Terça-feira, 23 de março de 2021 - 11h47
O
pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro no painel do BID, defendendo o desenvolvimento
sustentável e o fim do desmatamento ilegal na Amazônia, deve ser acolhido como
o compromisso mais importante já assumido pelo líder brasileiro. Joga luz sobre
a escuridão polarizadora, que desune a nação, piora a imagem do país no
exterior e afasta investidores.
Mais
que ditos coloquiais em redes sociais valem os compromissos de chefe de Estado
e de governo. É também preciso distinguir entre desejos pessoais e deveres
públicos. Ser contra o aborto é posição pessoal, proteger a saúde das mulheres
é dever do Estado. O presidente, diga o que disser aos seguidores em rede de
amigos, assumiu perante as Américas o compromisso de trabalhar para “criar
empregos, produtos e serviços que utilizem de modo sustentável os recursos da
floresta”.
Eventuais
lapsos do linguajar coloquial não valem mais que a promessa feita às demais
nações: um esforço para resultar “na geração de ganhos e benefícios tangíveis
para as 34 milhões de pessoas que moram na região amazônica, tanto no Brasil
quanto nos países vizinhos”. Como pessoa, ele até pode não ter vontade de se
vacinar, mas tem o dever, como chefe de Estado, de providenciar a vacinação em
massa. Pode não gostar de ongs, mas ao defender a sustentabilidade na condição
de presidente e chefe de Estado ele cumpre fielmente com seus deveres.
.................................................................
Efeito manada
Deste
os tempos do garimpo assistimos efeitos manada em Porto Velho. Era o final dos
anos 80 e muita gente tinha enriquecido nas águas barrentas do Rio Madeira em
busca do ouro. Como em anos anteriores surgiram muitos novos ricos, num ano
seguinte todo mundo – de dentista a padre, de prostituta a madame, de
jornalista a cientista – se jogaram na aventura do Madeirão, num efeito manada.
Mas uma coisa era repartir o ouro entre 500 garimpeiros, outra era dividir o
metal disponível no leito do rio para 50 mil pessoas. E aí tudo mundo se
ferrou.
É coisa de louco!
Na
capital rondoniense é assim. Se farmácia dá dinheiro, inauguram logo umas
vinte. Se vereador e deputado dá dinheiro, todos se candidatam. Mesma coisa foi
com hotéis, com pets, posto de gasolinas. Nos últimos dias tenho acompanhado
amigos, vizinhos, profissionais liberais como médicos, advogados e dentistas e
políticos se jogarem com tudo na construção civil, edificando casas de alto
padrão em condomínios de ponta. Até agora a inciativa deu certo, rendeu frutos,
mas é um mercado que já está saturando. Mais adiante, veremos choro e ranger de
dentes - como nos tempos do garimpo.
Que espécie?
O
Estado de Rondônia segue com um dos os piores índices de coleta, tratamento de
esgoto e abastecimento de água tratada, conforme o Instituto Trata Brasil. E nestes quesitos Porto Velho está na
lanterninha entre as capitais brasileiras, de acordo com recente levantamento
nacional. Eu fico me perguntando que espécie de prefeitos, vereadores,
deputados, governadores estamos elegendo. Os rondonienses precisam ser mais
exigentes com seus representantes, é necessário votar com mais critério para
mudar este estado de coisas.
Um bafafá
Cada
vez que o prefeito Hildon Chaves (PSDB) viaja a oposição faz um bafafá
daqueles. Ele não tirou férias, passou Natal e ano Novo em casa vigilante
quando as alagações e tem todo o direito de tirar umas férias, como todo mundo.
Mas como é um possível candidato ao governo a viagem dele foi tratada pelos
adversários como um escândalo. Não é. Além disto não está brigado com o
vice-prefeito como na gestão passada. Mauricio Carvalho assumiu e deu conta do
recado.
As especulações
Não
sendo candidato ao governo – ele é considerado o favorito na temporada – o
ex-governador Ivo Cassol teria um plano B. Seu candidato ao governo seria então
o emergente deputado federal Leo Moraes (Podemos) tendo como sua candidata ao
Senado a atual deputada federal Jaqueline Cassol. O postulante a vice-governador
viria de Ji-Paraná, fechando regiões poderosas envolvendo Porto
Velho/Ji-Paraná/ Região do Café/Zona da Mata. Ivo sabe das coisas, é um articulador
astucioso, macaco velho, um raposão nas costuras políticas.
Via Direta
*** Sem o auxílio emergencial, com o
dinheiro curto as famílias mais necessitadas estão se socorrendo a pesca nas
margens do Rio Madeira *** Infelizmente é uma medida repleta de riscos em vista
dos desbarrancamentos no rio nesta época do ano ( o fenômeno das terras caídas)
e os peixes da região estão contaminados
pelo mercúrio do garimpo *** Vários
ex-prefeitos, alguns que também foram deputados federais penduraram as chuteira
de vez na disputa de cargos eletivos *** São os casos de Francisco Sales
(Ariquemes), José Guedes (Porto Velho), Assis Canuto (Ji-Paraná), Divino
Cardoso (Cacoal) *** Mas temos alguns
caciques veteranos ainda na articulação, como o ex-ministro Amir Lando, o ex-governador
José Bianco *** E quem sumiu do cenário foi o ex-governador Oswaldo Piana
Filho, o governador do Linhão, há décadas residindo no Rio de Janeiro.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri