Sexta-feira, 27 de maio de 2022 - 08h23
As
mães têm o hábito recorrente de recomendar aos filhos levar um casaco ao sair
de casa. As mais precavidas de hoje exigem levar também máscara e álcool em
gel, pois os vírus antigos se somam aos novos perigos e têm lotado os serviços
médicos nas regiões com maior incidência de poluição.
A
Organização Meteorológica Mundial, uma espécie de mãe das nações, aconselha ao
Brasil sair com dois casacos: um, parar o desmatamento criminoso na Amazônia;
outro, reflorestar áreas degradadas. Por soberania nacional, essas tarefas cabem
ao governo brasileiro, mas também suscitam duas considerações. Uma, a floresta
é multinacional e o combate aos crimes ambientais requer cooperação internacional.
Duas, reflorestar demanda investimentos e, com a pobreza aumentando no país, o
orçamento apertado faz necessário atrair recursos externos.
No
resumo da ópera, na mesma toada em que a OMM faz ao Brasil dois pedidos
importantes, nosso país precisa dizer à mãe mundial, em seu zelo extremoso pela
qualidade do clima, também pensar em sugerir aos demais filhos apoiar a fabricação
de bons casacos para a prevenção e combate à criminalidade na Amazônia, com forros
feitos de dólares para projetos imediatos de reflorestamento. Neste momento, o
casaco da segurança está furado pelos ratos criminosos, o da gestão é puído
pelos prevaricadores e o forro do reflorestamento ainda é ralo.
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Cartas na manga
Vejam
as cartas dos quatro principais pré-candidatos ao governo de Rondônia nas
eleições de outubro. Sem os ex-governadores Ivo Cassol (PP) e Confúcio Moura
(MDB) é considerado favorito agora o atual governador Marco Rocha (União
Brasil). Todos admitem que se trata de uma eleição em dois turnos e Rocha já
largaria com um pé no segundo. Neste caso, a oposição representada por Leo Moraes
(Podemos), Marcos Rogério (PL) e Daniel Pereira (Solidariedade) travariam uma
dura luta pela outra vaga. Rocha está reforçado até o talo com a cooptação de
importantes lideranças, como Hildon Chaves e Cristiane Lopes. E tem o pix a
mão.
Marcos Rocha
O
atual governador Marcos Rocha (União Brasil) é considerado com maiores chances
para a primeira vaga no segundo turno pelo fato de ter a melhor média de
aprovação nos municípios, mas enfrenta um forte colégio eleitoral adverso, que
é Porto Velho, com um terço do eleitorado rondoniense. Tem como cartas na manga
para a reeleição, além do bolsonarismo: pagamento rigorosamente em dia dos
servidores e dos fornecedores e boa taxa de crescimento do PIB, o que contou
muito na reeleição dos ex-governadores Cassol e Confúcio. É forte no meio
evangélico e perante o eleitorado bolsonarista. Ele tem como seu calcanhar de
Aquiles a saúde e segurança pública.
Leo Moraes
O
deputado federal Leo Moraes (Podemos) em todas as instâncias que atuou foi o
mais eficiente político rondoniense. Não falta preparo: foi o melhor vereador
de Porto Velho, o melhor deputado estadual do estado na sua legislatura e se
tornou o deputado federal mais destacado da bancada federal rondoniense. Por
tudo isto, e o fato de ter sido o deputado federal mais votado, se atribui a
ele a possibilidade de uma boa vitória na capital. Seu desafio para chegar ao
segundo turno é reforçar suas paliçadas no interior de Rondônia, onde estão concentrados
dois terços do eleitorado do estado.
Marcos Rogério
O
senador Marcos Rogério (PL) aposta na força do bolsonarismo e na sua aprovação
perante o eleitorado evangélico em Rondônia, cujo estado como se sabe, tem um
dos maiores percentuais no pais, por coincidência também, ambos segmentos bases
do atual governador Marcos Rocha, que é a sua pedra no sapato. Ótimo tribuno,
bom articulador, a candidatura do senador liberal também é favorecida pelo fato
dele ser o único representante do interior. Isto conta muito, a maioria dos
governadores de Rondônia saiu no interior. Seu ponto fraco é a capital – que não
é tão bolsonarista e tampouco evangélica – onde sai em desvantagem com Leo Morais
e até com Marcos Rocha.
Daniel Pereira
Ex-deputado
estadual, ex-governador, Daniel Pereira (Solidariedade) é a melhor opção da Frente
Popular de Esquerda para enfrentar a força dos favoritos. Tem boas cartas para
surpreender: a primeira é o expressivo apoio dos servidores públicos, da classe
dos professores e dos estudantes. Também viria ao embate com as bênçãos de
Lula, o ex-presidente considerado nas pesquisas favorito para as eleições
presidenciais. Pereira também é um dos herdeiros dos votos do ex-governador Confúcio
Moura de quem foi vice. Com Confúcio no seu palanque aumentariam suas chances
também no Vale do Jamari, a região mais populosa do interior do estado.
Via Direta
*** Os chamados “macacos velhos” da política
estão firmes na disputa de cargos eletivos nas eleições deste ano. Em Porto
Velho, Carlinhos Camurça a Assembleia Legislativa e Amir Lando ao Senado *** Em Ouro Preto, Rosaria Helena e Carlos
Magno, ex-deputados estaduais *** Na busca do pódio, depois de seguidas
derrotas, também os ex-deputados federais Lindomar Garçom (Candeias do Jamari)
e Luís Claudio (Rolim de Moura). Nilton Capixaba
(Cacoal) bem que queria participar do pleito de outubro, mas está impedido pela
justiça. Ficou inelegível *** O prefeito
de Porto Velho Hildon Chaves coordena a campanha de sua esposa Ieda Chaves a Assembleia
Legislativa na capital. Vamos ver se ele consegue transferir votos criando seu
clã político na capital. A loira é uma das favoritas na temporada.
Acabaram as alagações do Hildão, chegaram as alagações da era Leo Moraes
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