses começaram a baixar e o lençol freático de Porto Velho esta
minguando em algumas regiões da cidade. Tudo indicando uma estiagem severa, com
calorão e queimadas de lascar.
Que decadência!
O PSDB já foi um grande partido em Rondônia.
Elegeu governadores, como Ivo Cassol, contou com lideranças do porte do ex-prefeito
José Guedes, teve Sartori como Senador, a vice-governadora Odaísa Fernandes, e
em todo pleito tenha candidatos competitivos a Assembleia Legislativa, Câmara dos
Deputados, Senado e até ao governo de Rondônia. Decadente, o partido perdeu
Cassol, depois Expedito, mais recentemente a própria presidente estadual do partido
Mariana Carvalho, o vice-prefeito da capital Mauricio Carvalho e muitas
lideranças seguem abandonando o ninho tucano.
Nos escombros
Nos
escombros tucanos só restou o prefeito Hildon Chaves, que tornou o partido um
puxadinho do União Brasil, onde instalou sua esposa Ieda Chaves para disputar a
Assembleia Legislativa. Nem ele, o alcaide, acreditou no PSDB para eleger sua
esposa, tão desacreditada está a legenda. Com tanta desgraceira, o PSDB não
conta com candidatos próprios ao Senado, ao governo do estado e a Câmara dos
Deputados. A sua nominata de postulantes à Assembleia Legislativa é de um
partido nanico, com nomes em dificuldades de aumentar a atual representatividade
da legenda. Um quadro lamentável.
Via Direta
*** Desiludidos com o Brasil, os imigrantes
brasileiros que desembarcam nos Estado Unidos já buscam a naturalização. Os
rondonienses seguem o mesmo modus operandi dos mineiros, capixabas e
paranaenses ***
A presidenciável Simone Tebet (MDB) comemora o fato de ser a única mulher na
peleja a presidência da república e sua esperança é se projetar no eleitorado
feminino, bem superior ao masculino no País *** Gente, não tem cara mais sensível do que o presidente russo Putin: diante das
mais de 100 vítimas das chuvas no Nordeste brasileiro ele enviou manifesto de
pesar ao seu amigo Jair Bolsonaro *** Com relação aos mais de 20 mil
ucranianos que matou na guerra e tantos outros que continuam levando as bombas
nas fuças ele não diz nada *** E olha
que a maioria das vítimas é de russos e descendentes de russos. É coisa de
louco!
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