Quarta-feira, 10 de maio de 2023 - 08h20
Enquanto
o mundo se encantava com a preparação dos atos solenes e festivos e a coroação do rei Charles 3º, aumentava a
disputa para saber quem, afinal, será o novo imperador do Brasil. As
dificuldades enfrentadas pelo presidente Lula da Silva em terceiro mandato
revelaram que o PT não soube compor a Frente Ampla e deixou o líder em sinuca
de bico. O “imperador” mais cotado era o deputado Arthur Lira, vindo de espetacular
reeleição à presidência da Câmara Federal, mas sofreu revezes no duelo com o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também cotado ao papel central em um já
desenhado semipresidencialismo.
Os
líderes do país podem brigar à vontade se seus tapas e cotovelaços não mexerem
com os interesses imediatos das pessoas. O projeto das fake news, por exemplo,
afeta mais as big techs e os mentirosos contumazes. O marco do saneamento tem
como ser discutido, mas não desmontado.
O
nó estará formado se as brigas prejudicarem o plano fiscal e a reforma
tributária, que dispensam a grosseria dos insultos e a força dos murros na mesa.
Exigem capacidade de diálogo e entendimento. Ou seja, patriotismo verdadeiro,
além da ostentação de cores e pulmões fortes para cantar o hino. O futuro da
Amazônia e sua bioeconomia dependem dessa capacidade e não dos impulsos
animalescos de rugir e brigar. O Brasil não precisa coroar um rei, mas produzir
um projeto de nação.
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Jogo de estratégia
O
jogo de estratégia dos prefeitos da maioria dos municípios do interior de
Rondônia é comprar ambulâncias – muitas entregues por deputados federais através
de emendas parlamentares – visando mandar seus pacientes para Porto Velho. Na grande
maioria das cidades, pela falta de estrutura, já que apenas o polo regional de
Cacoal é melhor abastecido, mas tudo acaba desembocando na capital, cujos
hospitais públicos estão apinhados. Não é possível está situação perdurar já
que foram registrados casos da recepção de pacientes no HB até do Cone Sul
rondoniense, a mais de 700 quilômetros de distância.
Chover no molhado
Falar
do caos na saúde e no colapso da segurança pública é chover no molhado na capital
rondoniense, cada vez mais perigosa para seus habitantes. As execuções a balas
nos confrontos entre as facções criminosas estão cada vez mais comuns – todo
dia tem gente baleada - e quem se salva vai aumentar as ocorrências dos nossos
hospitais, seja para extração de balas ou para cirurgias necessárias causadas
pelas refregas a facadas. Está instalado o terror e Porto Velho que já foi uma
cidade com vida noturna movimentada e atualmente sofre as consequências da
criminalidade.
Mais partidos
No país são pelo menos mais 18 partidos em
gestação em busca de aprovação e registros nas instâncias superiores da justiça
eleitoral que mais à frente também vão rapinar os recursos do fundão eleitoral.
Entre eles o Partido a Anticorrupção (PAC) e o renascimento da UDN, a União da
Democracia Nacional. Mas temos também paralelamente pelo menos três processos
de fusões e incorporações em sequência como são os casos do PTB com o Patriota,
e com isto se criando o Mais Brasil, o PSC com o Solidariedade se juntando aos
PROS. È a vida partidária cada vez mais frankstênica neste país.
PVH em obras
Com
muitas obras em andamento, sejam reformas ou iniciadas, Porto Velho segue seu
caminho gerando empregos. Pelo governo estadual, o inicio do Hospital Heuro, na
Zona Leste. Nas proximidades do aeroporto internacional, no Espaço Alternativo,
um baita estacionamento, na Av. Jorge Teixeira o início das obras da nova
estação rodoviária. De forma conjunta a prefeitura da capital e o governo do estado
tocam projetos de regularização dos terrenos urbanos e a malha de pavimentação
chegando a novos bairros inclusive em regiões distantes do centro, no setor
chacareiro.
Troca de rodoviária
A
exemplo de Porto Velho, cuja construção da nova estação rodoviária causou tanta
discordância na população e por isto só agora está sendo iniciado um novo terminal,
a metrópole Manaus, com seus mais de 2 milhões de habitantes vivencia o mesmo
drama. Operando numa deteriorada estação construída ainda em 1980 – a de Porto Velho
era de 1979 – o terminal rodoviário da capital amazonense agoniza, mas sua
localização é defendida pelas lideranças políticas. No entanto, o prefeito Davi
Almeida está tratando da mudança do logradouro para um prédio em conclusão mais
distante. A briga vai longe, como foi por aqui.
Via Direta
*** A Comissão do Meio Ambiente – CMA do
Senado segue o debate em torno da exploração da mineração no País que ficou
mais em evidencia com as invasões e prejuízos decorrentes no território Yanomâmi
em Roraima ***
Em Porto Velho, o secretário da Agricultura Carlos Magno anunciou que a partir
de junho colocará em andamento mutirões para resolver os problemas relacionados
as chuvas que danificaram centenas de quilômetros de estradas vicinais *** Muitas delas ainda estão intransitáveis
não permitindo a entrada do maquinário para o encascalhamento ***O PSD do presidente
estadual Expedito Neto começa a traçar as diretrizes para as eleições
municipais do ano que vem.
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