Sexta-feira, 2 de setembro de 2022 - 08h06
Há pessoas que não aceitam a
existência de rios voadores. Embora seja um fenômeno material e aferível, pode sugerir
a ideia ridícula de bois voando. A fumaça que se ergue da destruição florestal
pelo fogo também é material e aferível, mas, ao contrário do boi, ela voa, como
sentem os moradores de cidade amazônicas em cujo entorno as queimadas
aumentaram em agosto mais que em todos os meses anteriores deste ano, de acordo
com avaliação do Inpe.
O “rio” voador, na verdade, é uma
grande camada de vapor, que, a exemplo da fumaça, também sobe para o céu. A
diferença é que em seu longo voo espacial o rio voador leva a base de elementos
virtuosos que o agronegócio utiliza sem os pesados custos dos fertilizantes
importados para produzir alimentos e riquezas. É até ingênuo negá-lo, torcendo
o nariz para a definição poética e a certeza científica de sua existência
positiva.
A diferença dos rios voadores com
os “rios” de fumaça que empesteiam as cidades é que fica difícil negá-los: os
olhos lacrimejam, as narinas aspiram, os pulmões devolvem o que podem, espalham
pelo corpo algumas de suas muitas substâncias e retêm venenos perigosos que
podem levar a doenças incômodas, custosas e a longo prazo até letais. Aos que
sofrem, só resta desejar que os rios voadores continuem levando vida para esta
e as demais regiões e os rios de fumaça poupem as cidades de sua perturbadora
asfixia.
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Grande reviravolta
A desistência do ex-governador Ivo
Cassol (PP) em disputar o governo do estado virou novamente a corrida
sucessória de Rondônia de cabeça para
baixo. Se de um lado fica de fora um candidato de ponteira de outro lado
ressurgem duas candidaturas bolsonaristas: Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e Leo
Moraes (Podemos-Porto Velho). Marcos Rogério se torna o único candidato do
interior e herda boa parte do apoio cassolista na roça. Na capital, Leo Moraes
vitamina sua postulação com a desistência do seu ex-padrinho político. Ivo já
sem candidatura, segue na campanha apoiando a mana Jaqueline ao Senado.
Uma polarização
Em poucos dias ficará bem claro ao
público rondoniense que teremos uma forte e raivosa polarização entre o governador
Marcos Rocha (Aliança Brasil-Porto Velho) que também recebeu alguns votos de
herança com a desistência de Cassol, com o senador Marcos Rogério. Marcos Rocha
com a máquina na mão e prevalecendo sua força no eleitorado da capital e na
região do Vale do Jamari, Marcos Rogério com a força do bolsonarismo em todo o
estado e como o único candidato do interior. Peleja interessante revivendo os
velhos tempos. Um baita confronto.
O mote de campanha
Os adversários bolsonaristas do
governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) escolheram a área de saúde
como mote de campanha e desferem ataques pesados contra o Palácio Rio Madeira. O
senador Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e Leo Moraes (Podemos-Porto Velho) estão
lançando verdadeiras ofensivas contra a atual administração. Rocha até agora
meiguinho com os adversários já está naquela de quem bateu levou. Lembrando que
os ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio Moura se reelegeram mesmo com
problemas relacionados a esfera de saúde no estado.
Pau no coronel
O lançamento politiqueiro do Hospital
do Euro só com pedra fundamental cujo ato não teria passado de encenação e sua
omissão com relação e sua conduta relativa a construção do Hospital Regional de
Ariquemes, foram os temas mais usados pelos adversários contra o Centro
Administrativo nos últimos dias. Se a coisa pegar, Rocha despenca da liderança
já nas próximas pesquisas. Ainda tem a acusação do CPA ter conspirado contra o Hospital
do Amor. Então a coisa ficou preta para os palacianos. Os adversários do CPA
vibram com a possibilidade do coronel cair do cavalo já nas próximas sondagens
eleitorais.
Mostrando as fuças
Os marqueteiros até recomendam aos
candidatos nesta temporada usar mais a internet e a força das mídias sociais na
campanha. No entanto, todo mundo percebeu que o que funciona mesmo em Rondônia
ainda é o candidato mostrar as fuças, percorrer as principais avenidas de suas
cidades, cumprimentando olho no olho seus eleitores, abraçando crianças e
velhinhos. Em Porto Velho se os candidatos não passarem com suas torcidas
organizadas (leia-se formiguinhas) pela Sete de Setembro, Jatuarana e Amador
dos Reis nem é considerado em disputa. O candidato tem que ter formiguinha,
carro plotado e - sendo possível alfinetar ou esculhambar os adversários!
Via Direta
*** Nos bastidores já circula que o deputado Alex Redano tentará a reeleição
a presidência da Assembleia Legislativa e que sua concorrente será Ieda Chaves *** Por coincidência os dois são apontados como os
prováveis mais votados a Assembleia Legislativa na eleição de outubro *** O deputado federal Mauro Nazif
(PSB-Porto Velho) trabalha forte no seu projeto a reeleição. Recuperado de cirurgia
ele está apto para correr trecho nos seus redutos do interior *** Devem
pintar surpresas no pedaço na eleição 2022 com candidatos a cargos eletivos de
pequenos municípios chegando ao pódio beneficiados pela fragmentação de votos entre
muitas candidaturas a deputados estaduais e federais nos polos regionais *** União Bandeirantes se une pela
emancipação.
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