Sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021 - 08h26
A
chamada Deep Web já foi um incômodo que os governos queriam ignorar por não
saber como lidar com ela. Com a ascensão de líderes com critérios morais
relaxados, eles passaram a recrutar nela quadros para campanhas eleitorais à
base da guerrilha digital e fazer negócios (no bom e no mau sentido), seja os
de Estado ou de seitas instaladas no poder.
Com
a vulgarização na internet, grande parcela dos incluídos digitais já travou
algum contato com a Deep Web, seja por sofrer ataques digitais ou se interessar
pelo assunto para tirar algum proveito dela, como se precaver contra futuros
ataques.
Haveria
também uma “Deep Amazônia”, que não toma conhecimento das leis nem respeita
governantes, parlamentares e a Justiça? Recentemente, um estudo divulgado pela
revista Science abriu um rasgo nessa Amazônia clandestina apontando que até 22%
da soja e pelo menos 17% da carne bovina produzidas na Amazônia e no Cerrado e
exportadas para a União Europeia podem ter rastros de desmatamento ilegal.
Sob
o título “As maçãs podres do agronegócio brasileiro”, o pesquisador mineiro
Raoni Rajão revelou, com a participação de pesquisadores de Brasil, Alemanha e EUA,
que 2% das propriedades situadas nos biomas mais desmatados do país respondem por
62% do desmatamento ilegal. No fundo, não há de fato uma Deep Amazônia, mas uma
profunda prevaricação.
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Jogando a toalha
Eram
dois possíveis candidatos ao governo do estado, mas já jogaram a toalha.
Expedito Junior (PSDB) vai pelejar a cadeira ao Senado, o deputado federal
Lucio Mosquini (MDB), inviabilizado pelo clamor das bases que clama por Confúcio
Moura, deve buscar a reeleição e no mandato de presidência do partido reunificar
a legenda rachada desde a convenção numa disputa do atual comando com a Ala
Raupp ocorrida nas convenções estaduais com troca de tabefes e pisões entre os
convencionais presentes.
MDB despistando
Para
o MDB rondoniense não interessa antecipar a corrida sucessória estadual.
Precisa de tempo para se recuperar das fraturas expostas na legenda e por este
motivo o lançamento de Confúcio Moura ao governo será adiado, mesmo porque o
ex-governador só gosta de decidir as coisas aos 45 minutos do segundo tempo,
como se sabe. A estratégia foi bem-sucedida em disputas anteriores.
Graves prejuízos
A
antecipação a eleição 2022 não interessa nem ao governador Marcos Rocha,
tampouco ao prefeito de Porto Velho Hildon Chaves e muito menos a população de
Porto Velho. Primeiramente porque ambos começarão a levar pedradas dos
concorrentes antes do tempo, segundo porque as diferenças políticas entre ambos
vão prejudicar ações na saúde (combate ao coronavirus), infraestrutura e outros
setores. Por último, obras que precisam de parcerias para avançar, como a nova
rodoviária, ficam fora da pauta dos mandatários.
Nosso divisionismo
Recentemente
ao enfocar a situação da saúde em Porto Velho, o Sindicato dos Médicos alertou
que o governador Marcos Rocha e o prefeito HIldon Chaves remam em direções
opostas. Na verdade, o divisionismo
político local é uma maldição rondoniense que vem desde os idos do território.
Com tantas etnias envolvidas na construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré –
seriam mais de 50 – que deram início a colonização, não deu outra: cada clã
puxa a brasa para sua sardinha e até eleição de sindico dá confusão na nossa amada
cidade.
A recuperação
Três
estradas importantes no contexto do município de Porto Velho estão necessitando
de reparos com urgência, e como sempre temos o jogo de empurra entre as pastas
municipais e estaduais. São a Estrada da Penal, que liga Porto Velho a São
Carlos, passando por Aliança, a Estrada do Belmont importante ligação para
região produtora e a Estrada dos Periquitos. Com o inverno rigoroso as vias de
escoamento são prejudicadas pelos atoleiros, principalmente na estrada da Penal
com os caminhões de soja para o porto Amaggi.
Via Direta
***Na economia rondoniense só boas
notícias: a boa produtividade da soja e do arroz constatada pelo IBGE, a grande
performance das exportações da carne e derivados *** Com isto, o
secretário da Fazenda Luís Fernando garante a rapadura: o estado está pronto
para enfrentar os solavancos provocados pelo coronavirus ***
Aumentaram os crimes de execução em Porto Velho e dos assaltos em saidinhas de
banco *** Geralmente os crimes são praticados com motos, tendo piloto e carona.
Todo cuidado é pouco *** Com o coronavid se complicando em Rondônia, até os
drogados, bebuns e mendigos estão evitando aglomerações *** Acostumados a se tratar
em hospitais mais requintados de São
Paulo, Brasília e Campinas os riquinhos de Rondônia agora se veem obrigados a
ficar na fila de espera devido a demanda *** Faltam vagas nos grandes centros
para tratamentos mais especializados.
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