Terça-feira, 17 de novembro de 2020 - 08h28
Além
de trabalhar para unir suas comunidades nesta hora difícil, vencendo a
polarização que divide e dispersa energias, os prefeitos eleitos precisarão se unir
em suas regiões e estados para defender um modelo de desenvolvimento nacional
que privilegie as bases da sociedade – as cidades, seus bairros e entorno
rural.
Para
isso, além de bons gestores dos assuntos locais os prefeitos terão que ser
também bons diplomatas e ter assessorias técnicas capazes de apresentar
projetos atrativos aos investidores estrangeiros. Eles até planejam iniciar
negócios no Brasil, mas se assustam com as confusões políticas, ataques à
democracia, bate-cabeça entre ministros, insegurança jurídica e crime impune.
Por
estratégia e tática errôneas, o combate ao crime no Brasil se baseia em
reprimir pobres, famintos e doentes, o que não funciona desde que a questão
social (desigualdade) foi tratada como caso de polícia, há um século. É preciso
oferecer segurança aos visitantes, o que implica brecar os criminosos,
contraventores e corruptos. Usar a pólvora com foco no combate resolutivo ao
crime organizado não será motivo de chacota.
Feita
a lição de casa, os gestores públicos podem ter o apoio do presidente eleito
dos EUA, Joe Biden, para investir na solução do déficit infraestrutural
brasileiro em troca de medidas claras contra o aquecimento global e os crimes
ambientais. Ao contrário de enviar marines, a grande América vai agradecer.
..............................................................
Um recado
A
enorme renovação dos quadros na Câmara de Vereadores de Porto Velho – e em
muitos municípios do interior – é um recado para os deputados estaduais de
Rondônia que buscam a reeleição em 22. Que tratem de deixar o balcão de
negócios que virou a política para trabalharem pelas causas de seus municípios
com mais dedicação ao invés de ficar negociando indicações de secretários e
cota de cargos nas esferas estaduais e federais. Na capital mais de 60 por
cento dos vereadores foram substituídos.
Perderam fôlego
O
candidato Breno Mendes (Avante), que tinha apoio do governador Marcos Rocha,
chegou a reta final do pleito em Porto Velho disputando pau a pau uma vaga no
segundo turno, mas depois do debate travado com Vinicius Miguel despencou Rio
Madeira abaixo. Outro que perdeu uma montoeira de votos por causa de
desequilíbrio emocional, foi Eyder Brasil (PSL) com discussões ríspidas e
acaloradas. Até os migrantes ele discriminou.
Uma façanha?
Os
tucanos consideram uma façanha a vitória de Hildon em primeiro turno com 34 por
cento dos votos em Porto Velho. Ora, sem desmerecer o resultado, Hildon
enfrentou um bando de cabaços e mais um pelotão de inspetores de quarteirão. Se
tivesse enfrentado Leo Moraes (Podemos), Mauro Nazif (PSB) e Daniel Pereira
(Solidariedade) ele teria tanta facilidade? Dificilmente. Façam as contas, Hildon teve 34 por cento dos votos, mas tem
66 por cento do eleitorado contra. Então a parada no segundo turno não será tão
fácil assim e acredito que os tucanos mais experientes devem ter noção que não
dá para bobear.
Segundo turno
Mas
na batalha pelo segundo turno o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB)
tem boas cartas na manga. Seu programa de asfaltamento, o carisma de sua
esposa, Yeda, a melhor primeira dama da capital em atividade até hoje, a
simpatia dos eleitores do falecido prefeito Chiquilito Erse, por exemplo. A semelhança
com as gestões de Chiquilito ficou evidenciada nestes quatro anos: o cuidado
com as praças, asfaltamento barateado com o acordo celebrado com 5º BEC, a macrodrenagem, etc. Então Hildon “Praça” tem
tudo para seguir em frente. Além disto, seu marketing é muito bom.
Cristiane no pódio?
Ainda
em termos de segundo turno na capital, joga a favor da comunicadora Cristiane
Lopes, o inverno amazônico, que provoca alagações, a tradicional raiva contra
os prefeitos de plantão e a possível união dos outros candidatos oposicionistas
a favor dela. Aliás, boa parte do eleitorado oposicionista virá por osmose, sem
a necessidade da pepista sequer piscar. Não bastasse ainda tem a previsão de videntes
dando conta que em 2020 Porto Velho vai eleger uma mulher. E tem mais a
pandemia se agravando.
Via Direta
*** Os partidos conservadores, como DEM,
PP, PSD – sem contar as siglas bolsonaristas
– foram bem votados nas eleições
municipais em Rondônia ***A oposição acredita piamente que o inverno amazônico,
que agora ficará mais intenso com as chuvas, será um cabo eleitoral da candidata
Cristiane Lopes (PP) na capital *** Os
caciques de Rolim de Moura no comando de Porto Velho: Se Hildon Chaves ganhar o
segundo turno, o ex-senador Expedito Junior seguirá dando a cartas no Prédio do
Relógio, se Cristiane levar a melhor o clã Cassol vai cobrar a conta do apoio.
Escolham *** Por falar em Expedito ele emplacou o sobrinho Ray Ferreira Gonçalves
como vereador bem votado na capital *** Porto
Velho assistiu uma abstenção recorde na eleição 2020. É a revolta do eleitorado
com os políticos.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri