Terça-feira, 27 de abril de 2021 - 10h59
Pelas
brigas que compra e declarações coloquiais em lives, há uma espécie de consenso
sobre o presidente Jair Bolsonaro estar no olho do furacão da multicrise
brasileira. Em seu último livro, “Número Zero”, sobre os dramas da imprensa, Umberto
Eco explica que ninguém entende exatamente o que seja o olho do furacão. Para o
senso comum, o olho do furacão é péssimo. Para os cientistas, é ótimo: “o único
lugar onde reina a calma, enquanto o furacão vai se expandindo por todos os
lados”.
A
fala do presidente no furacão da Cúpula do Clima foi considerada contraditória
e paradoxal, julgamento incorreto, considerando que o líder brasileiro não teme
expor suas crenças, mas aceita argumentos corretivos. Foi assim com a vacinação
e a máscara, que desprezava e por fim aceitou. Só faz restrições ao lockdown,
medida que a vacinação faz desnecessária.
É
um erro acusar o presidente de voltar atrás quando a mudança de atitude é
corretiva. Quando ele vai a um encontro de líderes e diz que o Brasil vai respeitar
seus compromissos com a proteção ambiental e o clima no planeta, essa atitude
deveria ser saudada com entusiasmo. Corrige os erros decorrentes do negacionismo
e por ser o que o mundo queria ouvir, é o primeiro passo para desfazer a
péssima imagem do país no exterior. Resta provar as palavras com ações. O olho
do furacão é o governo, mas a sociedade tem muito a fazer, propor e também se
corrigir.
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Toma lá, dá cá
O tradicional
esquema adotado pela política governista do toma lá, dá cá que vai desde as
emendas parlamentares impositivas até a distribuição de cargos para o segundo e
terceiro escalão nos estados funciona para os presidentes e governadores manter
maioria nos parlamentares que ficam tutelados e transformados em verdadeiras
vacas de presépio. Congressistas bem aquinhoados, significam parlamentares
obedientes e dedicados para proteger seus amos de impeachments.
Em Rondônia
Em
Rondônia, como em outros estados, parlamentares são beneficiados com o
pagamento de emendas e também pela distribuição de uma cota de cargos. Felizes
e satisfeitos não fiscalizam nada, mas como o eleitorado já está atento a estas
manobras, a maioria dos deputados eleitos nesta linha de conduta acabam sendo
rejeitados nas urnas. A mesma coisa vale nas Câmaras Municipais, onde os vereadores
fecham os olhos e funcionam como avestruzes na fiscalização dos atos do
Executivo.
Todo apoio!
E
por falar em falta de fiscalização das ações do Executivo, o prefeito da
capital Hildon Chaves recebeu o apoio da Associação Rondoniense dos Municípios-AROM
e da Câmara de Vereadores Edwaldo Negreiros no episódio do golpe das vacinas
praticado contra o município de Porto Velho. Recebeu apoio inclusive para
seguir as negociações com uma empresa que virou bode de bicheira no mercado
internacional e que todos os prefeitos que souberam que a coisa já estava sob
investigação policial caíram fora.
A recomendação
Ninguém
quer a crucificação do prefeito tucano, que tem feito uma ótima administração,
diga-se de passagem. Mas a recomendação que se esperava da AROM e da Câmara de
Vereadores de Porto Velho era que ao invés de apoiar as negociações com uma empresa
envolvida em fraudes, que pelo menos indicassem ao alcaide para pular fora
desta fria. O desgaste está se prolongando. A oposição está fazendo uma festa
daquelas. O certo é encerrar o acordo com os mafiosos para calar os bocudos de
plantão.
Ainda indeciso
O
deputado federal Leo Moraes (Podemos-RO) ainda não se decidiu se vai disputar o
governo do estado ou uma cadeira ao Senado. Ele tem recebido muitas
manifestações de lideranças de vários municípios para a disputa ao governo, mas
também vê uma situação mais confortável na peleja a cadeira ao Senado. Uma coisa
é certa: se Hildon Chaves for candidato ao governo, melhor ele sair ao Senado para
evitar a fragmentação de votos. Se o tucano se lançar ao Senado, fugindo de um
confronto direto, a melhor opção de Moraes então será a disputa pelo CPA.
Via Direta
***
O senador Marcos Rogério (DEM-RO) vê na CPI do Covid no Congresso Nacional uma
verdadeira conspiração contra o governo do presidente Jair Bolsonaro *** Como se sabe, o parlamentar é um dos
interlocutores do Palácio do Planalto no Senado *** De região ganadeira, o
município de Corumbiara vai trocando rapidamente as quatro patas da boiada pelo
plantio da soja, hoje o grande vetor econômico do Cone Sul do estado *** A oleaginosa vai se espraiando por todo o
estado e avançando no Sul do Amazonas e chegando as fazendas acreanas *** A expectativa na Ponta do Abunã e
na região de Jacinopolis, próximo ao município de Nova Mamoré é pela urgente titulação fundiária anunciada pelas
esferas estaduais e federais recentemente e interrompida com a pandemia do
coronavirus.
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