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Carlos Sperança

Opinião x compromisso + Efeito manada + É coisa de louco! + Um bafafá


Opinião x compromisso + Efeito manada + É coisa de louco!  + Um bafafá - Gente de Opinião

Opinião x compromisso

O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro no painel do BID, defendendo o desenvolvimento sustentável e o fim do desmatamento ilegal na Amazônia, deve ser acolhido como o compromisso mais importante já assumido pelo líder brasileiro. Joga luz sobre a escuridão polarizadora, que desune a nação, piora a imagem do país no exterior e afasta investidores.

Mais que ditos coloquiais em redes sociais valem os compromissos de chefe de Estado e de governo. É também preciso distinguir entre desejos pessoais e deveres públicos. Ser contra o aborto é posição pessoal, proteger a saúde das mulheres é dever do Estado. O presidente, diga o que disser aos seguidores em rede de amigos, assumiu perante as Américas o compromisso de trabalhar para “criar empregos, produtos e serviços que utilizem de modo sustentável os recursos da floresta”.

Eventuais lapsos do linguajar coloquial não valem mais que a promessa feita às demais nações: um esforço para resultar “na geração de ganhos e benefícios tangíveis para as 34 milhões de pessoas que moram na região amazônica, tanto no Brasil quanto nos países vizinhos”. Como pessoa, ele até pode não ter vontade de se vacinar, mas tem o dever, como chefe de Estado, de providenciar a vacinação em massa. Pode não gostar de ongs, mas ao defender a sustentabilidade na condição de presidente e chefe de Estado ele cumpre fielmente com seus deveres.

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Efeito manada

Deste os tempos do garimpo assistimos efeitos manada em Porto Velho. Era o final dos anos 80 e muita gente tinha enriquecido nas águas barrentas do Rio Madeira em busca do ouro. Como em anos anteriores surgiram muitos novos ricos, num ano seguinte todo mundo – de dentista a padre, de prostituta a madame, de jornalista a cientista – se jogaram na aventura do Madeirão, num efeito manada. Mas uma coisa era repartir o ouro entre 500 garimpeiros, outra era dividir o metal disponível no leito do rio para 50 mil pessoas. E aí tudo mundo se ferrou.

É coisa de louco! 

Na capital rondoniense é assim. Se farmácia dá dinheiro, inauguram logo umas vinte. Se vereador e deputado dá dinheiro, todos se candidatam. Mesma coisa foi com hotéis, com pets, posto de gasolinas. Nos últimos dias tenho acompanhado amigos, vizinhos, profissionais liberais como médicos, advogados e dentistas e políticos se jogarem com tudo na construção civil, edificando casas de alto padrão em condomínios de ponta. Até agora a inciativa deu certo, rendeu frutos, mas é um mercado que já está saturando. Mais adiante, veremos choro e ranger de dentes - como nos tempos do garimpo.

Que espécie?

O Estado de Rondônia segue com um dos os piores índices de coleta, tratamento de esgoto e abastecimento de água tratada, conforme o Instituto Trata Brasil.  E nestes quesitos Porto Velho está na lanterninha entre as capitais brasileiras, de acordo com recente levantamento nacional. Eu fico me perguntando que espécie de prefeitos, vereadores, deputados, governadores estamos elegendo. Os rondonienses precisam ser mais exigentes com seus representantes, é necessário votar com mais critério para mudar este estado de coisas.

Um bafafá

Cada vez que o prefeito Hildon Chaves (PSDB) viaja a oposição faz um bafafá daqueles. Ele não tirou férias, passou Natal e ano Novo em casa vigilante quando as alagações e tem todo o direito de tirar umas férias, como todo mundo. Mas como é um possível candidato ao governo a viagem dele foi tratada pelos adversários como um escândalo. Não é. Além disto não está brigado com o vice-prefeito como na gestão passada. Mauricio Carvalho assumiu e deu conta do recado.

As especulações

Não sendo candidato ao governo – ele é considerado o favorito na temporada – o ex-governador Ivo Cassol teria um plano B. Seu candidato ao governo seria então o emergente deputado federal Leo Moraes (Podemos) tendo como sua candidata ao Senado a atual deputada federal Jaqueline Cassol. O postulante a vice-governador viria de Ji-Paraná, fechando regiões poderosas envolvendo Porto Velho/Ji-Paraná/ Região do Café/Zona da Mata. Ivo sabe das coisas, é um articulador astucioso, macaco velho, um raposão nas costuras políticas.

Via Direta

*** Sem o auxílio emergencial, com o dinheiro curto as famílias mais necessitadas estão se socorrendo a pesca nas margens do Rio Madeira *** Infelizmente é uma medida repleta de riscos em vista dos desbarrancamentos no rio nesta época do ano ( o fenômeno das terras caídas) e os peixes da região  estão contaminados pelo mercúrio do garimpo *** Vários ex-prefeitos, alguns que também foram deputados federais penduraram as chuteira de vez na disputa de cargos eletivos *** São os casos de Francisco Sales (Ariquemes), José Guedes (Porto Velho), Assis Canuto (Ji-Paraná), Divino Cardoso (Cacoal) *** Mas temos alguns caciques veteranos ainda na articulação, como o ex-ministro Amir Lando, o ex-governador José Bianco *** E quem sumiu do cenário foi o ex-governador Oswaldo Piana Filho, o governador do Linhão, há décadas residindo no Rio de Janeiro.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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