Quinta-feira, 25 de agosto de 2022 - 08h07
Na
ditadura do Estado Novo, quando militares da Aeronáutica agiam politicamente,
usava-se uma frase do Barão de Itararé: “Há algo no ar além dos aviões de
carreira”. Hoje as Forças Armadas são profissionais e não interferem na
política, apesar de alguns desgarrados negligenciarem seus deveres e se
arriscarem a punições que no futuro vão embaraçar suas carreiras ou até
projetá-las, como aconteceu com o brigadeiro Eduardo Gomes.
O
que há mais no ar, hoje em dia, são os invasores aéreos que impunemente violam
a soberania nacional usando pistas clandestinas de pouso e decolagem que
segundo o Ibama são 277 apenas dentro e ao redor da terra Yanomami. É
lamentável que haja brasileiros participando desse movimento aéreo clandestino,
porque estão cometendo crimes contra a Pátria. Se estivessem a serviço de
atividades legais, entretanto, seriam considerados heróis. É preciso coragem
para voar sobre a floresta, tantas são as dificuldades existentes para quem se
dispõe a operar em condições adversas, como variações climáticas na amplitude
da Amazônia e as dificuldades para abastecimento e obter socorro.
Do
ponto de vista patriótico, entretanto, também há algo mais no ar, como se viu
pela movimentação de um novo helicóptero de manobra HM-4 Jaguar, acionado pelo Comando
Militar do Norte em treinamento de combate da Força de Prontidão. Os bandidos
são ousados, mas os mocinhos também estão armados.
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O ex-Ibope
O
IPEC, que nada mais é que o ex-Ibope, divulgou sua primeira pesquisa em Rondônia
atribuindo a dianteira ao governador Marcos Rocha (União Brasil) ao governo
estadual e Mariana Carvalho (Progressistas) ao Senado. Ivo Cassol, o favorito da
temporada, ficou num empate técnico com Marcos Rocha, sangrando um pouco por
causa da sua elegibilidade prejudicada. Ao Senado Expedito (PSD) e Jaqueline
(PP) ficaram na cola de Mariana (Progressistas). É o início da campanha em Rondônia
sempre sujeita a reviravoltas como em eleições anteriores e Acir e Bagatoli já
iniciando suas corridas de recuperação, caso também de Marcos Rogério ao CPA.
Teto baixo
O
governador Marcos Rocha com 30 por cento de intenções de votos na pesquisa IPEC
fica com seu insuficiente para enfrentar a oposição, pois isto representa que
conta com 70 por cento do eleitorado potencialmente contrário a sua gestão. A
pesquisa índica segundo turno e o candidato oposicionista que chegar a próxima
etapa teria grandes chances de galgar o CPA. Sobre a enquete ao Senado a
primeira impressão é de que Mariana foi beneficiada pelo racha no interior com
a existência de pelo menos quatro candidaturas se fragmentando.
Nocaute
O
dirigente do Hospital do Amor Henrique Prata acabou com as candidaturas de Valdir
Raupp ao Senado e Marinha Raupp a Câmara dos Deputados em 2018 com uma simples
declaração, de que eles não ajudavam o Hospital do Câncer. Foi fatal para o
casal rolimorense, porque se voltar contra uma instituição de tanta credibilidade
e de atendimento de primeiro mundo é o fim de linha e até os Raupps comprovarem
ajuda ao estabelecimento já era tarde. Agora Prata proclama que o ex-secretário
da Saúde Fernando Máximo, candidato a federal conspirou para o fechamento
daquele hospital. Gente, não tenham dúvidas: Fernando Máximo já está
nocauteado.
Contagem regressiva
Já
na contagem regressiva da eleição 2022 e já o horário gratuito entrando em cena,
começa de fato a jornada 2022. Existem outros ingredientes básicos para se
saber que a campanha começou: fakes entre os adversários, pesquisas com missas
encomendadas para influenciar o eleitorado e a busca pela polarização entre os
candidatos. O adversário predileto na corrida ao CPA para o previsível segundo
turno é o governador Marcos Rocha porque se acredita que então, no segundo
turno, a oposição se une para derrota-lo como ocorreu na eleição passada quando
Expedito ganhou na primeira etapa e levou chumbo no segundo turno.
Mais preparo
Das
entrevistas que assisti dos presidenciáveis apreciei mais o desempenho do candidato
Ciro Gomes (PDT-CE). De fato, ele é uma terceira via perfeita para a polarização
raivosa entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luís Inácio
Lula da Silva. A proposta de conciliação do povo brasileiro deve ser levada em
conta. Bolsonaro reeleito ou Lula eleito significa mais um mandato de quatro
anos de beligerância entre as forças antagônicas neste País e isto não
interessa a ninguém. Ciro está na quarta disputa presidencial, ainda não
decolou mas deve pelo menos crescer nesta reta final.
Via Direta
*** Os candidatos dos partidos nanicos
ao CPA Rio Madeira também entraram em campo. Pimenta de Rondônia PSOL) tem
feito périplo pelas emissoras de rádio e visitações nos bairros *** Valcleir Queiroz
(Agir) segue a mesma toada, fazendo gravações para o horário gratuito e
reunindo sua equipe de campanha iniciando as matérias para a imprensa *** O ex-senador Ernandes Amorim (PSB-Ariquemes)
busca a ressurreição na jornada 2022 como postulante a uma cadeira a Câmara dos
Deputados *** O ex-deputado federal Carlos Magno, que acabou rifado da disputa
a Assembleia Legislativa no Podemos deve apoiar Ivo Cassol na peleja do Palácio
Rio Madeira *** Tratando-se de Ivo ele
fala de boca cheia que construiu o Centro Administrativo. Na verdade, ele fez
apenas a casca adiantou muito a obra, João Cahula deu continuidade ao seu projeto
durante quase um ano e Confúcio Moura concluiu.
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