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Carlos Sperança

O Conselho Militar + Temas esquecidos + Rodoviária da capital volta a tona + A regularização


O Conselho Militar + Temas esquecidos + Rodoviária da capital volta a tona + A regularização - Gente de Opinião

O Conselho Militar

Provável resultado do Efeito Biden, pela vitória do candidato democrata por larga margem sobre o presidente Donald Trump, já não são mais ongs ambientalistas demonizadas pela extrema-direita que advertem para as consequências do desmatamento na Amazônia. Ficou difícil de negá-lo aos olhos vigilantes do Big Brother montado nos satélites da Nasa e demais espiões que infestam o espaço do planeta na forma de OVNIs inexplicáveis.

Vem daí que o Conselho Militar Internacional sobre Clima e Segurança alerta: “A Amazônia em risco coloca em risco a segurança do Brasil”. É um puxão de orelhas muito sério: “O Brasil não está adequadamente preparado para os impactos dos fatores de estresse relacionados às mudanças climáticas previsíveis em sua segurança, economia, base de recursos naturais e infraestrutura nacional crítica, especialmente suas usinas hidrelétricas e instalações militares”.

Mas quem são esses conselheiros militares para atacar o Brasil dessa forma tão franca e direta? São chefes militares, especialistas em segurança e instituições de segurança de 38 países, cujo papel é antecipar, analisar e enfrentar os riscos de segurança de um clima em mudança climática. Se o Brasil merece o ataque dos especialistas militares desses 38 países é algo que ainda requer uma resposta adequada do governo brasileiro. Ficar sem resposta é que não pode.

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4 de Janeiro

Aproxima-se mais um 4 de janeiro, data da instalação do estado de Rondônia em 1982, quando nossa população era de aproximadamente 500 mil almas e a migração entrava no auge, época que não existia problema com aglomerações proibidas atualmente pela pandemia. Haviam grandes aglomerações nos garimpos, nas ruas de Porto Velho, nas rodoviárias do interior com a chegada dos colonos para desbravar o então território. Chegamos a data agora no ápice da pandemia e teremos uma comemoração com os rondonienses reclusos em suas casas. 

Temas esquecidos

Alguns temas cruciais para o município de Porto Velho não foram devidamente debatidos entre os 16 candidatos que disputaram as eleições municipais. Cito o caso do Distrito Industrial tão necessário para a geração de empregos e abandonado por seguidas gestões no então Paço Tancredo Neves e as barragens de contenção da orla do Rio Madeira no perímetro urbano da capital rondoniense. O Plano Diretor chegou a ser mencionado, mas sem a devida importância que merece.

Nova rodoviária

A questão da nova rodoviária da capital volta a tona. É um jogo de empurra que vem desde os tempos das administrações do governador Confúcio Moura e do prefeito Roberto Sobrinho. Sobrinho garante que deixou recursos para a construção do terminal que foram usados para outros fins pelo sucessor Mauro Nazif. Confúcio Moura prometeu e chegou a elaborar um projeto moderno e sofisticado, mas não cumpriu. Hildon Chaves usou o assunto como tema de campanha e depois esqueceu jogando a culpa no atual governador Marcos Rocha. Ficou tudo no jogo de empurra.

A regularização

O governo de Rondônia comemora a lei da regularização fundiária e até aí eu também festejo. Mas a regularização fundiária não está emperrada por falta de leis, existem dezenas delas criadas e não cumpridas e tantos programas lançados, como o Terra Legal, mas nenhum atendeu seus objetivos. Só em Rondônia mais de 100 mil propriedades esperando a titulação há quase três décadas diante de um Incra inoperante e a falta de prioridade das esferas federais para um problema que tem causado até chacinas em território rondoniense.

A renovação

Tivemos uma baita renovação dos quadros da Câmara de Vereadores de Porto Velho no pleito 2020, fora a desistência de Alan Queiros de não concorrer a um novo mandato e da vereadora Cristiane Lopes disputar a prefeitura de Porto Velho. Vamos ver se a casa de leis se renova com qualidade, embora no cesto destas maçãs existam dois edis que já foram presos por mal feitos que todos já sabem. As últimas legislaturas foram decepcionantes.

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Via Direta

*** Com as mudanças causadas pela eleição de deputados a prefeituras e cassação de outros parlamentares, Porto Velho poderá chegar a 10 representantes na Assembleia Legislativa em 2021 *** Alan Queiroz (PSDB) e Ribamar Araújo (PR) são dois parlamentares assumindo mandatos no ano que vem. Queiroz já em janeiro. Ambos são fichas limpas *** A crise hídrica se espraia pelo Brasil inteiro. Os estados de Santa Catarina e Paraná sofrem as consequências da falta de chuvas no agronegócio *** Mas coisa de louco é Porto Velho, as margens do Rio Madeira, padecer com mais da metade da população sem água encanada e com três usinas hidrelétricas pagando a energia mais cara do País *** As esferas federais estão nos fazendo de trouxas, nos tratando como colônia, da mesma forma que Portugal fazia com o Brasil na época de Tiradentes.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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