Terça-feira, 15 de dezembro de 2020 - 08h28
A
pandemia testou a qualidade do Estado brasileiro. Fez necessária a
complementação de renda para quem perdeu ocupações com os controles sociais,
obrigando o Congresso a definir um auxílio emergencial e o governo a aceitar o
triplo do que pretendia entregar. Com a medida, necessária também ao se
comprovar a segunda onda, os efeitos da crise foram mitigados. Do aparente
nada, como se fossem fantasmas vivos, surgiram os invisíveis: pessoas tão
carentes que sequer possuíam identidade, CPF ou conta bancária para aparecer no
radar oficial.
Não
se pode precisar o número de invisíveis que se materializaram e dos ignorados –
quem vive de bicos e de repente ficou sem eles –, pois se dissolvem na massa de
50 milhões de brasileiros que se cadastraram para receber o ganho provisório.
Descontados os malandros que não cumprem os requisitos, na mira das
investigações para providenciar a devolução, a questão é o que vão fazer em
janeiro os 50 milhões já sem o auxílio – uma população maior que a da Espanha.
Não
existem modelos para prever o futuro de tantos agora visibilizados, excluídos e
ignorados, mas se pode imaginar que será algo como o Green Hell, jogo lançado há pouco. Você cai no meio da floresta,
sem comida nem ferramentas, e precisa escapar vivo de feras e inimigos. Só tem em
mãos um rádio para ligar à amada. Talvez o nome dela seja “Pátria”.
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Não falam...
Já observaram
que nem o governador Marcos Rocha (que se recupera com a família do covid), tampouco
o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) falam na construção do novo
terminal rodoviário e tampouco da recuperação do Distrito Industrial da capital,
abandonado pelas últimas gestões municipal e estadual? São duas obras
importantes, mesmo que o combate ao covid 19 e o sistema de saneamento básico
sejam as maiores prioridades da população nos próximos anos.
Os comunicadores
Enfrentando
forte concorrência no segmento, os comunicadores Marcelo Reis (reeleito), Alex
Palitot (reeleito) e Everaldo Fogaça conseguiram emplacar mandatos na capital.
Reis já no terceiro mandato, Alex no segundo e Fogação voltando a casa de leis
depois de quatro anos fora. Luan da TV, Rosinaldo Guedes, William Homem do
Tempo ficaram de fora. Já, Anízio Gorayeb, desistiu, Buiu foi atrapalhado pelo
covid, a jornalista e ativista Luciana
não decolou. Mesmo assim a Câmara de Vereadores vem muito renovada na próxima
legislatura.
Peleja ao Senado
Muitos
nomes já estão sendo cogitados para a disputa ao Senado em Rondônia em 2022
projetando uma regionalização de candidaturas. Da Zona da Mata deve emergir
Expedito Junior (PSDB), da região do café a deputada federal Jaqueline Cassol
(PP), do Vale do Jamari Thiago Flores (PSL), de Vilhena, o empresário do
agronegócio Bagatoli, de Ouro Preto do Oeste, Alex Testoni, de Porto Velho Leo
Moraes (Podemos), Mauro Nazif (PSB).
Alto clero fora
Pelas
conversas de bastidores já se sabe que o alto clero da política rondoniense ficará
de fora da disputa ao governo do estado em 2022. Tanto o ex-governador Ivo Cassol,
como o ex-governador Confúcio Moura (este cumprindo mandato de excelência no
Senado) não entrarão na peleja. Pelo lado de Confúcio se sabe que o deputado federal
Lucio Mosquini (Ouro Preto ) será o candidato para o CPA. Já, Cassol estuda um
nome que fará dobradinha com Jaqueline ao Senado.
Onda de milicos
A
onda de militares se elegendo na aba do presidente Jair Bolsonaro acabou cedo,
não durou dois anos. Em Porto Velho e no restante do estado os candidatos bolsonaristas
tubularam gloriosamente, com votações pífias e a candidata do centrão que faz
parte do governo Bolsonaro, Cristiane Minhoca, foi derrotada em segundo turno
por uma bela diferença de votos. Pelo que se viu nas eleições 2020 o
bolsonarismo não terá vida longa no pais.
Via Direta
*** Sem muito a comemorar nas eleições
2020, os petistas negacionistas festejam algumas absolvições do seu grande
ídolo Lula ***
Acreditam que até 2022 ele estará em
condições de disputar a presidência da República, sem perceber que já foi
engolido pelo neobarbudo Boulos *** Por
falar na esfera federal, tanto o Senado como a Câmara dos Deputados estão
fervendo para a disputa de suas respectivas mesas diretoras *** Em Porto
Velho Edwilson Negreiros tenta mais um mandato à frente da Câmara de Vereadores
*** Na Assembleia Legislativa de Rondônia
já está decidida a sucessão: o deputado Alex
Redano, liderança em ascensão, vai suceder o atual presidente Laerte Gomes.
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