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Carlos Sperança

O bem e a violência + A força do MDB + A canibalização + Disputa bem acirrada


O bem e a violência + A força do MDB + A canibalização + Disputa bem acirrada - Gente de Opinião

O bem e a violência

Como as ongs, nem todas as missões que se apresentam como religiosas têm realmente os bons propósitos assinalados em seus títulos e descrições. Os povos indígenas têm uma rica espiritualidade, calcada em elementos da natureza, diferente, mas não inferior à espiritualidade pura dos valores considerados de fato cristãos, que não se contaminam com assuntos mundanos, como ânsia de poder e acumulação de riquezas.

Com Agustina Rivas, mais conhecida como Irmã Aguchita, da Congregação do Bom Pastor, beatificada há pouco pela Igreja Católica, deu-se o caso de unir nas mesmas ações os valores cristãos e o ativismo em favor dos povos da floresta. A Irmã Aguchita foi morta em um ataque guerrilheiro em 1990, quando apoiava o povo Ashaninka, no Peru, em ações missionárias de saúde, educação e assistência social.

Ela, porém, não se limitava a atividades religiosas de caridade e catequese familiar. Dedicando-se especialmente às mulheres, estimulou projetos de geração de renda e formação de grupos ativistas juvenis. Seu martírio comoveu a Amazônia e o Papa Francisco aprovou a beatificação de Aguchita por sua dedicação aos mais pobres em um período de polarização política e violência social. Do martírio de Aguchita ficou a lição de que o bem merece ser lembrado para sempre. Os brigões daquela época, outra lição, foram para a lata de lixo da história.

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Os candidatos

Com a proximidade das convenções partidárias que vão se prolongar até meados de agosto, os partidos vão lançando os seus candidatos ao governo de Rondônia. Já estão anunciados o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), tocando seu projeto de reeleição, o senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), Leo Moraes (Podemos-Porto Velho), Vinicius Miguel (PSB-Porto Velho) e ainda Daniel Pereira (Solidariedade-Porto Velho) especulado tanto ao governo como ao Senado e ainda Anselmo de Jesus (Ji-Paraná) que tanto pode ser candidato ao governo como vice.

A força do MDB

Neste cenário acima descrito também não está descartada uma candidatura do MDB, partido que mais elegeu governadores em Rondônia, com Jeronimo Santana (1986), Valdir Raupp (94), Confúcio Moura que foi eleito em 2006 e reeleito 2020. A legenda tem forte estrutura e tenta convencer o atual senador Confúcio a disputar o governo estadual mudando inteiramente os rumos da corrida sucessória rondoniense. A conclusão das lideranças do partido que empurram Confúcio para a disputa é que com ele a legenda fortalece as nominatas a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados e torna o candidato do partido ao Senado, seja Raupp ou Amir Lando, mais forte e competitivo para a contenda.

A canibalização

Com estas postulações ao CPA circulando nos meios políticos regionais é possível constatar uma baita canibalização política em Porto Velho. Este quadro divisionista com tantas postulações com domicilio na capital, beneficia diretamente ao único candidato até agora do interior do estado, o senador Marcos Rogério (PL), um dos nomes apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro em Rondônia. Lembrando que o interior é bairrista e por este motivo elegeu mais governadores do que a capital. São os casos de Valdir Raupp (1994-Rolim de Moura), José Bianco (98-Ji-Paraná), Ivo Cassol (Rolim -2002 e 2006), Confúcio Moura (Ariquemes -2010 e 2014). E Expedito Junior (Rolim) raspou a trave duas vezes

Rural Show

A partir de segunda-feira todas as atenções estarão voltadas ao Rondônia Rural Show em Ji-Paraná que com certeza vai refletir a importância do agronegócio no estado tamanha as expectativas já criadas. Atentas as oportunidades de se aproximar da população, tanto a Assembleia Legislativa de Rondônia, como a Comissão da Agricultura do Senado se farão presentes enfocando os temas de importância para o nosso estado. Todos caminhos levam a capital da BR e os políticos vão se fartar de manter contatos olho no olho com o eleitorado.

Bem acirrada

A disputa pelas 24 cadeiras da Assembleia Legislativa de Rondônia na eleição de outubro está ficando bem acirrada com nomes expressivos entrando na peleja. São os casos de Ieda Chaves (União Brasil-Porto Velho), atual vice-governador Zé Jodam (PSC-Rolim de Moura), ex-vice-governador Ayrton Gurgacz (PDT-Ji-Paraná). A disputa será mais competitiva em Porto Velho, com tantos vereadores se voltando contra os atuais deputados estaduais da capital e macacos velhos da política local, como o ex-prefeito e ex-deputado federal Carlinhos Camurça.

Via Direta

*** É coisa de louco! Além de bilhões de recursos oriundos dos fundos partidários, os pré-candidatos na temporada de 2022 também foram autorizados a efetuar vaquinhas virtuais de arrecadação *** É mais um  reforço de caixa para os pilantras *** Os principais polos regionais do  interior de Rondônia, casos de Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena pecam pela desunião política lançando um  exagerado número de candidatos a Assembleia Legislativa e Câmara dos  Deputados *** Com tanta fragmentação de votos nas cidades polos, municípios menores, mas unidos terão condições de emplacar seus representantes ** Assim já aconteceu  em pleitos anteriores com Maurão de Carvalho (Ministro Andreazza), Laerte Gomes (Alvorada do Oeste), Toninho Geraldo e Chico Paraíba (Presidente Medici), Neodi Carlos (Machadinho), entre outros casos já conhecidos *** Dos federais, a proeza foi de Lindomar Garçon  (Candeias do Jamari).

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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