Segunda-feira, 8 de agosto de 2022 - 08h15
Paz e segurança
As
loucas aventuras autoritárias no mundo não trouxeram benefícios para seus
povos. Ao contrário, a polarização político-eleitoral impede a unidade nacional
necessária para enfrentar a combinação de crises que inutiliza ações unilaterais.
As soluções surgem ao combinar energias, saberes e casos de sucesso.
Ditaduras,
aliás, são sangrentos e comprovados casos de insucessos. O melhor que os povos
podem fazer é se unir para enfrentar os problemas, deixar para as eleições a
escolha de gerentes e não ditadores e cumprir as leis, começando pela Constituição.
Foi com essa inspiração profundamente democrática que o chefe militar dos EUA, Lloyd
Austin, defendeu em Brasília, na 15ª Conferência de Ministros da Defesa das
Américas, que a força armada esteja sob controle civil.
O
trabalho civil requer paz e liberdade. O trabalho militar é estar pronto para a
guerra e só nela restringir liberdades civis como elemento tático. A
estratégia, sempre e de todos, é o desenvolvimento da coletividade em paz e
segurança.
Entre
os assuntos centrais discutidos na conferência de ministros militares estavam a
defesa cibernética, que salienta a necessidade de urnas eletrônicas
acima de qualquer suspeita, e a o papel dos militares em uma
sociedade democrática: respeito aos procedimentos legais, aos direitos humanos
e, logicamente, às urnas protegidas de ataques armados e/ou cibernéticos.
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Efeito Cassol
O ingresso
do ex-governador Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) na corrida sucessória estadual
teve um efeito estrondoso em todo o estado. Larga com amplo favoritismo na
peleja, mas mesmo com ele na dianteira, a disputa promete uma eleição em dois
turnos e daí serão outros quinhentos. Ivo entrou em cena causando prejuízos
principalmente a duas candidaturas: Leo Moraes (Podemos-Porto Velho) que ficou
sem lenço e sem documento, sem candidatos a vice e ao Senado. E ao senador
Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) até então favorito no interior e no segmento
bolsonarista, que caiu muito.
Canibalização
O
segmento bolsonarista em Rondônia entrou num processo sério de canibalização.
São quatro candidatos no segmento, Ivo Cassol, Marcos Rogério, Marcos Rocha e
Leo Moraes. Ivo é o único que não depende das bênçãos do capitão Bolsonaro para
se firmar. Tem luz própria. O governador Marcos Rocha tem a estrutura de governo,
uma máquina e forte apoio do municipalismo e por isto é menos dependente do
bolsonarismo do que MRogério. E o candidato da Federação Frente Democrática
Daniel Pereira (Solidariedade) é o único fora da esfera bolsonarista, já que é
base de apoio a presidência do petista Luís Inácio Lula da Silva.
Os reflexos
Os
reflexos da presença de Ivo Cassol na disputa ao CPA, esfacela os demais postulantes
bolsonaristas e esta condição também é interessante para o candidato da Frente
Democrática Daniel Pereira, um vácuo que pode lhe dar a segunda vaga para um já
previsível segundo turno com a total fragmentação dos votos bolsonaristas em
quatro postulações. Se isto acontecer, Daniel ainda pode também se vitaminar
com a provável vitória de Lula a presidência da República. Então a disputa com
polarização nacional, poderá causar também uma polarização local ente as forças
regionais.
As reviravoltas
As
eleições em Rondônia são afeitas a reviravoltas e efeitos manadas que só ocorrerem
nos últimos dias do pleito e como se sabe. a política, não é uma ciência exata mas
já se vê que será uma eleição em dois turnos e que Ivo já conta com uma vaga no
turno bem encaminhada. Caberá aos demais postulantes bolsonaristas e ao candidato
da Frente de Esquerda se armarem até os dentes para alçar a etapa seguinte das
eleições já sabendo que será travada uma disputa feroz, exigindo competência
dos opositores na exploração da candidatura de Ivo obtida em liminar.
Campo da estratégia
No
campo da estratégia política quem mais falhou até agora foi o governador Marcos
Rocha (União Brasil). Montou sua chapa (vice e senado) voltada totalmente a
capital e isto pegou muito mal no interior do estado que tem dois terços do eleitorado
rondoniense. Além disto organizou uma aliança com lideranças dispares no seu
palanque o que lhe vai causar inúmeros dissabores. Até o momento o melhor
estrategista foi Marcos Rogério. Se livrou de Expedito, que seria uma âncora
pesada em Porto Velho e firmou parceria com o bolsonarismo raiz ao optar por
Jaime Bagatoli ao Senado. Por último, com muita competência soube como fixar
imagem colada como o candidato do presidente Bolsonaro em Rondônia.
Via Direta
*** Ainda sobre os reflexos nas eleições
ao governo de Rondônia: nos bastidores se
propala que um dos candidatos bolsonaristas pode acabar desistindo ou compondo
nas próximas semanas ***
As apostas giram em torno de Leo Moraes que ficou muito desamparado, sem vice e
candidato ao Senado, perdendo o favoritismo na capital e sem paliçadas fortes
no interior do estado para enfrentar Cassol e Marcos Rogério *** As primeiras impressões sobre a disputa ao Senado é que
tudo acabou virando de cabeça para baixo
com a liberação da candidatura do senador Acir Gurgacz a reeleição ***
Mariana Carvalho predominando na capital, Acir Gurgacz na região central do
estado, Bagatolli na região do Cone Sul, Jaqueline Cassol na região da Mata. Gente, agora é caprichar no jogo da estratégia.
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