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Carlos Sperança

O semipresidencialismo e chover no molhado


O semipresidencialismo e chover no molhado - Gente de Opinião

O semipresidencialismo

Enquanto o mundo se encantava com a preparação dos atos solenes e festivos  e a coroação do rei Charles 3º, aumentava a disputa para saber quem, afinal, será o novo imperador do Brasil. As dificuldades enfrentadas pelo presidente Lula da Silva em terceiro mandato revelaram que o PT não soube compor a Frente Ampla e deixou o líder em sinuca de bico. O “imperador” mais cotado era o deputado Arthur Lira, vindo de espetacular reeleição à presidência da Câmara Federal, mas sofreu revezes no duelo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também cotado ao papel central em um já desenhado semipresidencialismo.

Os líderes do país podem brigar à vontade se seus tapas e cotovelaços não mexerem com os interesses imediatos das pessoas. O projeto das fake news, por exemplo, afeta mais as big techs e os mentirosos contumazes. O marco do saneamento tem como ser discutido, mas não desmontado.

O nó estará formado se as brigas prejudicarem o plano fiscal e a reforma tributária, que dispensam a grosseria dos insultos e a força dos murros na mesa. Exigem capacidade de diálogo e entendimento. Ou seja, patriotismo verdadeiro, além da ostentação de cores e pulmões fortes para cantar o hino. O futuro da Amazônia e sua bioeconomia dependem dessa capacidade e não dos impulsos animalescos de rugir e brigar. O Brasil não precisa coroar um rei, mas produzir um projeto de nação.

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Jogo de estratégia

O jogo de estratégia dos prefeitos da maioria dos municípios do interior de Rondônia é comprar ambulâncias – muitas entregues por deputados federais através de emendas parlamentares – visando mandar seus pacientes para Porto Velho. Na grande maioria das cidades, pela falta de estrutura, já que apenas o polo regional de Cacoal é melhor abastecido, mas tudo acaba desembocando na capital, cujos hospitais públicos estão apinhados. Não é possível está situação perdurar já que foram registrados casos da recepção de pacientes no HB até do Cone Sul rondoniense, a mais de 700 quilômetros de distância.

Chover no molhado

Falar do caos na saúde e no colapso da segurança pública é chover no molhado na capital rondoniense, cada vez mais perigosa para seus habitantes. As execuções a balas nos confrontos entre as facções criminosas estão cada vez mais comuns – todo dia tem gente baleada - e quem se salva vai aumentar as ocorrências dos nossos hospitais, seja para extração de balas ou para cirurgias necessárias causadas pelas refregas a facadas. Está instalado o terror e Porto Velho que já foi uma cidade com vida noturna movimentada e atualmente sofre as consequências da criminalidade.

Mais partidos

 No país são pelo menos mais 18 partidos em gestação em busca de aprovação e registros nas instâncias superiores da justiça eleitoral que mais à frente também vão rapinar os recursos do fundão eleitoral. Entre eles o Partido a Anticorrupção (PAC) e o renascimento da UDN, a União da Democracia Nacional. Mas temos também paralelamente pelo menos três processos de fusões e incorporações em sequência como são os casos do PTB com o Patriota, e com isto se criando o Mais Brasil, o PSC com o Solidariedade se juntando aos PROS. È a vida partidária cada vez mais frankstênica neste país.

PVH em obras

Com muitas obras em andamento, sejam reformas ou iniciadas, Porto Velho segue seu caminho gerando empregos. Pelo governo estadual, o inicio do Hospital Heuro, na Zona Leste. Nas proximidades do aeroporto internacional, no Espaço Alternativo, um baita estacionamento, na Av. Jorge Teixeira o início das obras da nova estação rodoviária. De forma conjunta a prefeitura da capital e o governo do estado tocam projetos de regularização dos terrenos urbanos e a malha de pavimentação chegando a novos bairros inclusive em regiões distantes do centro, no setor chacareiro.

Troca de rodoviária

A exemplo de Porto Velho, cuja construção da nova estação rodoviária causou tanta discordância na população e por isto só agora está sendo iniciado um novo terminal, a metrópole Manaus, com seus mais de 2 milhões de habitantes vivencia o mesmo drama. Operando numa deteriorada estação construída ainda em 1980 – a de Porto Velho era de 1979 – o terminal rodoviário da capital amazonense agoniza, mas sua localização é defendida pelas lideranças políticas. No entanto, o prefeito Davi Almeida está tratando da mudança do logradouro para um prédio em conclusão mais distante. A briga vai longe, como foi por aqui.

Via Direta

*** A Comissão do Meio Ambiente – CMA do Senado segue o debate em torno da exploração da mineração no País que ficou mais em evidencia com as invasões e prejuízos decorrentes no território Yanomâmi em Roraima *** Em Porto Velho, o secretário da Agricultura Carlos Magno anunciou que a partir de junho colocará em andamento mutirões para resolver os problemas relacionados as chuvas que danificaram centenas de quilômetros de estradas vicinais *** Muitas delas ainda estão intransitáveis não permitindo a entrada do maquinário para o encascalhamento ***O PSD do presidente estadual Expedito Neto começa a traçar as diretrizes para as eleições municipais do ano que vem.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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