Sexta-feira, 4 de dezembro de 2020 - 10h07
O milagre e o pesadelo
Não
se vende geladeira para esquimó, não há escassez de areia no deserto do Saara e
haver crise hídrica no Brasil, um paraíso de águas, parece um absurdo, mas esse
pesadelo já faz parte da realidade brasileira desde a percepção da primeira
grande seca no Nordeste, em 1844, e da segunda, em 1877, que espalhou
nordestinos desesperados entre a Amazônia e as vacarias do Sul.
No
Nordeste, o problema das secas deveria estar resolvido com recursos
tecnológicos, mas interesses políticos retardam as ações que libertariam a
população dos “presentinhos” do governo, como auxílios emergenciais e bolsas
compensatórias.
Para
o resto do país, a crise hídrica é um pesadelo apavorante. Por mais que haja
causas naturais em jogo, como no caso nordestino, o imobilismo (ou oportunismo)
político também pioram as condições que agravam o problema. Misto de imobilismo
com oportunismo, negar os problemas ou atribuir a culpa a outros é um péssimo hábito
cultivado no terreno político, mas o choque da realidade tratará de denunciar sua
perversidade. O milagre da água não pode virar pesadelo.
O desmatamento na Amazônia, por exemplo, já
afeta a agricultura, segundo a pesquisadora Laura de Simone Borma, do Inpe, o
que fatalmente vai trazer perturbações para a economia do Sudeste e do Sul. Se
é alarmismo da cientista, que ela seja punida. Se é fato, que os omissos sejam
responsabilizados.
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Curva de rio
A
prisão recente de lideranças do crime organizado do Nordeste por aqui demonstra
o quanto Porto Velho tem se tornado curva de rio com o crime organizado. Desde
a instalação do presídio federal na região, a criminalidade tem aumentado,
principalmente com relação ao tráfico de drogas que tem lotado nossas penitenciárias
e as de Rio Branco (Acre) também - com a presença de parentes e comparsas de
expoentes do narcotráfico de todo o País. Aonde vamos parar?
Com maioria
Com
maioria conquistada na Assembleia Legislativa, o governador Marcos Rocha (sem
partido) tem aprovado todos os projetos de interesse do Executivo na casa de
leis. E pensar que no início do seu mandato, depois de alguns estremecimentos
com deputados. fala-se até no impeachment do mandatário. A articulação do CPA
trabalhou bem e as melancias foram se acomodando dentro do caminhão depois de
tantos tapas e beijos. Atualmente Rocha governa com tranquilidade e já projeta
sua reeleição para mais quatro anos de mandato.
Orçamento 2021
Agora
os deputados estaduais se voltam para a discussão e aprovação do orçamento estadual
de 2021, sempre deixado para o final do ano para encaixar todas as emendas
impositivas nos valores fixados pelo Executivo estadual. Nos governos
anteriores sempre existiram acordos e a situação se complicava apenas quando no
término do mandato do governador quando a brigava fica feia entre governistas e
oposicionistas.
Terras caídas
Típico no inverno
amazônico nas regiões de Rondônia, Pará e Amazonas o fenômeno das terras caídas
volta a causar problemas as margens do Rio Madeira em Porto Velho. Os
desbarrancamentos aumentaram nos últimos dias nos bairros pertencentes a figura
“A” na capital e nas localidades ribeirinhas. No Amazonas a cidade mais atingida
é Parintins que recebeu aporte de R$ 68 milhões destinados a implantação de barreiras
de contenção.
De joelhos
Dois governadores ainda trabalham para salvar o
pescoço de impeachment: no Amazonas Wilson Lima e em Santa Catarina, Carlos
Moises. Um terceiro, já afastado, é considerado caso perdido, que Wilson Witzel,
no Rio de Janeiro. A primeira providência dos governadores com risco de perder
os mandatos é se ajoelhar diante dos deputados estaduais para acordos. No Rio
de Janeiro nem isto – verbas generosas e secretarias polpudas - deu certo para
Witzel livrar da degola.
Via Direta
*** Em Rondônia vários prefeitos chegam ao
final dos seus mandatos enrascados com a justiça por malversação dos recursos
públicos e a utilização do maquinário de suas municipalidades em suas
propriedades *** Um Natal sem brilho em
Porto Velho. O jeito é se encantar com a decoração e iluminação em Ji-Paraná e
Ariquemes. Lá o TCE não meteu o bico *** O vereador Alan Queiroz elegeu um
irmão a vereador na capital e já prepara a fatiota para assumir uma cadeira na
Assembleia Legislativa no lugar do deputado eleito prefeito Fúria em Cacoal *** Trocando de saco para mala: em alguns
estados, como Paraná e Santa Catarina os governadores apertaram as medidas
sanitárias até aplicaram toque de recolher em combate ao coronavirus.
Léo Moraes tem desafios importantes pela frente, os vereadores estão famintos por secretarias
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