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Carlos Sperança

Olho nos jabutis + Bolsonaro sem exclusividade + O pacto firmado + Todo empenho por Yeda Chaves


Olho nos jabutis + Bolsonaro sem exclusividade + O pacto firmado + Todo empenho por Yeda Chaves - Gente de Opinião

Olho nos jabutis

Para o senso comum, a função do parlamentar é criar leis. No entanto, a maioria das leis relevantes têm origem no Executivo. Nesse caso, a tarefa do parlamentar é estudar sua relevância e aprová-la caso esteja de acordo com sua consciência e compromissos. Esse, porém, é o feijão com arroz da atividade. O filé, a ação que mais destaca um parlamentar, é fiscalizar a aplicação das leis, evitando distorções em seus propósitos.

Já o osso da atividade é revogar as leis compradas pela corrupção: os jabutis, malandragens ocultas por baixo de boas intenções. Quanto mais extenso o texto da lei, mais jabutis ela pode conter, exigindo do legislador uma atenção redobrada para que seu nome não seja envolvido nas perversidades embutidas.

Nesse sentido, o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) está propondo um esforço incomum ao mundo político, parlamentar e jurídico no sentido de promover um revogaço de jabutis, perversidades transformadas em normas com aparências e formatos legais. Seria limpar o arcabouço legal com pelo menos 524 trabalhos hercúleos. Esse é o número de bois que passaram na gestão do ex-ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente, e receberam de cientistas a avaliação de alto risco ambiental. Listados há um ano, nenhum desses trabalhos foi feito. Hércules venceu o Touro de Creta e o Leão de Nemeia, mas ainda perde para a boiada passada e seus teimosos jabutis.

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Sem exclusividade

A briga pelo direito de imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) encetada pelo candidato ao governo de Rondônia Marcos Rogério (PL-Rondônia) acabou dando em nada. Seria uma boa jogada caso desse certo, mas o escritório jurídico do governador Marcos Rocha (União Brasil) soube como reverter uma medida tomada recentemente pela justiça. Na verdade, o presidente Jair Messias já tinha liberado a exploração de sua imagem para todos os candidatos bolsonaristas e em Rondônia são quatro devotos do atual presidente. Com isto ninguém ficou com a exclusividade, mas o candidato do partido do presidente – mesmo tão desprestigiado pelo Planalto - é Marcos Rogério.

O pacto firmado

Dois candidatos ao governo de Rondônia teriam firmado um pacto de não agressão na campanha e com isto quem galgar uma vaga ao segundo turno teria o apoio do outro. Ambos fazem oposição ao governador Marcos Rocha (União Brasil) que tem sido fustigado pelos dois. Será possível perceber que ficaram “coleguinhas” nos debates que começam já na próxima semana ficando mais perceptível o entendimento dos dois sabichões, lembrando jornadas anteriores onde já ocorreram até candidaturas de escuderia escaladas para atacar adversários no decorrer da campanha. Mas se os dois forem para o segundo turno vão se pegar valendo!

Todo empenho

O prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) depois de esmagar os insurrectos no partido que buscavam ganhar asas para disputar a legenda com candidatura tucana própria ao governo estadual, sendo que o alcaide já estava alinhado com o governador Marcos Rocha (União Brasil), assumiu de vez a coordenação da campanha da esposa Ieda a Assembleia Legislativa. Com uma administração marcante na capital, Chaves pretende disputar uma cadeira ao Senado no pleito de 2026 ou até mesmo o governo do estado. Melhor ao Senado já que serão duas cadeiras em 2026. Enquanto isto o pleito de 2022 se presta como um aperitivo.

Disputa renhida

Na largada da disputa as oito cadeiras da Câmara dos Deputados teremos disputas renhidas nos próprios partidos já que encaminhar uma cadeira em algumas legendas é possível, mas eleger dois deputados da mesma agremiação difícil. É o que ocorre no PSC que conta com dois postulantes fortes, casos do ex-secretário da Agricultura Evandro Padovani (Vilhena) e do atual deputado federal Lucas Folador (Ariquemes). Tratando-se do MDB a briga se concentra entre o atual deputado federal Lucio Mosquini (Ouro Preto do Oeste) e Thiago Flores (Ariquemes), no PSD Expedito Neto (Rolim de Moura) com Rosani Donadon (Vilhena).

Na capital

Também, temos casos desta disputa equilibrada no mesmo partido a Câmara Federal na capital envolvendo o PSB. A legenda conta com dois candidatos expressivos, casos do atual deputado federal Mauro Nazif e da liderança emergente Vinicius Miguel. Também nesta sigla se acredita que é possível eleger apenas um parlamentar. Nazif representando as antigas lideranças, os macacos velhos, Vinicius Miguel refletindo a ascensão das lideranças mais jovens e emergentes. No PSB também não foi possível montar uma nominata mais competitiva para eleger os dois representantes.

Via Direta

*** Wiveslando Neiva de Carvalho, filho do deputado Ezequiel Neiva, é mais um candidato a Câmara dos Deputados pelo Cone Sul rondoniense, num embate do clã Neiva, contra os clãs Goebel (PSC) e Donadon (PSD) *** Haja clãs políticos na região de Vilhena sendo a pulverização de votos um sério problema já que Mauricio Carvalho (União Brasil) também está chegando com força *** O MDB, se quiser, tem direito a substituir Claudia Moura como candidata ao Senado. Com o partido tão dividido ninguém quer arriscar já que o MDB coligou com o União Brasil do governador Marcos Rocha cuja candidata ao Senado é Mariana Carvalho *** Na temporada temos mais candidatos evangélicos do que policiais civis, delegados e PMs, a maioria pregando pela candidatura presidencial a reeleição de Jair Messia

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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