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Carlos Sperança

O milagre e o pesadelo + Curva de rio + De joelhos + Marcos Rocha com a maioria


O milagre e o pesadelo + Curva de rio + De joelhos + Marcos Rocha com a maioria - Gente de Opinião

O milagre e o pesadelo

Não se vende geladeira para esquimó, não há escassez de areia no deserto do Saara e haver crise hídrica no Brasil, um paraíso de águas, parece um absurdo, mas esse pesadelo já faz parte da realidade brasileira desde a percepção da primeira grande seca no Nordeste, em 1844, e da segunda, em 1877, que espalhou nordestinos desesperados entre a Amazônia e as vacarias do Sul.

No Nordeste, o problema das secas deveria estar resolvido com recursos tecnológicos, mas interesses políticos retardam as ações que libertariam a população dos “presentinhos” do governo, como auxílios emergenciais e bolsas compensatórias.

Para o resto do país, a crise hídrica é um pesadelo apavorante. Por mais que haja causas naturais em jogo, como no caso nordestino, o imobilismo (ou oportunismo) político também pioram as condições que agravam o problema. Misto de imobilismo com oportunismo, negar os problemas ou atribuir a culpa a outros é um péssimo hábito cultivado no terreno político, mas o choque da realidade tratará de denunciar sua perversidade. O milagre da água não pode virar pesadelo.

  O desmatamento na Amazônia, por exemplo, já afeta a agricultura, segundo a pesquisadora Laura de Simone Borma, do Inpe, o que fatalmente vai trazer perturbações para a economia do Sudeste e do Sul. Se é alarmismo da cientista, que ela seja punida. Se é fato, que os omissos sejam responsabilizados.

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Curva de rio

A prisão recente de lideranças do crime organizado do Nordeste por aqui demonstra o quanto Porto Velho tem se tornado curva de rio com o crime organizado. Desde a instalação do presídio federal na região, a criminalidade tem aumentado, principalmente com relação ao tráfico de drogas que tem lotado nossas penitenciárias e as de Rio Branco (Acre) também - com a presença de parentes e comparsas de expoentes do narcotráfico de todo o País. Aonde vamos parar?

Com maioria

Com maioria conquistada na Assembleia Legislativa, o governador Marcos Rocha (sem partido) tem aprovado todos os projetos de interesse do Executivo na casa de leis. E pensar que no início do seu mandato, depois de alguns estremecimentos com deputados. fala-se até no impeachment do mandatário. A articulação do CPA trabalhou bem e as melancias foram se acomodando dentro do caminhão depois de tantos tapas e beijos. Atualmente Rocha governa com tranquilidade e já projeta sua reeleição para mais quatro anos de mandato.

Orçamento 2021

Agora os deputados estaduais se voltam para a discussão e aprovação do orçamento estadual de 2021, sempre deixado para o final do ano para encaixar todas as emendas impositivas nos valores fixados pelo Executivo estadual. Nos governos anteriores sempre existiram acordos e a situação se complicava apenas quando no término do mandato do governador quando a brigava fica feia entre governistas e oposicionistas.

Terras caídas

 Típico no inverno amazônico nas regiões de Rondônia, Pará e Amazonas o fenômeno das terras caídas volta a causar problemas as margens do Rio Madeira em Porto Velho. Os desbarrancamentos aumentaram nos últimos dias nos bairros pertencentes a figura “A” na capital e nas localidades ribeirinhas. No Amazonas a cidade mais atingida é Parintins que recebeu aporte de R$ 68 milhões destinados a implantação de barreiras de contenção.

De joelhos

 Dois governadores ainda trabalham para salvar o pescoço de impeachment: no Amazonas Wilson Lima e em Santa Catarina, Carlos Moises. Um terceiro, já afastado, é considerado caso perdido, que Wilson Witzel, no Rio de Janeiro. A primeira providência dos governadores com risco de perder os mandatos é se ajoelhar diante dos deputados estaduais para acordos. No Rio de Janeiro nem isto – verbas generosas e secretarias polpudas - deu certo para Witzel livrar da degola.

 

Via Direta

 *** Em Rondônia vários prefeitos chegam ao final dos seus mandatos enrascados com a justiça por malversação dos recursos públicos e a utilização do maquinário de suas municipalidades em suas propriedades *** Um Natal sem brilho em Porto Velho. O jeito é se encantar com a decoração e iluminação em Ji-Paraná e Ariquemes. Lá o TCE não meteu o bico *** O vereador Alan Queiroz elegeu um irmão a vereador na capital e já prepara a fatiota para assumir uma cadeira na Assembleia Legislativa no lugar do deputado eleito prefeito Fúria em Cacoal *** Trocando de saco para mala: em alguns estados, como Paraná e Santa Catarina os governadores apertaram as medidas sanitárias até aplicaram toque de recolher em combate ao coronavirus.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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