Quarta-feira, 24 de agosto de 2022 - 08h15
Para
o senso comum, a função do parlamentar é criar leis. No entanto, a maioria das
leis relevantes têm origem no Executivo. Nesse caso, a tarefa do parlamentar é
estudar sua relevância e aprová-la caso esteja de acordo com sua consciência e
compromissos. Esse, porém, é o feijão com arroz da atividade. O filé, a ação
que mais destaca um parlamentar, é fiscalizar a aplicação das leis, evitando distorções
em seus propósitos.
Já
o osso da atividade é revogar as leis compradas pela corrupção: os jabutis,
malandragens ocultas por baixo de boas intenções. Quanto mais extenso o texto da
lei, mais jabutis ela pode conter, exigindo do legislador uma atenção redobrada
para que seu nome não seja envolvido nas perversidades embutidas.
Nesse
sentido, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) está propondo um
esforço incomum ao mundo político, parlamentar e jurídico no sentido de
promover um revogaço de jabutis, perversidades transformadas em normas com
aparências e formatos legais. Seria limpar o arcabouço legal com pelo menos 524
trabalhos hercúleos. Esse é o número de bois que passaram na gestão do
ex-ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e receberam de cientistas a
avaliação de alto risco ambiental. Listados há um ano, nenhum desses trabalhos
foi feito. Hércules venceu o Touro de Creta e o Leão de Nemeia, mas ainda perde
para a boiada passada e seus teimosos jabutis.
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Sem exclusividade
A
briga pelo direito de imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) encetada pelo
candidato ao governo de Rondônia Marcos Rogério (PL-Rondônia) acabou dando em
nada. Seria uma boa jogada caso desse certo, mas o escritório jurídico do
governador Marcos Rocha (União Brasil) soube como reverter uma medida tomada
recentemente pela justiça. Na verdade, o presidente Jair Messias já tinha liberado
a exploração de sua imagem para todos os candidatos bolsonaristas e em Rondônia
são quatro devotos do atual presidente. Com isto ninguém ficou com a
exclusividade, mas o candidato do partido do presidente – mesmo tão
desprestigiado pelo Planalto - é Marcos Rogério.
O pacto firmado
Dois
candidatos ao governo de Rondônia teriam firmado um pacto de não agressão na
campanha e com isto quem galgar uma vaga ao segundo turno teria o apoio do
outro. Ambos fazem oposição ao governador Marcos Rocha (União Brasil) que tem
sido fustigado pelos dois. Será possível perceber que ficaram “coleguinhas” nos
debates que começam já na próxima semana ficando mais perceptível o entendimento
dos dois sabichões, lembrando jornadas anteriores onde já ocorreram até
candidaturas de escuderia escaladas para atacar adversários no decorrer da
campanha. Mas se os dois forem para o segundo turno vão se pegar valendo!
Todo empenho
O
prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) depois de esmagar os insurrectos
no partido que buscavam ganhar asas para disputar a legenda com candidatura
tucana própria ao governo estadual, sendo que o alcaide já estava alinhado com
o governador Marcos Rocha (União Brasil), assumiu de vez a coordenação da
campanha da esposa Ieda a Assembleia Legislativa. Com uma administração
marcante na capital, Chaves pretende disputar uma cadeira ao Senado no pleito
de 2026 ou até mesmo o governo do estado. Melhor ao Senado já que serão duas
cadeiras em 2026. Enquanto isto o pleito de 2022 se presta como um aperitivo.
Disputa renhida
Na
largada da disputa as oito cadeiras da Câmara dos Deputados teremos disputas
renhidas nos próprios partidos já que encaminhar uma cadeira em algumas
legendas é possível, mas eleger dois deputados da mesma agremiação difícil. É o
que ocorre no PSC que conta com dois postulantes fortes, casos do ex-secretário
da Agricultura Evandro Padovani (Vilhena) e do atual deputado federal Lucas Folador
(Ariquemes). Tratando-se do MDB a briga se concentra entre o atual deputado federal
Lucio Mosquini (Ouro Preto do Oeste) e Thiago Flores (Ariquemes), no PSD
Expedito Neto (Rolim de Moura) com Rosani Donadon (Vilhena).
Na capital
Também,
temos casos desta disputa equilibrada no mesmo partido a Câmara Federal na capital
envolvendo o PSB. A legenda conta com dois candidatos expressivos, casos do atual
deputado federal Mauro Nazif e da liderança emergente Vinicius Miguel. Também nesta
sigla se acredita que é possível eleger apenas um parlamentar. Nazif representando
as antigas lideranças, os macacos velhos, Vinicius Miguel refletindo a ascensão
das lideranças mais jovens e emergentes. No PSB também não foi possível montar
uma nominata mais competitiva para eleger os dois representantes.
Via Direta
***
Wiveslando Neiva de Carvalho, filho do deputado Ezequiel Neiva, é mais um candidato
a Câmara dos Deputados pelo Cone Sul rondoniense, num embate do clã Neiva,
contra os clãs Goebel (PSC) e Donadon (PSD) ***
Haja clãs políticos na região de Vilhena sendo a pulverização de votos um sério
problema já que Mauricio Carvalho (União Brasil) também está chegando com força
*** O MDB, se quiser, tem direito a
substituir Claudia Moura como candidata ao Senado. Com o partido tão dividido ninguém
quer arriscar já que o MDB coligou com o União Brasil do governador Marcos
Rocha cuja candidata ao Senado é Mariana Carvalho *** Na temporada temos
mais candidatos evangélicos do que policiais civis, delegados e PMs, a maioria
pregando pela candidatura presidencial a reeleição de Jair Messia
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