Quinta-feira, 23 de junho de 2022 - 09h15
Por
mais que estejam na moda escapismos como supor as antigas civilizações
amazônicas destruídas por ETs, com Rússia e EUA alimentando fantasias a
respeito de UFOs, nem o mais maluco dos negacionistas teve a pachorra de
atribuir a seres do espaço ou de outras dimensões o lamentável desaparecimento
do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.
O
reaparecimento, já sem vida, deixa claro que não foram abduzidos nem se
esconderam. Foram caçados e mortos. Morre assim também mais um naco da
confiança que o Brasil precisaria ter no exterior, para atrair investimentos, garantir
visitas seguras aos turistas e o consumo sem culpa dos produtos da floresta.
O
sentimento de abandono, tragédia e injustiça deveria dar lugar a uma nova
história sempre que há um novo governo e a renovação do Parlamento, mas quem
tiver tempo e estômago para pesquisar verá que ano após ano mais tragédias,
desaparecimentos e mortes ocorrem, causando um horror logo substituído por nova
tragédia, destruição ou assassinato.
A
cada eleição se renova a promessa de que agora tudo será diferente. Ninguém
precisa prometer que vai ressuscitar os mortos, mas poderia dar ao menos uma
explicação sensata para um dos fatos mais incômodos da Amazônia: por que a
região produz 26% da energia consumida no país mas um milhão de seus habitantes
sofrem com escassez ou ausência de luz?
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Centro histórico
Ao
transferir há quase quatro décadas a sede do jornal Alto Madeira, da Av. Barão
do Ro Branco, no coração do centro histórico de Porto Velho, para a avenida
Jorge Teixeira, o visionário Grupo Tourinho já antevia o futuro. Criticado na
época, poucos anos depois a diáspora do centro antigo seguiu com o jornal Estadão
na Av. Tiradentes, a TV Candelária na Av. Rio Madeira, a Rádio Caiari no Areal
da Floresta etc, etc. Um prefácio para dizer que o centro antigo foi perdendo
força e já estava mudando. Lojas com mais de 40 anos de atividade na Av. Sete Setembro
estão fechando. Parte das lojas migrando para a Avenida Rio Madeira, outro naco
para a Jatuarana e uma outra vertente para a Zona Leste.
Queda livre
O
comércio na região central se aquieta já na sexta-feira meio dia com um movimento
em queda livre que se estende no sábado e domingo. Ao contrário, aos finais de
semana, o comercio pulsa forte nos centros de compras da Av. Jatuarana (Zona SuL)
e Amador dos Reis (Zona Leste). Não fosse o prefeito Hildon Chaves instalar a
sede do palácio Tancredo Neves no Prédio do Relógio, o centro histórico já
estava morto e enterrado. Ajudou muito a manutenção da sede do Tudo Aqui e da Secretaria
da Fazenda na Av. Sete de Setembro. Espera-se que com a inauguração do complexo
da Estrada de Ferro Madeira Mamoré o centro histórico vivencie melhores dias e
deixe ser uma região tomada pelas cracolândias.
Decisões finais
Pelo
menos dois caciques rondonienses seguem criando expectativas para confirmar
suas candidaturas. São eles o ex-governador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) ao
CPA de outro o ex-senador Expedito Junior (PL- Rolim de Moura) ao Senado. Precisam
decidir logo pois a concorrência está com o pé na estrada. De um lado, o governador
Marcos Rocha e os opositores Marco Rogério e Leo Moraes já no trecho, do lado
de Expedito tem Mariana Carvalho (Progressistas-Porto Velho) e Jayme Bagatolli
(PL-Vilhena) ganhando terreno. Se a decisão dos dois raposões fossem para hoje
as apostas seriam estas: Confúcio apoiaria Leo Moraes ao governo, Expedito não
seria candidato ao Senado para não causar rachas no bolsonarismo na postulação
de Marcos Rogério ao governo.
Multidão de indecisos
A
primeira impressão desta recém iniciada campanha para o governo estadual é de
uma multidão de indecisos. Tantos eleitores indecisos se transformam num grande
perigo de acontecer reviravoltas históricas em Rondônia, fato sobejamente
conhecido em eleições passadas ao antigo Palácio Presidente Vargas, sede do governo
estadual, e nos pleitos destinados a sucessão municipal no Paço Tancredo Neves.
E se ocorre tanta indecisão a eleição ao governo, muito maior ainda é a indecisão
com relação aos candidatos ao Senado cujas nominatas ainda não foram concluídas
pelos partidos.
A articulação
A
articulação do PSD funcionou bem - o ex-senador Expedito conseguiu arregimentar
bons quadros - e o partido tem uma das melhores nominatas para a Assembleia Legislativa
deste ano em condições de reeleger Laerte Gomes (Ji-Paraná) e pelo menos mais
dois representantes. Também se constata uma bela nominata a federal, que
pleiteia a reeleição do deputado Expedito Neto (com bases em Porto Velho, onde
nasceu e Zona da Mata) e que pode também somar mais uma cadeira, no caso a
ex-prefeita de Vilhena, Rosani Donadon. O PSD está se firmando e tomando boa
parte do PSDB antigo.
Via Direta
*** O ex-prefeito José Guedes, pré-candidato
ao governo de Rondônia não acredita que seja prejudicado nas convenções do PSDB
pelos irmãos Carvalho que se bandearam para o bolsonarismo, tampouco pelo
prefeito Hildon Chaves que instalou sua esposa candidata pelo União Brasil *** No entanto o
alcaide Hildon Chaves já está fechado com o projeto de reeleição do governador
Marcos Rocha (União Brasil) *** Tempos
bicudos para os açougueiros em Porto Velho. Muitas casas de carne foram
fechadas nos últimos meses com a demanda reduzida *** Depois de taxis Uber,
ônibus Uber agora tem mototaxi Uber operando na capital de Rondônia. Um cenário
de canibalismo *** Onde os estudantes estão
comprando armas? Os colégios estão infestados e a coisa já começa a pegar também
nos estabelecimentos particulares.
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